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domingo, 17 de agosto de 2014

Reencarnação


Reencarnação
Emmanuel
por Chico Xavier
Reformador (FEB) Janeiro 1955

            Sem a chave da reencarnação, a vida inteira reduzir-se-ia a escuro labirinto.

            De existência em existência, no mundo, nossa individualidade imperecível sofre o desgaste da imperfeição, assim como o aprendiz, de curso a curso, na escola, perde o fardo da ignorância.

            Compreendendo semelhante verdade, saibamos valorizar o tempo, no espaço terrestre, realizando integral aproveitamento da oportunidade que o Senhor nos concede, entre as criaturas, acumulando em nós as riquezas do conhecimento superior e os tesouros da sublimação pelo aprimoramento de nossas qualidades morais.

            Lembremo-nos de que nunca iludiremos a vigilância da Lei.

            Na Terra, a organização judiciária corrige tão somente os erros espetaculares, expressos nos crimes ou nos desregramentos que compelem os missionários da ordem a drásticas atitudes, segregando a delinquência na penitenciária ou no hospital, derradeiros limites do desequilíbrio a que se acolhem os trânsfugas sociais.

            Todavia, é imperioso reconhecer que todas as nossas falhas são registadas em nós mesmos, constrangendo a Justiça Eterna a providências de reajuste em nosso favor, no instituto universal da reencarnação, que dispõe de infinitos recursos para o trabalho regenerativo.

            De mil modos ilaqueamos na carne a atenção dos juízes humanos, nos delitos ocultos, exercitando a perversidade com inteligência, oprimindo os outros com suposta humildade, ferindo o próximo com virtudes fictícias, estragando o equipamento físico sem qualquer consideração para com os empréstimos divinos e, sobretudo, explorando os irmãos de luta com manifesto abuso de nossos poderes intelectuais...

            No entanto, por isso mesmo também, renascemos sob doloroso regime de sanções, dilacerados por nós mesmos, nas possibilidades que outrora desfrutávamos e que passam a sofrer frustrações aflitivas.

            Moléstias da carne e impedimentos do sangue, mutilações e defeitos, inquietações e deformidades, fobias complexas e deficiências inúmeras constituem pontos de corrigenda do nosso passado que hoje nos restauram à frente do futuro.

            Cultivemos, desse modo, o coração nobre no vaso da consciência reta para que a planta de nossa vida se levante para o hálito de Deus, porquanto basta a boa vontade na sementeira do amor que o Mestre nos legou para que a multidão de nossos débitos seja coberta e esquecida pela Divina Misericórdia, possibilitando o soerguimento de nosso espírito, até agora arrojado ao lodo de velhos compromissos com a sombra, na subida vitoriosa para a luz imortal.



A Humildade é Força Espiritual


A Humildade
é Força Espiritual
Indalício Mendes
Reformador (FEB) Janeiro 1955

            A primeira condição do espírita sincero é humildade. Sem ela não lhe será possível penetrar os arcanos do pensamento verdadeiramente cristão, porque Jesus foi, mais do que ninguém, um humilde. Para exemplo do mundo, veio à Terra numa pobre e singela manjedoura e surgiu aos olhos dos homens como sendo apenas “o filho do carpinteiro”. 

          Entretanto, que de grandezas excelsas se iluminou a sua trajetória por este planeta! Sua humildade era uma força poderosa e ele jamais a desprezou, mesmo quando sofreu as injustiças da ignorância humana, que culminaram com o episódio do Gólgota! Por isto, nenhum livro até hoje suplantou o Evangelho do Cristo, na difusão da humildade. Sempre que a criatura consegue sufocar os impulsos instintivos da sua personalidade,  impondo-lhe a disciplina que a humildade aconselha, torna-se forte, porque ninguém é mais poderoso do que aquele que possui o domínio de si mesmo. Aqui é que está o início do caminho da redenção humana. Se cada um de nós souber realizar o milagre do autodomínio, a fim de palmilhar sem vacilações o caminho evangélico, todos estaremos com a jornada diminuída, porque a iluminação espiritual impedirá os desvios por atalhos perigosos e nos abrirá perspectivas alentadoras acerca das futuras reencarnações.

            Precisamos, dentro da concepção espírita da vida, compreender definitivamente que o que fomos, o que somos e o que seremos, foi, é e será exclusivamente obra nossa. Sujeitos às sábias leis divinas, entre as quais a justíssima lei de Causa e de Efeito, ou Lei do Retorno, depende apenas de nós mesmos a tranquilidade dos dias futuros, a felicidade no amanhã. Os sofrimentos de hoje decorrem de atos e pensamentos do pretérito e da atual encarnação.

