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quinta-feira, 7 de março de 2013

'O Tesouro escondido' (a palavra de Mateus)



O Reino dos Céus:  Comparações
Ao tesouro Escondido

 13,44  “O reino dos céus é também semelhante a um tesouro escondido num campo. Um homem o encontra, mas o esconde de novo. E, cheio de alegria, vai, vende tudo o que tem para comprar aquele campo.”

         Encontramos importante aprendizado em “ Emmanuel ”, de Emmanuel por Chico Xavier:
           
Educação Evangélica

            “Todas as reformas sociais, necessárias em vossos templos de indecisão espiritual, têm de processar-se sobre a base do Evangelho.

            Como? - Podereis objetar-nos. Pela educação, replicaremos.

            O plano pedagógico que implica esse grandioso problema tem de partir ainda do simples para o complexo. Ele abrange atividades multiformes e imensas, mas não é impossível.

            Primeiramente, o trabalho de vulgarização deverá intensificar-se, lançando, através da palavra falada ou escrita do ensinamento, as diminutas raízes do futuro.
            Toda essa demagogia filosófico-doutrinária, que vedes nas fileiras do Espiritismo tem sua razão de ser. As almas humanas se preparam para o bom caminho.

             A missão do Cristianismo na Terra não era a de mancomunar-se com as forças políticas que lhe desviassem a profunda significação espiritual para os homens.

             O Cristo não teria vindo ao mundo para instituir castas sacerdotais e nem impor dogmatismos absurdos. Sua ação dirigiu-se, justamente, para a necessidade de se remodelar a sociedade humana, eliminando-se os preconceitos religiosos, constituindo isso a causa da sua cruz e do seu martírio, sem se desviar, contudo, do terreno das profecias que o anunciavam.

            Todas essas atividades bélicas, todas as lutas antifraternas no seio dos povos irmãos, quase a totalidade dos absurdos, que complicam a vida do homem, vieram da escravização da consciência ao conglomerado de preceitos dogmáticos das Igrejas que se levantaram sobre a doutrina do Divino Mestre, contrariando as suas bases, digladiando-se umas às outras em nome de Deus.

            Aliado ao Estado, o Cristianismo deturpou-se, perdendo as suas características divinas.”

            “Há necessidade de iniciar-se o esforço de regeneração em cada indivíduo, dentro do Evangelho, com a tarefa nem sempre amena da auto-educação.

Evangelizado o indivíduo, evangeliza-se a família; regenerada esta, a sociedade estará a caminho de sua purificação, reabilitando-se simultaneamente a vida do mundo.

            No capítulo da preparação da infância, não preconizamos a educação defeituosa de determinadas noções doutrinárias, mas facciosas, facilitando-se na alma infantil a eclosão de sectarismos prejudiciais e incentivando o espírito de separatividade, e não concordamos com a educação ministrada absolutamente nos moldes desse materialismo demolidor, que não vê no homem senão um complexo celular, onde as glândulas, com as suas secreções,  criam uma personalidade fictícia e transitória.

            Não são os sucos e os hormônios, na sua mistura adequada nos laboratórios internos do organismo, que fazem a luz do espírito imortal.

            Ao contrário dessa visão audaciosa dos cientistas, são os fluidos, imponderáveis e invisíveis, atributos da individualidade que preexiste ao corpo e a ele sobrevive, que dirigem todos os fenômenos orgânicos que os utopistas da biologia tentam em vão solucionar, com a eliminação da influência espiritual.

             Todas as câmaras misteriosas desse admirável aparelho, que é o mecanismo orgânico do homem, estão repletas de uma luz invisível para os olhos mortais.”


quarta-feira, 6 de março de 2013

16. 'Fenômenos de Materialização'


16

Fenômenos de Materialização
por     Manoel Quintão
 Livraria Editora da Federação Espírita Brasileira
 1942


            Os nossos opugnadores contumazes poderão advertir, a propósito destas citas: ciências do passado, razões e doutrinas bolorentas ...

            Pois se hoje tudo é futurismo...

            Mas, neste caso, elas por elas; raciocinando com a própria evolução científica, é lícito retorquir: e que pensarão dos nossos sábios de hoje os sábios do século XXII?

            Na minha infância, lá no meu arraial da roça, cujos encantos bucólicos ainda se me retraçam na retina, ou, melhor - estão gravados no meu perispírito como iluminura preciosa - lá, era costume dizer-se, quando se queria dar ideia de um fato impossíivel: é mais fácil um burro voar...

            Pois há dias, há meses, um telegrama de Bruxelas, se me não falha a memória, noticiava que certo "turfman", urgido pelo tempo, tendo de fazer correr o seu cavalo em Amsterdam, para ali o transportara de aeroplano!!!

            Se o homem já modificou, já alterou a noção do tempo e do espaço em menos de um século, se um quadrúpede já pode varar o espaço a 150 quilômetros a hora, por que, então, duvidarmos da modificação das zonas lúcidas dos nossos publicistas e cientistas caturras?

