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quarta-feira, 30 de dezembro de 2020

Jesus perante as mulheres

                              

         28,09  Neste momento, Jesus apresentou-se diante delas e disse-lhes: “Salve!” Aproximaram-se elas e prostradas diante Dele, beijaram-Lhe os pés. 28,10  Disse-lhes Jesus: “Não temais! Ide dizer aos meus irmãos que se dirijam à Galiléia, pois é lá que eles Me verão.”  

      Para   Mt (28,9-10),   encontramos e“A Gênese”, de Allan Kardec, no seu Cap. XV, a orientação  sobre essa passagem do Evangelho:

             “Todos os evangelistas narram as aparições de Jesus, após sua morte, com circunstanciados pormenores que não permitem se duvide da realidade do fato.

             Elas, aliás, se explicam perfeitamente pelas leis fluídicas e pelas propriedades do perispírito e nada de anômalo apresentam em face dos fenômenos do mesmo gênero, cuja história, antiga e contemporânea, oferece numerosos exemplos, sem lhes faltar sequer a tangibilidade.

        Se notarmos as circunstâncias em que se deram as suas diversas aparições, nele reconheceremos, em tais ocasiões, todos os caracteres de um ser fluídico.

            Aparece inopinadamente e do mesmo modo desaparece; uns o vêem, outros não, sob aparências que não o tornam reconhecível nem sequer por seus discípulos; mostra-se  em recintos fechados, onde um corpo carnal não poderia penetrar; sua própria linguagem carece de vivacidade da de um ser corpóreo; fala em tom breve e sentencioso, peculiar aos Espíritos que se manifestam daquele maneira; todas as atitudes, numa palavra, denotam alguma coisa que não é do mundo terreno.

            Sua presença causa simultaneamente surpresa e medo; ao vê-lo, seus discípulos não lhe falam com a mesma liberdade de antes; sentem que já não é um homem.

            Jesus, portanto, se mostrou com o seu corpo perispiritual, o que explica que só tenha sido visto pelos que ele quis que o vissem. Se estivesse com o seu corpo carnal, todos o veriam, como quando estava vivo. Ignorando a causa originária do fenômeno das aparições, seus discípulos não se apercebiam dessas particularidades, a que, provavelmente, não davam atenção. Desde que viam o Senhor  e o tocavam, haviam de achar que aquele era o seu corpo ressuscitado.

            Ao passo que a incredulidade rejeita todos os fatos que  Jesus produziu, por terem uma aparência sobrenatural, e os considera, sem exceção, lendários, o Espiritismo dá explicação natural à maior parte desses fatos.

            Prova a possibilidade deles, não só pela teoria das leis fluídicas, como pela identidade que apresentam com análogos fatos produzidos por uma imensidade de pessoas, nas mais vulgares condições.

            Por serem, de certo modo, tais fatos de domínio público, eles nada provam, em princípio, com relação à natureza excepcional de Jesus.” 

 Nota de Rodapé

            “Os inúmeros fatos contemporâneos de curas, aparições, possessões, dupla vista e outros, que se encontram relatados na Revue Spirite e lembrados nas observações acima, oferecem, até quanto aos pormenores, tão flagrante analogia com os que o Evangelho narra, que ressalta evidente a identidade dos efeitos e das causas. Não se compreende que o mesmo fato tivesse hoje uma causa natural e que essa causa fosse sobrenatural outrora; diabólica com uns e divina com os outros. Se fora possível pô-los aqui em confronto uns com os outros, a comparação mais fácil se tornaria...” 

     


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