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domingo, 13 de abril de 2014

Emoção e Raciocínio


Emoção
e Raciocínio
Emmanuel
por Chico Xavier
Reformador (FEB) Maio 1962

            Para distrair-se, ao longo da praia, o viajante se contenta com leve e frágil canoa de madeira; contudo, na travessia do mar, requisita o concurso do aço, na sustentação dos grandes navios.

            A fim de tão somente alfabetizar-se, o estudante roga apenas algumas semanas; no entanto, para senhorear os recursos especializados de uma profissão liberal, gasta quase toda a existência.

            Para alimentar-se, no espaço de algumas horas, a criatura pode valer-se da alface de poucos dias; mas, se deseja apoiar a oficina em que se educa, solicita o favor da peroba que exige muitos anos para desenvolver-se.

            A fim de brincar num circo, o homem utiliza estacas, à flor da terra, em galpões de emergência; entretanto, ao erguer a casa de moradia, recorre ao prestígio da pedra, na garantia dos alicerces.

            Viver bem, segundo a emoção, na superfície das coisas, é atividade comum.

            Viver para o bem, na profundeza do raciocínio, é obra de raros.

            Arma-te de energia, se aspiras a vencer a sombra em ti mesmo.

            Ninguém constrói caminhos de paz e luz, sem a firmeza da fé sobre a constância da paciência. 

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