            Mas, voltemos à nossa tese:

            Um pouco de História

            O histórico de uma doutrina é assim uma espécie de capital acumulado. Se, pelo capital de uma empresa, aferimos a sua prosperidade, pelo histórico de uma doutrina ajuizamos a opulência dos seus recursos e, portanto, das suas possibilidades de êxito.

            Ora pois: sem embargo de interpretações teóricas, religiosas ou meramente filosóficas, o Magnetismo prático, o Magnetismo empírico, o Magnetismo terapêutico nos apresenta foros da maior ancianidade. Dele se pode dizer que há toda uma documentação preciosa e inconteste.

            Não falaremos da Índia, da misteriosa Índia, onde yoguis  e faquires, sabidamente realizam assombros e prodígios que a civilização, que a mentalidade ocidental ainda hoje mal define e menos compreende, desde a germinação artificial da semente à catalepsia voluntária e espontânea.

            Vamos antes ao Egito com Mariette, sob a dinastia dos Faraós, velha de 5000 anos antes da Era Cristã, e lá encontraremos o célebre papiro de Tebas, que diz assim: Pousa a tua mão sobre o enfermo para acalmar-lhe as dores e dize às dores que se vão!

            Por outro lado, historiadores como Heródoto e Diodoro da Sicília (L. 2. cap. 82) registram as fricções e massagens como hábitos muito familiares naqueles tempos.

            Outros autores são ainda mais categóricos, como por exemplo Prosper Alpini no seu tratado de Medicina egypciorum, publicado em Leyd (1718). Assim é que diz: "as fricções e as massagens médicas, ou misteriosas, eram os remédios secretos de que os Padres se utilizavam para sarar as enfermidades incuráveis".

            Todos sabemos que a mumificação atingiu no Egito um grau de perfeição até agora inalcançado, em que pese aos progressos da química moderna. Pois bem: a mumificação filia-se diretamente à crença do desdobramento do corpo, do que chamamos hoje duplo, corpo astral ou, melhormente, perispírito, e era praticada no intuito de conservar indefinidamente, com o corpo, a vida desse duplo.

            Um exemplo ilustrativo citado por Tácito; quando, em Alexandria, Vespasiano quis consultar Sérapis, para saber se a coroa do Império Romano viria de futuro a pertencer-lhe, ordenou, para isso, a evacuação do Templo e, de repente, quando sua atenção se voltava para o Símbolo, viu atrás de si um magnata egípcio de nome Basilides, que se achava então a uma distância de oitenta mil passos.

            E como Basilides significava - rei - Vespasiano concluiu que cingiria a coroa, o que de fato aconteceu.

            Mais alto ainda que estes testemunhos, falam alguns monumentos que resistiram às injúrias do tempo.

            A mão, que representa tão grande papel na prática do Magnetismo, tornou-se na antiguidade o símbolo das divindades médicas.
             
            A Arqueologia possui ainda coleções nas quais essas mãos cobertas de hieróglifos justificam a alcunha, que lhes deram, de mãos salutares dos deuses.

            No Zodíaco de Denderah, monumento existente na Biblioteca Nacional de Paris, vê-se Isis sustentando na palma da mão esquerda seu filho Hórus, enquanto com a direita parece dar-lhe passes no peito.

            No Egito, como, aliás, depois, por toda parte e ainda hoje, era costume irem os enfermos aos Templos a fim de se curarem com votos e promessas.

            Somente hoje as práticas variam, mas o fundo, a ideia, a intenção, se identificam. Hoje, nos santuários de Lourdes ou de Aparecida, os romeiros se sugestionam ou são sugestionados pela pompa dos rituais, ao passo que na antiguidade, quando o sacerdote era médico e sacerdote, os doentes apenas adormeciam sobre uma pele de carneiro, para que o deus evocado lhes revelasse em sonho o remédio que os havia de curar.

            Nota interessante cabe aqui fazer: quando o doente não adormecia, o sacerdote fazia-o por ele, e aí temos nem mais nem menos que mediunidade sacerdotal!







segunda-feira, 4 de março de 2013

'Roteiro de Leitura'



Você que se encontra frente a frente a incontáveis livros ditos espíritas 
veja o que o Hermínio C. Miranda sugere prá você organizar seu roteiro de leituras: 



 Roteiro de leitura
por Hermínio C. Miranda
Reformador Dezembro 1969


            Um jovem e inteligente leitor desta coluna, escreve-me para solicitar uma orientação de leitura. Realmente, aí está uma boa pergunta: Por onde deverá começar suas explorações a pessoa que se interessar pelo estudo do Espiritismo? A resposta é simples, direta e inequívoca: pelo "O Livro dos Espíritos", de Allan Kardec .. É a peça fundamental da Doutrina Espírita, resumo ordenado e sistematizado do conhecimento necessário ao entendimento dos problemas que aborda. Que não se iluda, porém, o leitor desprevenido, com a aparente simplicidade da obra, que está mais na linguagem do que no contexto - é trabalho de grande profundidade e extensão. Nele foram tratados de forma comprovadamente didática - perguntas e respostas - todas as grandes questões que têm atormentado a inteligência especulativa do homem: a existência de Deus e da alma, sobrevivência do espírito, comunicabilidade entre Espíritos (desencarnados) e homens, reencarnação, mecanismo das leis morais e outras.          