            Ninguém pode ser realmente espírita sem humildade. A luta que travamos com as nossas tendências e os nossos hábitos é bem mais árdua e difícil do que podemos supor. Nossa personalidade se forma de preconceitos de toda sorte. Somos egoístas e vaidosos. Quando pensas estar no caminho certo, a realidade nos desperta e vemos, então, que apenas possuímos o verniz das aparências que o intelectualismo deixa cair sobre o nosso “eu”. Intimamente, porém, somos um poço de imperfeições. Para realizar o milagre da autoeducação, é mister persistência e inquebrantável força de vontade. Vencer-nos a nós mesmos é tarefa ciclópica, pois temos maior facilidade em apontar erros no nosso semelhante, aconselhando-o a corrigir-se, quando nós necessitamos mais do que qualquer outro de retificar nosso itinerário.

            Humildade... Qual de nós é verdadeiramente humilde? Nós? Vocês? Possivelmente, há uns mais adiantados do que outros no edificante trabalho de autoeducação. O essencial é conservar o espírito voltado para o esforço cotidiano no afã de melhorar. O primeiro passo, o mais difícil, porque o principal, é a humildade. Analise-se a obra de Jesus. Qual de nós seria capaz de oferecer uma face, depois de a outra ter sido esbofeteada? Não pretendamos chegar já a tanto. Mas façamos alguma coisa, um pouco cada dia e estabeleçamos, ao fim de certo tempo, um cotejo entre o que somos e o que éramos. Deste modo, mesmo se fizermos algum progresso, por mínimo que seja, reiteremos perante Deus o compromisso de continuar a luta contra nós mesmos.

            Não há como “O Evangelho segundo o Espiritismo” para nos servir de guia no afã cotidiano. Por ele ser-nos-á menos difícil aferir o nosso adiantamento espiritual. Os males do mundo atual decorrem, em grande parte, da importância exagerada que se dá aos bens materiais. Tudo é equilíbrio no Universo e nós somos partes do Universo. Não podemos quebrar impunemente a harmonia geral. Quando isto acontece, a Lei de Causa e de Efeito, que é uma lei cósmica de influência moral imediata, se manifesta em toda a plenitude. Harmonia é equilíbrio. Para alcançarmos essa situação, devemos controlar nossos pensamentos e atos. O espírito possui grande poder e não usamos dele impunemente. Se o orientarmos para o bem, estaremos contribuindo para a harmonia universal; se o empregarmos mal, provocaremos choques de maior ou menor intensidade, os quais nos envolverão fatalmente, ainda e sempre em obediência à Lei de Causa e de Efeito.


            Em “O Evangelho segundo o Espiritismo”, encontramos um guia infalível, desde que estejamos animados de boa-fé e boa-vontade. A palavra de Jesus é o melhor itinerário que o ser humano poderia escolher para a sua felicidade. O sofrimento do mundo atual denuncia o afastamento da Humanidade da trilha indicada pelo Mestre. Completando esse guia admirável, pelos esclarecimentos que ajudam a interpretá-lo melhor, há ainda “Os Quatro Evangelhos”, obra monumental compilada e reunida com devotamento inexcedível por Jean-Baptíste Roustaing, na qual os Evangelistas Mateus, Marcos, Lucas e João, através da mediunidade de Mme. Collignon, transmitiram amplos e profundos comentários, trazendo achegas de valor extraordinário à interpretação correta da doutrina de Jesus. Dessa grande obra, disse Allan Kardec, o Grande Missionário, tratar-se de trabalho digno da leitura dos espíritas conscienciosos. Portanto, quer “O Evangelho segundo o Espiritismo”, que o labor santificante de Allan Kardec permitiu trazer ao mundo para o conforto moral da Humanidade, quer “Os Quatro Evangelhos”, de Roustaing, são obras indispensáveis à cultura do sentimento, à iluminação espiritual dos homens. Podemos dizer mesmo que constituem a base da educação espírita. Eles ensinam-nos a ser fortes na humildade, a ver com os olhos da alma o que nem sempre enxergamos com os olhos da carne. Amparado pelos ensinamentos contidos nas mesmas, o espírita estará habilitado a romper sem embaraço as dificuldades que lhe assomam na rota terrena.

segunda-feira, 11 de agosto de 2014

O Pensamento de Hermínio Miranda


         "A necessidade de retornar à carne se prende não ao fato de só progredirmos enquanto estamos no mundo material, mas sim porque certos aspectos da evolução somente podem ser realizados aqui. Na carne deve o Espírito resgatar os erros cometidos na carne. Jamais poderá ir adiante sem deixar liquidados os compromissos que assumiu no mundo material. De outra forma, a justiça da Lei seria falsa, pois que temos de recompor o que fizemos errado, não deixando o mal que praticamos para outrem refazer."

