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quinta-feira, 24 de junho de 2021

Continuidade

                

Continuidade

por FEB \ Humberto de Campos (Espírito)
Reformador (FEB) Abril 1947

          De tempos em tempos pessoas contrárias à orientação doutrinária da Federação Espírita Brasileira movem campanhas de imprensa ou pelo rádio; promovem congressos; fundam instituições em substituição à Casa de Ismael ou a algum dos seus departamentos de serviço. Depois, tudo passa, volta à calma; as novas instituições prestam algum serviço à causa, colaboram indiretamente com a Federação, mas não a fazem desaparecer, como eram os planos dos fervorosos fundadores.

          Vamos hoje recordar aos nossos amigos que essa continuidade da Federação não é obra humana de seu Diretores; é a orientação direta dos Espíritos que a fundaram e a dirigem com finalidades superiores. Sejam quais forem os administradores materiais que os Espíritos coloquem na direção, o programa é o mesmo de progresso calmo e firme, sem desfazer num dia o que se fez  no outro. É uma orientação muito progressista , que chegou mesmo à audácia de incluir o Esperanto no programa de trabalho, o que nenhuma outra instituição espírita até então ousara fazer; mas sem descontinuidade de nenhum dos setores de trabalho, encetados desde o início. Vamos dar a palavra a Humberto de Campos sobre o assunto. Em uma crônica recebida em 12 de junho de 1936 dizia o querido pensador patrício:

          "A obra da Federação Espírita Brasileira é a expressão do pensamento imaterial dos seus dirigentes do plano invisível, indene (ileso) de qualquer influenciação da personalidade dos homens. Semelhantes àqueles discípulos que partiram para o mundo como o "Sal da Terra", na feliz expressão do Divino Mestre, os seus administradores são intérpretes de um ditame superior, quando alheados (cedidos) de sua vontade individual, para servir ao programa de amor e de fé a que se propuseram. O roteiro de sua marcha é conhecido e analisado no mundo das verdades do Espírito, a sua orientação nasce da fonte das verdades superiores e eternas, não obstante todas as incompreensões e todos os combates. A história da casa de Ismael, nos espaços, está cheia de exemplos edificantes, de sacrifícios e dedicações." (Mensagens, pág. 119)
             "...Já tive ocasião de manifestar o meu respeito por essa instituição venerável, cujas portas se abrem generosas para os famintos do pão espiritual e para os necessitados do corpo..." (Id., pág. 216)

              As mensagens de Humberto de Campos confirmam muitas outras de Espíritos Superiores. Só assim podemos compreender que todas as lutas contra a Casa de Ismael se anulam por si mesmas, enquanto a velha Federação cresce,  lentamente, mas com uma firmeza exemplar, prestando os serviços a que  está destinada pelos seus Fundadores e Orientadores.

              Pessoas e instituições apressadas surgem, crescem, diminuem, desaparecem, mas a Casa de Ismael continua pacientemente a sua obra de levar a Doutrina a todos os rincões da Pátria e conservar quanto possível a unidade doutrinária, a pureza dos princípios espíritas.

               O alto Plano dos Diretores espirituais é longo, estende-se pelos séculos e milênios vindouros, porque tem raízes em séculos e milênios passados. Os projetos humanos são breves, nascem e morrem como seus autores.

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