            "O Livro dos Espíritos" resultou do trabalho conjugado de seres encarnados e desencarnados. É obra de colaboração, de entendimento, de diálogo entre as duas faces da vida. Allan Kardec organizou o esquema e preparou as perguntas que paulatinamente foi submetendo à consideração dos seus amigos espirituais, através de médiuns de sua confiança. Os fundamentos doutrinários e filosóficos contidos no livro não são criação de Kardec - decorrem dos ensinamentos que os Espíritos foram ditando pacientemente. Por ser obra dos seres desencarnados, deu-lhe Kardec o titulo de "O Livro dos Espíritos".

            Foi publicado pela primeira vez em Abril de 1857, em Paris.

            Outras obras se seguiram a essa que - repetimos - é básica e essencial, ponto de apoio que irá assegurar ao leitor o prosseguimento do seu aprendizado, sem enveredar pelos atalhos e pelas fantasias. No preparo dos quatro livros subsequentes, é claro que Kardec não prescindiu da ajuda e colaboração de seus amigos desencarnados: são entretanto obras de autoria humana e não mais ditadas pelos Espíritos. Provavelmente, a intenção destas foi a de transmitir apenas o conhecimento básico e deixar que daí em diante os homens prosseguissem com seus próprios recursos.

            Era preciso, ainda, estudar a mediunidade, essa estranha e maravilhosa faculdade do espírito encarnado. E veio, então, "O Livro dos Médiuns" (1861). A seguir, "O Evangelho segundo o Espirtismo" (1864), "O Céu e o Inferno" (1865) e, finalmente, "A Gênese" (1868).

            Juntos, constituem o a que nós, espíritas, costumamos chamar "Codificação" ou "pentateuco" kardequiano.        

            É claro, porém, que a literatura espírita não termina em Kardec - ao contrário, começa nele. Ele próprio deixou isso bem explícito, ao caracterizar o Espiritismo como doutrina essencialmente evolutiva, e, portanto, suscetível de aperfeiçoamento, de ampliação, de desenvolvimento. Essa característica é particularmente destacada no aspecto cientifico - experimental da doutrina que, como todo conhecimento do gênero, se desenvolve dentro do ritmo do avanço tecnológico.

            Portanto, em resumo - primeiro estágio da leitura: "O Livro dos Espíritos"; segundo, os quatro livros que integram a codificação de Allan Kardec.

            Depois desse cursinho de Espiritismo, o próprio gosto do leitor irá encontrando o seu caminho na considerável bibliografia espírita. Se é dado a especulações filosóficas, terá grande proveito nas obras de Léon Denis, tão bem escritas e traduzidas. Se gosta mais dos aspectos científicos, dará prioridade a Gustave Geley, Gabriel Delanne, Epes Sargent, Ernesto Bozzano, Alexandre Aksakof. Se deseja estudos mais recentes e atualizados, não deixe de ler o recentíssímo "Além do Inconsciente" do médico brasileiro Dr. Jaime Cervíño , Se prefere literatura mais leve, gênero histórico romanceado, encontrará muita coisa do seu agrado na
obra mediúnica ditada a Chico Xavier pelo nobre espírito de Emmanuel;- que viveu na Palestina, como cidadão romano, ao tempo do Cristo. Será também com prazer que terá uma visão global da história universal em "A Caminho da Luz", também de Emmanuel. Nessa pequena grande obra, o Espírito conta a odisseia humana desde que a Terra acolheu os primeiros sinais de vida e os primeiros emigrantes do espaço, vindos de um distante corpo celeste.
(Ext. do "Diário de Notícias", de 15/2/69.)




15. 'Fenômenos de Materialização'



15

Fenômenos de Materialização
por     Manoel Quintão
 Livraria Editora da Federação Espírita Brasileira
 1942



            Ora, contra o asserto do ilustre neurologista contemporâneo há, no Evangelho dito de "Roustaing" - obra de ensinamentos profundos, que nos não cansamos de recomendar -. esta afirmativa categórica: tudo é magnetismo no universo! Que será, pois o magnetismo?

            Para Pitágoras, era o princípio mesmo da vida em toda a escala ontológica (do conhecimento do ser).

            Para os estoicos e conformados à teogonia de Zoroastro, era um fluído sutil, animando a natureza inteira, seja: a grande alma do mundo.