Hermínio Miranda
Trecho do artigo sob título ‘Lendo e Comentando’

in  ‘Reformador’ (FEB) Junho  1961

O Pensamento de Hermínio Miranda


                       As grandes tragédias têm quase sempre suas origens nas culpas do passado. Muitas vezes, o que o descrente se habituou chamar Destino - mas que nós sabemos ser o funcionamento da lei cármica - reúne num avião ou num navio, ou num ponto da Terra especialmente vulnerável, um grupo de Espíritos em provas de resgate.

Hermínio Miranda
No artigo sob título ‘Lendo e Comentando’

in  ‘Reformador’ (FEB) Junho  1961

O Pensamento de Hermínio Miranda


              “...as condições predominantes no astral inferior, ainda muito próximo ao mundo material em que vivemos ... As condições de vida aí ...são praticamente as mesmas da Terra, e para lá vão os Espíritos sem muita instrução espiritual ou totalmente ignorantes. O leitor brasileiro encontrará conceitos semelhantes nos livros de André Luiz, o que nos dá a medida exata da concordância dos ensinos do Além, quando a fonte de que emanam é límpida e segura. A certa altura, Silver Birch informa que “há muitas mortes e muitos nascimentos” e, mais adiante, que em realidade não subimos de uma esfera para outra, crescemos, evoluímos. “Você morre, nasce e renasce”, diz ele, em inegável apoio à doutrina das vidas sucessivas.

Hermínio Miranda
No artigo sob  título ‘Lendo e Comentando’
o autor destaca comentários do Espírito Silver Birch.
transcritos do periódico ‘Two Worlds’.
 ‘Reformador’ (FEB) Junho  1961


quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Carta a um Infeliz


Carta a um Infeliz
por Ojuara
Reformador (FEB) Março 1955


Meu irmão:

            O doloroso quadro que me foi dado presenciar, repetidas vezes, no teu desventurado lar, do qual sou íntimo, é algo que confrange o coração, por menos sensível que seja.

            Sim! É deveras lamentável que o clima de recíproca intolerância e de absoluta incompreensão que se estabeleceu entre ti e a tua esposa, situação essa que malgrado a vossa esmerada educação nem sempre conseguis disfarçar, mesmo perante estranhos, transforme a vossa vida conjugal num verdadeiro e permanente inferno, o que tem motivado as vossas reiteradas afirmativas de sincero arrependimento de vos haverdes casado.

            No entanto, quantas juras de amor trocadas e quanta esperança de felicidade, no dia do vosso casamento!..

            Decorrida, porém, a breve fase da chamada “lua de mel”, a vossa vida conjugal, tão feliz no começo, passou a modificar-se.

            Recapitulando a tua própria narrativa, começaste, de princípio, a notar com estranheza, na tua esposa, ligeiras crises de mau humor, ciúmes e injustificadas tristezas, que terminavam sempre por entre beijos, carinhos e protestos mais veementes de amor mais intenso e constante.

            Depois, o mal passou a agravar-se e começaram a surgir, a pretexto de nada, desavenças mais sérias, nas quais ela se descontrolava com incrível facilidade, chegando muitas vezes a ser grosseira e ríspida para contigo, deixando-te completamente estarrecido diante das suas atitudes violentas e descabidas.

            Nesse ínterim, o amor, que só pode viver num ambiente de harmonia e de compreensão, passou a definhar, terminando por desaparecer totalmente. 

            Por fim, ausente o amor, que foi substituído pela indiferença e, muitas vezes, pelo ódio, desapareceram as cerimônias, e até as mais simples normas de corriqueira educação foram postas à margem nas vossas relações íntimas, chegando ela a praticar ações inacreditáveis, incompatíveis até com os mais comezinhos ditames do senso comum.

            Atualmente vos encontrais desempenhando o lastimável papel de infelizes protagonistas de um drama tão terrível, que não sei como não degenerou, até agora, na mais deplorável tragédia.

            A separação definitiva ainda não ocorreu, conforme confessaste, não somente por não teres coragem de separar-te dos teus dois mimosos filhinhos, que são outras tantas inocentes vítimas de toda essa infelicidade, como também porque juiz nenhum te concederia o desquite, desde que não existe, para tanto, motivo legal a ser invocado.

            O médico da família, consultado várias vezes, não encontra motivos para declará-la uma alienada mental ou uma psicopata passível de internamento num manicômio, limitando-se a diagnosticar o seu mal como distúrbios nervosos, que a medicação prescrita não consegue, contudo, debelar.

            Um sacerdote amigo, cujo conselho solicitaste, declarou-te apenas ser necessária muita paciência, afirmando-te ainda, não obstante se intitular “ministro de Deus e condutor de almas”, que o melindroso caso escapava à sua ajuda e que somente à Medicina competia pronunciar-se sobre o delicado assunto.

            Estavas num doloroso estado de espírito, após terrível cena desse angustioso drama, quando tive ocasião de ouvir a tua amargurada confissão e a completa narrativa de toda a tua desdita, desconhecida por mim, na maior parte, até então.

