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domingo, 20 de dezembro de 2020

Morreu!

 


Morreu!

Durval de Andrade    por  Porto Carreiro Neto

Reformador (FEB) Novembro 1963

 

            “Morreu!” - foi a resposta de um amigo

            Quando pela saúde perguntei

            De um velho companheiro, que comigo

            Muito tempo vivera... Ouro de lei!

 

            “Morreu!” - repetiu ele – “e não consigo

            Esquece-lo jamais! Oh, não! Não sei!

            Nunca soube sequer de um inimigo

            Daquela alma distinta em sua grei!”

 

            E chorava... Minh’ alma... comovida,

            Pranteava também... Que vale a vida,  

            Se a morte lhe arrebata o muito meu?!

 

            Então ouvimos bem ao nosso lado:

            “Que o nome do Senhor seja louvado!

            Que estais chorando? Eu não morri! Sou eu!”


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