            Agripa, médico célebre do século XV, considerava-o elemento de cur, um espírito vital que penetra todos os seres e os faz viver e subsistir. E arrazoa ser esse o motivo pelo qual os Hebrus não o consideravam entre os elementos da natureza, porém como agente e vepiculo de união entre os diferentes seres.

            Paracelso, outro médico ilustre e astrólogo, admitia, como tal, a influência dos astros e dizia que toda criatura possui o bálsamo astral.

             Estas coisas assim ditas, hoje, num círculo de céticos dissecadores de cadáveres, causariam mofa. O mínimo que concederiam de conceito, a quem as dissesse, seria o diagnóstico de uma psicose

            Entretanto, toda essa gente sabe da influência da Lua sobre a s marés, sobre as plantas, sobre a marcha das enfermidades...

            E sabe da influência ainda maior do sol, de que fizeram até um sistema terapêutico – a Helioterapia.

            Mas, prossigamos...

            Van Helmont admitia o eficiente, a força seminal, o princípio superior, imaterial e oculto e, como Basílio Valentino e Paracelso, o denominou arqueu ou arquiteto.

            Maxwell o tem como princípio vital, que liga a alma ao corpo. Finalmente, Mesmer, considerado o fundador do Magnetismo, estabelece a existência de um fluido sutil, que penetra todos os corpos e enche o Universo!

            Partindo do princípio newtoniano da atração universal, Mesmer estendeu a doutrina aos corpos animados.

            Sustentando que a atração dos corpos celestes produz o fluxo das marés, afirmava que, mediante certos processos, poderíamos produzir marés artificiais em nós mesmos.

            E foi por analogia com efeitos observados no imã (magnes?), que ele deu a essa propriedade de nosso corpo a denominação de magnetismo animal.

            Proclamando o Magnetismo panaceia universal, remédio eficiente à cura de todas as enfermidades, ele apenas tocava os doentes, sem lhes ministrar drogas quaisquer, mas tcava-os por uma teoria racional, fundada na polaridade do corpo humano, havendo verificado que os contatos dos polos similares é excitante e o dos contrários calmante Em sua comunicação à Faculdade de Paris, condensada em 27 proposições, destacamos uma, a 10ª, que, do ponto de vista espírita tem alta significação filosófica, a saber:

            “A ação e a virtude do Magnetismo animal, assim caracterizadas, podem ser comunicadas a outros corpos, animados ou inanimados, pois todos são disso mais ou menos suscetíveis.”

            E aí temos a razão da psicometria com todo o seu cortejo de fenômenos estupefacientes; aí temos os estigmas e o envultamento da Cabala. Todos estes precipitados pioneiros do Magnetismo foram homens de ciência do seu tempo e, por conseguinte, a seu tempo detentores da mesma autoridade e ‘infalibilidade’ que se arrogam e estadeiam os nossos acadêmicos contemporâneos.

            Depois deles outros sábios ilustres perfilharam, defenderam e praticaram o Magnetismo, entre os quais o Dr. Charpignon, que experimentou a influência das cores e dos metais (metaloterapia) sobre os organismos, bem como o efeito dos medicamentos à distância; Pététin, presidente perpétuo da Sociedade de Medicina de Lyon (este trocou o nome de Magnetismo pelo de eletricidade animal) Reichenbach e, por fim o Cel. de Rochas, que escreveu a magnífica obra "As fronteiras da Ciência", repositório de experiências da mais alta ousadia, que lhe valeram, seja dito, agressões e não poucos dissabores.

            Mas, Senhores, que vale citar nomes para esses doutos convencidos de que no mundo, no universo, no infinito só pode haver o que eles sabem ou presumem saber?

            Encafuados na sua toca, são bem aquele coelho de que aqui nos falou, em sua recente e esplêndida conferência, o distinto escritor Viriato Correia.

            Pois não vimos, ainda há pouco, um outro polígrafo (e só polígrafo) dizer que Ollver Lodge, com o afirmar a sobrevivência da alma, provou que se pode ser grande sábio quanto mau filósofo?

            Como se não pudéssemos, de rebatida, proclamar que também se pode ser excelente estilista e mau sábio, e péssimo filósofo!..

            Ah! Senhores, razão tinha o Dr. Paulo Gibier quando afirmava a existência daquela "zona lúcida" de cada individuo, fora da qual os problemas mais fáceis, as equações mais simples lhes escapam como sombras impalpáveis.

            Eu bem me lembro que, de uma feita, afirmando a alguém que muitas coisas existiam além da orbita dos nossos sentidos comuns, disse-lhe: o Sr. aqui está, firme, ereto, vertical e solene como um coqueiro: supõe-se atarraxado aos pés, fixo neste lugar e, no entanto, a verdade verdadeira é que o Sr., eu, esta casa, aqueles morros, estamos rodando com a Terra em torno de si mesma e ela, a Terra, por sua vez, em torno do Sol, que também se desloca no espaço, etc...