            E desde que me pedes uma opinião, a mim que sou apenas um humilde principiante no estudo da sublime e consoladora Doutrina Espírita, venho afirmar-te, com toda a segurança, que não tens razão de odiar tua esposa, nem de acusá-la como responsável pela infelicidade que tem desabado sobre o teu lar, desde que ela, tanto quanto tu, é apenas uma infeliz e inconsciente vítima da lastimável ignorância e da Obstinada cegueira em que ainda vive a maior parcela da Humanidade, acerca dos complexos e importantes problemas de natureza espiritual que aí se encontram, desafiando certos princípios estabelecidos pela ciência oficial e contradizendo outros, consagrados imutáveis pela “infalibilidade” de religiões do passado; problemas de amor mais intenso e esses cuja solução só pode ser conseguida mediante outros estudos, dos quais, uma parte da Medicina ainda desdenha, e que o clero proíbe terminantemente, mas que constituem, todavia, fator de primordial importância e elemento de imprescindível necessidade na realização da felicidade humana.   
           
            Informam-nos, esses estudos, que certas e determinadas pessoas possuem, mais do que outras, faculdades mediúnicas; isto é, a possibilidade de receberem, ou de serem influenciadas por Espíritos, os quais nos rodeiam permanentemente, como verdadeira nuvem de testemunhas, sem que os pressintamos, afirmativa essa que é plenamente confirmada pelo Apóstolo Paulo, na sua memorável epístola aos hebreus, capítulo 12, versículo 1º.

            Essas influências podem ser exercidas, em maior ou menor grau, tanto por Espíritos sabotadores e iluminados, que podem inspirar tais pessoas à prática das mais nobres ações, como também por Espíritos imperfeitos ou totalmente maus e perversos, que podem também conduzi-las, em virtude da sua costumeira invigilância ou total desconhecimento do assunto, à execução de todas as maldades e dos mais repugnantes vícios.  

            Em todos os tempos existiram vítimas dos Espíritos das trevas e o próprio Jesus, segundo narram os Evangelhos, curou, em diversas ocasiões, portadores de obsessões e de enfermidades produzidas por influências dos mesmos. (Mateus: 8:28, 34; 9:32; 12:22; 17:14-21.)     

            Inúmeras foram as oportunidades em que os Apóstolos, pela imposição das mãos e por outros modos, produziram curas de moléstias e anularam outras variadas manifestações do grande poder dos Espíritos malfazejos.  

            Nos tempos atuais, mais do que nunca, ocorrem casos em que se manifesta do modo mais cabal a influência de tal poder, não somente em face do crescente descaso votado pela Humanidade dos nossos dias à prática dos sublimes ensinamentos do Divino Mestre Jesus, estabelecendo, consequentemente, perigosa afinidade com os perniciosos elementos das sombras, como, também, pela extrema difusão da mediunidade, que cada dia mais se generaliza, de acordo com a promessa contida nas Sagradas Escrituras (Atos, 2:17, 18), dando lugar, como resultado, a uma alarmante multiplicidade de enfermidades físicas, mas sobretudo espirituais, que se manifestam com os mais variados e misteriosos sintomas, desde as simples e passageiras perturbações aos nervosismos agudos, manias, psicopatias, fobias, alucinações e outros, sintomas esses que se agravam em muitos casos, confundindo-se com a própria loucura, e cujo diagnóstico os mais competentes médicos não logram encontrar com segurança, por pretenderem sempre buscar, no organismo físico, as causas de males que residem no Espírito, sejam em virtude das próprias imperfeições, sejam resultantes da ação real, embora invisível, de ferrenhos perseguidores espirituais, aos quais, muitas vezes, encontra-se o enfermo imantado por terríveis elos de ódio e de vingança, consequência de cruéis inimizades ou mesmo de crimes cometidos em vidas passadas.

            Tais definições, que te podem parecer absurdas e que talvez as acolhas com um sorriso de descrença nos lábios, são, todavia, absolutamente certas, e não vacilo em afirmar que não é de outro mal que está sofrendo a tua esposa, pois que ela é apenas detentora de faculdades mediúnicas muito acentuadas e que precisam ser, quanto antes, orientadas e desenvolvidas.

            Assim como a eletricidade, essa misteriosa força da Natureza, que atuando sem controle produz o raio que destrói e aniquila, mas que, devidamente conduzida através de fios de cobre verdadeiros prodígios no terreno das iniciativas humanas, assim também a mediunidade, sem direção e desenvolvimento, é causadora de inúmeras perturbações psíquicas, algumas de tanta gravidade, que médicos menos experimentados as têm confundido com a loucura, fazendo internar em manicômios os seus infelizes portadores.