            O pobre homem fitou-me compungido, desconfiado, e guardo ainda a expressão daquele olhar que parecia dizer - está louco! E... foi-se.




domingo, 3 de março de 2013

A Gripe 'Espanhola'


Um interessante relato sobre a participação da FEB 
quando da manifestação da gripe chamada 'espanhola' no Rio de Janeiro:



             ......."Um acontecimento de grande repercussão na Capital e em todo o Brasil, foi, certamente, o da pandemia de gripe - pitorescamente batizada "a espanhola" - que assolou o mundo em 1918.

            Nessa eventualidade apavorante, quando a metrópole populosa de 1.300.000 almas apresentava ao observador atônito e contristado o aspecto de vasta necrópole, com dezenas de milhar de casas fechadas; com o seu movimento paralisado e as ruas por vezes transformadas em depósito de cadáveres, a nossa Federação manteve suas portas abertas e atendeu a multidões que se sucediam, distribuindo-lhes, com os remédios do corpo e a dieta aos mais carecidos, a verdadeira esmola do conforto moral - que essa, sim, se chama Caridade.

            Em compensação, as graças choveram do alto, ostensivas e copiosas, a ponto de, esgotadas as últimas reservas de medicamentos, produzirem-se as curas com simples copos d'água magnetizada e pela só imposição das mãos, ou ainda mediante singelas preces, acompanhadas de exortações.

            Era de ver-se, então, como doentes combalidos, de olhar esgazeado, vítreo, no delírio da febre presto se calmavam e, aliviados e restabelecidos exclamavam: Ah! bem me diziam que viesse até aqui para ficar bom... Bom... Mas... eu estou bom, sinto-me curado, graças a Deus!

            Sugestão? Fluidos? Sim, uma e outra coisa a discutir, mas, certa, inegável, a misericórdia divina.....................





            Extraído das páginas 100 e 101 de:

Fenômenos de Materialização
por     Manoel Quintão
 Livraria Editora da Federação Espírita Brasileira
 1942


14. 'Fenômenos de Materialização'

Esta NÃO é uma foto de uma materialização mas sim de um 'adorno' de um túmulo...


14

Fenômenos de Materialização
por    Manoel Quintão
 Livraria Editora da Federação Espírita Brasileira
 1942

            Médium receitista há 20 anos, médium de passes também, magnetizador portanto, bastaria narrar aqui, com singeleza alguns resultados obtidos pessoalmente, para infirmar a sentença "ex-catedra", mesmo porque, fatos não são teorias, nem se lhes dá a eles - os fatos - para que se verifiquem, aguardar o veredictum dos que os observam e, bem ou mal, os interpretam.

            Os bólidos caíam do céu .. , um sábio de alto coturno dizia, então: "como podem cair pedras do céu, se no céu não ha pedras?"

            Hoje os bólidos estão quimicamente analisados e ninguém, que se preze de mediana cultura, lhes desconhece a gênese.    

            Assim, a rotação da Terra com Galileu; assim a circulação do sangue com Harvey; assim outras muitas descobertas, leis, conquistas foram negadas e condenadas a seu tempo, pela Ciência oficial.

            Pois bem: parodiando a cinca (enganosa, errada) acadêmica, poderíamos colocar na boca do sentencioso esculápio contemporâneo a seguinte frase: como pode haver Magnetismo, se eu não vejo, não toco, não sinto o chamado fluido magnético?

            E, contudo, o sentiria, tocaria e veria, se o quisesse, tal como fizeram De Rochas, Durville, Dr. Luyz e tantos outros sábios experimentadores argutos e probos, que constataram a esteriorização da sensibilidade e da motricidade, a fotografia dos eflúvios, a medicina transplantatoria, a ação medicamentosa à distância, etc.

            Destarte, conheceria o Dinamoscópio de Callongues, o Magnetômetro de Fértin, o Galvanômetro de Crookes, o Biômetro de Baraduc, o Pêndulo de Thore...

            Os homens sérios,  os chefes de escolas quaisquer, científicas, filosóficas ou religiosas, todos quantos reivindicam autoridade para falar ao público e nortear correntes de pensamento; precisam capacitar-se de uma coisa - é que nos encontramos em fase singularíssima de evolução planetária, com um nível psicológico coletivo que sobrepaira a todos os interesses efêmeros e secundários.

            Isso não será fácil, talvez, a esses que tais consagrados "Mestres em Israel", brevetados da Ciência oficial, cujos marcos de penetração se fincam nas extremas coordenadas do dinamismo molecular.

            A verdade, entretanto, é que, hoje como nunca, aumenta o número dos que leem e raciocinam de conta própria: dos que se não deixam encantar por meras teorias mais ou menos abstrusas (difícil de compreender)  e retumbantes.

            A Revelação Espírita, em seu opulento desdobrar de maravilhas, veio, precisamente encerrar o período da Fé Cega, do ‘crê ou morre’, do "magister dixit".

            Hoje o homem, tal como o homem de todos os tempos, quer crer, tem necessidade substancial de crer, mas, paralelamente, com o evolver da inteligência, tem necessidade de compreender.

            Os espiritistas, neste ponto (e já alguém judiciosamente o observou) diferimos de outros crentes, pois que buscamos na meditação, no estudo e na observação a veracidade da nossa crença, que, de resto, não comporta dogmas nem mistérios.

            Nem para nós os arcanos da Natureza se podem prefigurar, inabordáveis e inacessíveis, por transcendentes, uma vez que a lei é de progresso indefinito e a Natureza é obra de Deus, na qual e pela qual a Deus se glorifica.

            Seria mesmo neste sentido que o Divino Mestre sentenciava: Sede perfeitos como meu Pai é perfeito.

            Bezerra de Menezes, médico ilustre e apóstolo espiritista que o foi para nosso país, costumava dizer: Religião e Ciência são como as asas do Espírito, com as quais ele voa para Deus.

            Como poderia o Espírito, ave do céu, voar como uma só asa?

            Religião e Ciência! Unamo-las aqui, porque também dito foi que a pequena ciência nega e a grande ciência afirma Deus.

            Foi louvado nestas cogitações e confiado na vossa tradicional benevolência que me permiti respigar estas considerações e fatos Ilustrativos da tese em apreço, preenchendo esta hora suavíssima de harmonia, que baixa de cimos celestes em retábulos de luz, para amenizar, sintonizando- as no mesmo anseio de Paz, as nossas almas lúridas (poética: pálido, lívido, escuro) e vacilantes na prova individual e coletiva. 



sábado, 2 de março de 2013

'A Gênese' - 1º Centenário


‘A Gênese’
1º Centenário[1]
por Hermínio C. Miranda

in ‘Reformador’ (Ed FEB) Janeiro 1968

           
            Poucas as existências como a de Allan Kardec, nas quais tão claramente se evidencia a cuidadosa execução de um plano articulado entre Espíritos e homens. Há algum tempo, escrevi, fascinado pelo tema, um livro (ainda inédito) chamado "Mecanismos Secretos da História", para desenvolver a tese de que, ao contrário do que desejam fazer crer as correntes materialistas, a História tem um mecanismo espiritual, impulsos espirituais, causas e consequências espirituais, de vez que o homem é Espírito e todo o plano da História consiste em fazê-lo caminhar para Deus.

            No desenrolar da existência de Kardec vemos a marca inconfundível dessa ideia. Tudo na sua vida é planejado com atenção e executado com rigorosa fidelidade aos seus compromissos espirituais. Renasceu o grande Espírito em 1804. Quinze anos antes, a  Revolução Francesa sacudira o mundo com o clamor de suas aspirações e o estarrecera com os excessos de suas atrocidades. Justamente em 1804, Napoleão se fizera Imperador e a América do Norte  vivia o primeiro decênio da sua independência.

            Kardec não teve pressa. Seu trabalho é todo um modelo de meticulosidade; o produto do seu labor só vem a público na época certa, no momento exato da maturação das ideias; não antes. Ele estuda, espera, reexamina, medita e somente depois de convencido segue adiante. Quer conhecer antes o terreno que pisa, para não repetir o drama, do filósofo que contempla as estrelas, mas tropeça pela chão. Durante 50 anos, meio século, toda a sua atividade está concentrada em estabelecer entre os homens sua reputação de educador e de pensador. Em 1848 os fenômenos de Hydesville, nos Estados Unidos, começam a despertar a atenção do mundo para as manifestações dos Espíritos, mas Kardec não é adesista de primeira hora. Quer ver e estudar tudo primeiro. Somente em 1854, quando o fenômeno das mesas girantes fascinava toda a Europa, toma contato com o problema através de uma observação de seu amigo Fortier. Sem recusar sumariamente a coisa, Kardec se reserva a um juízo posterior, depois de estudado o fenômeno.  Em princípio de 1855 outro amigo, o Sr. Carlotti, também lhe fala do assunto e Kardec continua em guarda, porque, segundo confessa, seu amigo era um tanto exuberante demais. Só em Maio de 1855 ele se põe, afinal, diante da manifestação mediúnica, em casa da Sra. Roger, com a presença do Sr. Fortier, do Sr. Patier e da Sra. Plainemaison. Era a primeira sessão de uma série da qual sairia toda a obra planejada pelos Espíritos.