            Entretanto, bem desenvolvida e encaminhada num sentido superior e nobre, a mediunidade constitui uma força de inestimável valor, um elemento de considerável importância na elevação espiritual da criatura, pois que lhe possibilita o mais proveitoso intercâmbio com os felizes habitantes dos mundos superiores, sempre dispostos a prestar-lhe a sua benéfica assistência por meio de salutares inspirações, preciosas advertências e os mais valiosos conselhos e ensinamentos, desde que ela se mostre digna de receber tão importantes dádivas.

            Diagnosticando, assim, com toda a precisão, de que sofre a tua esposa, devo esclarecer-te de que somente no Espiritismo poderás encontrar os meios adequados à anulação das perigosas perturbações que a assediam, resultantes da ação nefasta de elementos espirituais sem esclarecimento e que por isso se comprazem em fazer o mal.

            Sim! Nunca é por demais repetir: o Espiritismo é incontestavelmente o anunciado Espírito da Verdade, o sublime Consolador prometido por Nosso Senhor Jesus-Cristo, nos capítulos 14, 15 e 16 do Evangelho de São João, que deveria vir, nos últimos tempos, que são os que estamos vivendo atualmente, ensinar-nos todas as coisas, guiar-nos em toda a Verdade e restabelecer a Doutrina Cristã em toda a sua primitiva pureza, da qual foi ela despojada pelo egoísmo, pela maldade e ignorância dos homens.

            Cumpre-te, pois, sem demora, iniciar-te resolutamente no estudo e na prática dessa doutrina santa, a mesma que foi legada à Humanidade pelo Nosso Divino Mestre, por quem Ele se sacrificou no madeiro infamante, e nela buscar o remédio que restituirá, ao teu desventurado lar a paz e a tranquilidade de que tanto necessitas.

            Implora, portanto, a Jesus, com todo o fervor da tua alma, que te dê suficientes forças, a ti e a tua esposa, para que possais doravante trilhar nova e magnífica senda, e abandonar, de vez, arraigados e perniciosos hábitos que atraem para o vosso convívio as tenebrosas forças do mal e repelem inexoravelmente as benéficas influências dos vossos bondosos amigos do Plano Superior que desejam ardentemente ajudar-vos a transformar o vosso lar num refúgio verdadeiramente cristão onde imperem, em caráter permanente, a harmonia, a compreensão e a boa vontade, elementos básicos na constituição da verdadeira felicidade. (Extraído de ‘Seara do Cristo’).


terça-feira, 5 de agosto de 2014

O Pensamento de Hermínio Miranda


                       "Precisamos de mais pesquisas, mas não precisamos de repetir incessantemente as velhas formas de experiências de laboratório que os parapsicólogos vêm reproduzindo há tantos anos. Todos concordamos em que os fenômenos psíquicos de fato existem. Não podem ser postos de lado como fraudes ou alucinações. Uma vez que existem, os cientistas devem examiná-los, devem admitir que eles se enquadram no domínio da lei natural e devem estudá-los.

            Mas, para nós, como cristãos, tais coisas são importantes porque são da mesma natureza da que deu poder à Igreja primitiva e, na verdade, a todas as religiões do mundo. Estamos interessados em todas as experiências relatadas na Bíblia e que possam ser repetidas hoje. Durante os 40 anos em que tenho realizado esse tipo de trabalho, presenciei, em manifestações psíquicas, quase que todas as espécies de "milagres" registados na Bíblia.

Hermínio Miranda
Trecho de artigo sob o título ‘Lendo e Comentando’ 
in Reformador (FEB) Fevereiro 1962

O Pensamento de Hermínio Miranda


                         ... o leitor pode ver nitidamente que os nossos irmãos das religiões dogmáticas - pelo menos os mais esclarecidos - estão sentindo que é preciso fazer alguma coisa para salvar a ortodoxia da falência. A solução que indicam com tanta veemência é um exame criterioso do Espiritismo, para ver o que de autêntico possui esse grande movimento filosófico-religioso. E muita gente vai ficar surpresa ao verificar que há coisas maravilhosas no Espiritismo. Sempre sustentamos esse ponto de vista de que é irracional para as chamadas religiões oficiais combaterem o Espiritismo, justamente, porque dele lhes poderá vir o sopro de vitalidade de que tanto necessitam para sobreviver da tremenda luta contra o materialismo.

Hermínio Miranda
Trecho de artigo sob o título ‘Lendo e Comentando’

in Reformador (FEB) Fevereiro 1962

O Pensamento de Hermínio Miranda


         ...demonstrando conhecer na intimidade o pensamento do próprio Deus, o Prof. ... acrescenta, muito doutoral: "Deus não escondeu a verdade tão profundamente que ninguém possa desenterrá-la." Mas, afinal de contas, bem pensado,o Prof. ... tem alguma razão neste ponto. De fato, a verdade do Espiritismo não está enterrada nas profundezas do mistério e do desconhecido. A cada momento estamos todos nós, crentes e descrentes, tropeçando com ela em nossos caminhos. O que nos falta, quase sempre, são aqueles maravilhosos "olhos de ver" de que nos fala a palavra do Mestre.


Hermínio Miranda
Trecho de artigo sob o título ‘Lendo e Comentando’

in Reformador (FEB) Fevereiro 1962

Conversa com os Médiuns



Conversa com os Médiuns
Percival Antunes (Indalício Mendes) 
Reformador (FEB) Fev 1962


            Entre as obras de alto valor doutrinário que a Editora da Federação Espírita Brasileira tem divulgado, encontra-se "Ensinos Espiritualistas", de William Stainton Moses, médium de diversas mediunidades, que desfrutava de enorme prestígio em sua época, não só por sua erudição como por sua esmerada educação moral.

            Médium do nobre Espírito "Imperator", pode ele legar ao mundo um dos livros mais interessantes e elevados da literatura espírita.

            Dele vamos reproduzir, para esclarecimento dos leitores que ainda não o conhecem, algo relativo aos médiuns. São conselhos de "Imperator", que devem ser seguidos à risca.

A atitude dos médiuns

            "Todos os médiuns muito desenvolvidos devem ser circunspectos; é sempre perigoso, para eles, fazer parte de grupos submissos a influências que lhes são desconhecidas. Forcejai por vir ao Centro com o vosso espírito paciente e passivo, e assim obtereis mais facilmente o que desejais."

            Nota - Esse perigo, de que fala "Imperator", também pode atingir os médiuns incipientes, mal orientados ou rebeldes, que não sigam as instruções do Guia ou do seu Diretor de trabalhos mediúnicos. O médium somente deve trabalhar sozinho depois que para isso estiver autorizado pelo Guia. E somente os médiuns desenvolvidos se encontram capazes disso. Os outros, inexperientes ainda, não devem fazê-lo, pois ficariam sujeitos a perturbações nocivas e a contratempos perigosos.

Cuidados necessários

            "Imperator" fez com Stainton Moses o que o igualmente nobre Espírito Emmanuel sói fazer com Francisco Cândido Xavier: ampara-o, orientando-o. Em sua ausência, outros Espíritos igualmente dedicados, como "Rector" e "Prudens", faziam-lhe às vezes, com idêntica elevação de propósitos. "Deveríeis sempre preparar-vos no moral e no físico para ficar em estado de vos comunicar. Já vos dissemos que não podemos operar quando o estômago está repleto de alimento e hoje acrescentaremos que o organismo não deve estar enfraquecido.”

            "É tão inconveniente debilitar as forças vitais, deixando de se nutrir, como embrutecer-se pela gulodice e pela bebida. O ascetismo e o completo abandono aos desejos são extremos que nada produzem de bom. O estado intermediário deixa as forças corpóreas em perfeito equilíbrio, enquanto as faculdades mentais são nítidas e calmas. Requeremos uma inteligência ativa, nem débil nem sobre excitada, e um corpo vigoroso, sem excesso nem desfalecimento...

            "Cada homem pode, pelo exercício de uma fiscalização judiciosa sobre si mesmo, chegar a esse estado, que o torna ao mesmo tempo mais apto a desempenhar a sua tarefa na Terra e a receber as instruções que lhe são enviadas. Os hábitos cotidianos são muitas vezes mal dirigidos, o que torna doentes os corpos e os espíritos. Não indicamos regimes fora da recomendação de ter, em tudo, cuidado e moderação. Quando estamos em contato pessoal, podemos então dizer o que convém às necessidades particulares. Cada um deve procurar o que melhor lhe convém.

            "Ensinar a higiene do corpo como a da alma, faz parte da nossa missão. Declaramos a todos que o cuidado judicioso do corpo é essencial ao progresso da alma.

            "O estado de existência artificial que prevalece; a ignorância quase total do que concerne à nutrição e ao vestuário; os viciosos hábitos de excesso, que estão muito espalhados, são obstáculos sérios para atingir a verdadeira vida espiritual."

            Nota - Soberba lição, essa. E muito oportuna também em nossos dias. É ideal que os médiuns, ao se dirigirem ao trabalho mediúnico, levem o corpo e a alma limpos. Tudo que contraria a higiene constitui forma de vibração negativa.

Receptividade do médium

             A tarefa mais difícil para nós é escolher um médium pelo qual as comunicações de Espíritos elevados possam tornar-se públicas. 

            "O médium deve ter faculdades receptivas, pois não podemos inocular em seu cérebro maior número de informações do que as que pode receber; além disso, ele deve afastar-se de estultos preconceitos mundanos, convindo que tenha retificado os erros da sua mocidade e provado que pode aceitar uma verdade, ainda que seja impopular.

            "Ainda mais: deve estar livre do dogmatismo teológico e de ideias sectárias preconcebidas. Não deve estar sob a influência de noções terrestres, nem permanecer ligado à enganadora ilusão de que ele sabe, pois isso é ser ignorante de sua própria ignorância."