            Mesmo, porém, atirando-se ao trabalho com a energia que lhe era característica, Kardec continuou lúcido e frio no exame dos fatos. Somente emite sua opinião depois de absolutamente seguro dela. Por isso, não tem pressa. De 1854, quando sua atenção foi solicitada para o fenômeno, até 1869, quando desencarnou, decorreram 15 anos incompletos. A história do pensamento humano ainda não fez justiça a esse período que marca o despertar da Humanidade. Em 11 anos vieram à luz os cinco livros básicos da Doutrina Espírita, na seguinte ordem:

                                   1.        1857 O Livro dos Espíritos
                                   2.        1861 O Livro dos Médiuns
                                   3.        1864 O Evangelho segundo o Espiritismo
                                   4.        1865 O Céu e o Inferno
                                   5.        1868 - A Gênese

            A sequência é perfeita e se desenvolve de acordo com o plano. Em primeiro lugar, a doutrina se caracteriza pela sua despersonalização . Não é um sistema filosófico--religioso montado por um só homem, com a marca da sua personalidade, batizado com seu nome individual. A primeira pedra do edifício, a obra básica, sobre a qual se assentará toda a estrutura - "O Livro dos Espíritos" - é, de certa forma, trabalho anônimo, ou melhor, um trabalho de equipe. Ninguém o assina; os Espíritos se revezam nas instruções. É interessante observar, ainda, que os Espíritos não querem dar ao livro a feição de um depoimento expositivo, como se fosse um tratado. Isso, também, parece ter a sua razão de ser. Muitos aspectos do mundo espiritual são irredutíveis à linguagem humana e, ainda que eles insistissem em discorrer sobre tais aspectos, de pouco valeria para a maior parte dos leitores, senão para todos, e o livro correria o risco de ser tido por uma desvairada fantasia de cérebros doentios. Seria preferível que Kardec formulasse as perguntas, todas do ponto de vista humano, a fim de que nesse "background" intelectual do espírito encarnado, pudessem os desencarnados traçar, em linhas mestras, o panorama do mundo espiritual, de suas leis e perspectivas. Kardec era, inegavelmente, o homem indicado para formular as perguntas.

            Ampla e variada era sua cultura humanística, sólidos os seus postulados morais, lúcidos os seus conceitos científicos. Tinha um cérebro bem ordenado, habituado ao raciocínio lógico, e uma curiosidade intelectual sadia e bem orientada: uma inteligência penetrante, analítica e fria completava o seu arcabouço psíquico.

            Lançados os alicerces da doutrina em "O Livro dos Espíritos", Kardec prosseguiria, daí em diante, ainda sob a orientação dos seus amigos espirituais, porém, com maior autonomia de pensamento. Não é mais apenas o discípulo que pergunta aos mestres o que deseja saber; é o aluno aplicado que, findo o aprendizado, resolve explorar o terreno por sua própria conta. Não prescinde dos mestres, mas já sabe como conduzir-se. Os Espíritos deixam à sua discrição o plano de trabalho, deixam-no no exercício pleno do seu livre-arbítrio; e o novo mestre sai-se brilhantemente da tarefa.

            Os livros subsequentes não são mais uma coletânea de instruções dos Espíritos desencarnados, sob a forma de perguntas e respostas mas a contribuição de Kardec, o desdobramento humano da obra articulada e certamente planejada com imenso carinho, no espaço, antes de sua encarnação.

            "O Livro dos Médiuns" apareceria somente depois de 4 anos da publicação de "O Livro dos Espíritos". "O Evangelho segundo o Espiritismo", em 1864, três anos após o precedente, seguido de perto pelo "O Céu e o Inferno", em 1865. Somente em 1868, onze anos depois do "O Livro dos Espíritos", era publicada "A Gênese".

            Este é o encerramento lógico da obra de Kardec. Nos livros anteriores explorara os segredos e problemas da mediunidade, analisara à luz do Espiritismo o Evangelho de Jesus, discutira as velhas e perniciosas crenças nas penas e recompensas eternas.Pouco faltava àquele espírito para fazer passar pelo crivo do seu raciocínio.

            Esse pouco está em "A Gênese", cujo centenário se comemora em Janeiro corrente, de 1968. Este livro não foge ao roteiro invisível de Kardec. Embora encadeada no conjunto do chamado pentateuco kardequiano, "A Gênese" constitui leitura autônoma. Pouco mais de dez anos são passados desde que o mestre elaborou com os Espíritos o primeiro livro da série. O momento é oportuno para uma revisão do seu trabalho e uma reapresentação das ideias discutidas ao longo de quase duas mil páginas compactas. Teria o tempo e as observações
subsequentes modificado alguma coisa nos conceitos, mesmo secundários? Nada. É um monumento monolítico de beleza e grandeza sem par. Assim, antes de entrar no objeto do livro propriamente, Kardec apresenta uma reexposição da doutrina contida nas obras anteriores e nos seus inúmeros escritos espalhados pela "Revue Spirite". O Espiritismo, ensina ele, "não estabeleceu nenhuma teoria preconcebida; assim, não apresentou como hipóteses a existência e a intervenção dos Espíritos, nem o perispírito, nem a reencarnação, nem qualquer dos princípios da doutrina; concluiu pela existência dos Espíritos, quando essa existência ressaltou evidente da observação dos fatos, procedendo de igual maneira quanto aos outros princípios". (A Gênese, pág. brasileira da FEB.)