Conselhos aos médiuns

            "Mantende-vos tão passivo e tranquilo quanto o puderdes, e não experimenteis comunicar-vos conosco quando estiverdes excitados pelo trabalho, agitado por aflições ou com o corpo fatigado. Auxiliai para que aperfeiçoemos a nossa experimentação, em em vez de intervirdes para corrompê-la

            "Um corpo excitado ou inerte e um espírito vago e inativo impedem-nos de operar livremente.

            "Para nós, tudo está subordinado à educação do espírito, que deve desenvolver-se sem cessar."

            Nota - Depreende-se dai quão importante se torna também o ambiente de trabalho. Há necessidade de que os assistentes colaborem com boa-vontade, mantendo pensamentos puros e voltados para a tarefa que se realiza. Só pode trazer resultados satisfatórios a comunhão de ideias elevadas.

            Nestas poucas linhas retiradas de uma das obras mais notáveis do Espiritismo, terá o médium uma ideia pálida da enorme importância do trabalho que foi chamado a realizar."


domingo, 3 de agosto de 2014

A palavra de Mark Twin

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                     "Pensamento de Mark Twain, o grande humorista americano: 

"Esforcemo-nos por viver de tal forma que, 
quando morrermos, até o dono da casa funerária fique sentido. ""

citação de Hermínio de Miranda 
no artigo  “Lendo e Comentando”
Reformador (FEB) Novembro 1962

A Decadência do Espiritismo


A Decadência do Espiritismo

            Entendemos, ..., que o homem encarnado deve procurar por seus próprios recursos, limitações e possibilidades, as respostas às suas dúvidas, lutando pelo seu aperfeiçoamento moral e intelectual. Não obstante, a colaboração dos desencarnados é preciosa e indispensável. Convém não esquecer, aliás, que a Doutrina Espírita, no que tem de mais puro - a codificação de Allan Kardec -, é uma súmula dos ensinamentos professados pelos Espíritos desencarnados. Se essas relações nos fossem taxativamente prejudiciais, então os poderes superiores que, indiscutivelmente, orientam o Universo, não teriam colocado os encarnados ao alcance dos desencarnados e vice-versa, desde a madrugada da História. O objetivo dessa intercomunicação foi certamente o de facilitar o desenvolvimento espiritual da criatura, fazendo saber aos homens encarnados que a vida continua do outro lado; que a existência na carne é simples e curto acidente na estrada infinita e ascensional. Se é assim - e disso temos abundante evidência - então é tola e ridícula toda essa conversa de decadência. Se uma corrente espírita entra em declínio, arrastada pela miopia intelectual e moral de seus dirigentes, outra logo renasce mais pura e mais viva, porque os objetivos superiores do plano da vida não são assim facilmente abandonados pelos seres de elevadíssima hierarquia espiritual. Se a finalidade da vida humana, na carne e fora dela, é conduzir o homem para Deus - e nisso todos estamos de acordo -, o método ou os métodos de chegar àquela finalidade vão sendo postos em prática em acordo com os homens, em desacordo com eles ou a despeito deles. Lá chegaremos, disso podemos todos estar certos.

trecho de artigo sob o títuloLendo e Comentando
de Hermínio de Miranda

Reformador (FEB) Novembro 1962

sábado, 2 de agosto de 2014

Entes inesquecíveis


Entes
Inesquecíveis
Scheilla
por W. Vieira
Reformador (FEB) Novembro 1962

            Tu que hoje recebes o consolo e a orientação do ensino redivivo do Senhor, em espírito e Verdade, lembra-te amorosamente dos companheiros que retornaram, antes de ti, à Pátria Espiritual, muitos deles presentemente em amargurosos conflitos consigo mesmos.

            Legiões de irmãos desencarnados somente conseguem renovar o próprio destino, pejado de sombra, com as vibrações mentais de carinho e de apoio que lhes são endereçados pelos corações que lhes iluminam a memória na esfera dos homens.

            O teu próximo igualmente vive do lado de cá...

            O parente e o amigo que já partiram, não desapareceram...

            Encasulado que ainda te encontras na carne, não sigas indiferente à vida diversa em que te aguardam, necessitados de simpatia.

            Quantos deles te ensinaram! Quantos te serviram....

            Muitas das tuas brilhantes conquistas de agora foram levantadas na base das vigílias, das aflições, do suor e das lágrimas que sofrerem...

            Agradece-lhes a solicitude e o devotamento.

            Sê reconhecido à boa vontade daqueles que te instruíram.

            Falta eventual de notícias não exprime constante ausência.

            Entre os que ficam na Terra e os que demandam o Além, as relações pessoais continuam.

            Todas as almas afins já viveram milênios em comunhão afetiva e prosseguirão vivendo reunidas na Eternidade, que, aliás, nos expressa o caminho para a ascensão comum.

            Reencontrarás, proximamente, todos os que se foram...

            Não lhes removas a presença do templo íntimo.

            Não só as ondas emocionais de recriminação ou sarcasmo lhes torturam a vida, mas também o esquecimento e a frieza lhes martirizam as fibras da alma.

            Através da lembrança, envia-lhes motivações de estímulo e coragem que lhes soergam as forças!..

            Tua mensagem mental de ternura e gratidão ser-lhes-á abençoada luz no nevoeiro, porta aberta à libertação, vigorosa energia ao refazimento.

            Reconfortam-se em tuas meditações.

            Socorrem-se no culto de amor que lhes consagras.

            Aliviam-se em tuas preces.

            Mentaliza construtivamente todos aqueles que relacionas como sendo os teus queridos finados, os teus entes inesquecíveis, os mortos imaginários que te encharcam a alma de fel e pranto, fazendo que a tua saudade possa render bons pensamentos, em favor deles, por intermédio das boas obras.

            Se hoje não lhes consegues ver a forma nem auscultar lhes as dores íntimas, tanto quanto ontem, podes amparar e atender aos desventurados que te renteiarm os passos na existência diária, por eles considerados qual nova família do coração.

            Faze da caridade incansável o ponto marcado de reencontro ideal, cada dia, com todos eles, e interroga a ti mesmo:

            - De quantos não sou cúmplice dos enganos e das quedas que neste momento os fazem chorar?


Deveres Sociais


Deveres Sociais

Ismael Gomes Braga

Reformador (FEB) Novembro 1962

            O Espiritismo não se detém nas fronteiras da sociologia materialista, porque proclama a continuidade da vida social depois da morte do corpo.

            No capítulo 41 de "Justiça Divina" lemos que há bens que não podem ser monopolizados por ninguém, por serem patrimônio comum de todos, justamente como reconhecem os socialistas de todas as escolas, mas, onde estas encontram suas fronteiras intransponíveis, o Autor continua, porque a sociedade humana é muito mais vasta e sensível do que o Materialismo supõe.

            Leiamos algumas linhas:

            "Não retenhas, assim, os valores que entesouraste.
            Não desconheces que o pão excessivo é o prato do vizinho em necessidade.
            Entretanto, há diferentes recursos por dividir.
            Ladeando mesas fartas, há corações semi sufocados no desespero.
            Por trás dos gestos que te golpeiam, há tramas obscuras de obsessão.
            Na retaguarda dos crimes que te revoltam, há influências que não desvelas, de pronto."

            Vivemos fazendo amigos ou inimigos, pela nossa conduta, e esses amigos ou inimigos não morrem, como parece aos materialistas; eles continuam no Além-Túmulo colaborando para nossa felicidade ou desventura, com seus pensamentos e sentimentos, como nossos protetores ou perseguidores.

            Os problemas urgentes do pão, da habitação e da instrução são proclamados pelos socialistas e a sociedade vai caminhando a passos rápidos para resolvê-los. Há países que efetivamente já não conhecem tais problemas, como a Suécia, a Dinamarca, a Suíça e outros; mas a sociologia espírita não se detém aí, reclama a continuação dos esforços: - o amor a todos os seres, a colaboração dos dois mundos, do visível com o invisível.

            Esse belo capítulo 41 se encerra com estas linhas:

            "Felicidade, no fundo, é bondade crescente, para que a alegria se faça maior. E, sem dúvida, todos nós podemos dividir parcelas de bondade e alegria, mas a multiplicação vem dos outros.”

            "Justiça Divina" é um código de boa conduta que todos devemos conhecer e pôr em prática.


Nosso Irmão - 10


Nosso Irmão – 10
Casimiro Cunha
por Chico Xavier


Diante de todo aquele
Que sofre na provação,
O Cristo pede em silêncio:
"Ampara, que é nosso irmão".


Fim

Nosso Irmão - 9


Nosso Irmão – 9
Casimiro Cunha
por Chico Xavier


A quem te peça um favor,
Embora dizendo "não",
Sem grita e sem aspereza,
Atende, que é nosso irmão.


Nosso Irmão - 8


Nosso Irmão – 8
Casimiro Cunha
por Chico Xavier


Tiveste do adversário
Pedradas de ingratidão...
Calando, segue servindo;
Desculpa, que é nosso irmão.

Nosso Irmão - 7


Nosso Irmão – 7
Casimiro Cunha
por Chico Xavier


Viste o doente sozinho
No braseiro da aflição;
Não percas tempo em conversa,
Socorre, que é nosso irmão.


Nosso Irmão - 6



Nosso Irmão – 6
Casimiro Cunha
por Chico Xavier

Enxergaste o pequenino,
Sem roupa, sem lar, sem pão.
Não permaneças de longe,
Acolhe, que é nosso irmão.