            Aproveita, ainda, a oportunidade para rebater certas acusações assacadas contra o Espiritismo, especialmente aquelas que poderiam, de certa forma, impressionar a mente dos menos avisados. Acha que a doutrina da pluralidade das vidas, ou seja, a da reencarnação, "é uma das mais importantes leis reveladas pelo Espiritismo, pois que lhe demonstra a realidade e a necessidade para o progresso" (pág. 29). Em seguida, examina uma vez mais o problema de Deus, o do bem e do mal, para somente a partir do capítulo IV atacar o objeto do seu livro que é o estudo do mundo material em que vivemos.

            Na realidade, o livro não cuida somente da formação da Terra, sua história, sua constituição atual e as perspectivas do seu destino; examina também a questão dos milagres, e conclui estudando o problema das predições.

            Quanto à gênese propriamente dita, não elimina de todo a concepção de Moisés, procurando explica-la em termos da ciência da sua época. Examina as noções de tempo, de espaço, de matéria, bem como a astronomia em geral e, em particular, o nosso sistema e, neste, a Terra. Oferece considerações sobre a gênese orgânica e a espiritual. Nos capítulos 13 a 15 estuda e explica, em face da Doutrina Espírita os chamados milagres, ensinando que, longe de serem derrogações das leis divinas, indicam a existência de outras leis mal conhecidas ou desconhecidas. Tudo investiga, examina, analisa e, conclui, oferecendo o seu depoimento.

            Finalmente, aprecia a difícil questão levantada pela profecia, apresentando, de início, uma "Teoria da Presciência", passando, em seguida, a estudar as profecias e predições contidas nos Evangelhos. O capítulo final é uma janela panorâmica aberta para o futuro. Parece que o mestre sentia a aproximação do fim de sua existência terrena e queria deixar, no seu livro último, uma palavra de esperança e de otimismo, mas também de advertência. Ensina que a Humanidade caminha irresistivelmente para a frente, porque os espíritos que a  compõem vão renascendo melhorados de vida em vida. Acredita que as grandes transformações preditas para o futuro próximo não sejam acompanhadas necessariamente de cataclismos espetaculares nem de terríveis abalos cósmicos. Acha ele que "uma mudança tão radical como a que se está elaborando não pode realizar-se sem comoções. Há, inevitavelmente, luta de ideias. Desse conflito forçosamente se originarão passageiras perturbações, até que o terreno se ache aplanado e restabelecido o equilíbrio. É, pois, da luta das ideias que surgirão os graves acontecimentos preditos e não de cataclismos ou catástrofes puramente materiais". Observa, entretanto, que há um encadeamento, uma certa sintonia entre conflitos de ideias e fenômenos físicos. É o que declara ao proclamar o seguinte:

            "Se, pelo encadeamento e a solidariedade das causas e dos efeitos, os períodos de renovação moral da Humanidade coincidem, como tudo leva a crer, com as revoluções físicas do Globo, podem os referidos períodos ser acompanhados ou precedidos de fenômenos naturais, insólitos para os que com eles não se achem familiarizados, de meteoros que parecem estranhos, de recrudescência e intensificação dos flagelos destruidores, que não são nem causa, nem presságios sobrenaturais, mas uma consequência do movimento geral que se opera no mundo físico e no mundo moral."

            Entende, porém, lógico e de se esperar que a promoção da Terra na escala moral tenha de ser feita à custa do afastamento, para outros corpos celestes, dos Espíritos que, ficando aqui, contribuiriam para a perpetuação das angústias por que passam os que desejam o progresso e a paz espiritual.

            Aí está o pensamento do mestre, nos últimos lampejos da sua vida como Allan Kardec . Em suma, pode dizer-se que em "A Gênese" Kardec dá um balanço no impacto causado pelo Espiritismo nos seus 10 anos de existência, estuda o meio físico em que vive o homem encarnado, aprecia os milagres do ponto de vista espírita, examina a complexa questão das predições e conclui com uma advertência e um brado de esperança.

            As últimas palavras de sua última obra de fôlego contêm uma súmula de todo o objetivo de sua vida: "Os incrédulos - diz ele - rirão destas coisas e as qualificarão de quiméricas; mas, digam o que disserem, não fugirão à lei comum; cairão a seu turno, como os outros, e, então, que lhes acontecerá? Eles dizem: Nada! Viverão, no entanto, a despeito de si próprios e se verão, um dia, forçados a abrir os olhos."






[1] 2013 – 1968 = 45 + 100 = 145.  Estamos pois à 145 anos da publicação da primeira edição de ‘A Gênese’.