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quarta-feira, 13 de abril de 2011

Pão Duro!!!!



A Avareza

Com base em uma comunicação  do espírito Amidah

             “Pão Duro!” Todos vós uma vez tereis comentado o estranho modo de viver desses infelizes escravos de uma das mais negras e inferiores paixões humanas. As vidas, ou por outra, a história dessas vidas terrestres, na crueza da sua realidade, constitui verdadeiro compêndio de psicologia humana. Isso para os que conhecem a vida ou presumem conhecer-lhe os segredos e mistérios! No entanto, tal compêndio é ainda mais precioso para os estudos daqueles que se dedicam à Nova Revelação!
                Esses, homens e mulheres que se fazem alvo em vida, e mesmo depois de mortos, de tanto ridículo, de tanta censura, não são mais do que exemplos, formidáveis exemplos, oferecidos à humanidade que se renova, à fração da humanidade que se reúne em torno de vós outros, de quanto pode o império de uma paixão inferior num espírito encarnado!
                Deixando-se dominar pela avareza, acumulando grandes e pesadas responsabilidades, sacrificando todo o bem estar desejado pelos encarnados, eles se constituem, inconscientemente, em exemplo, em lição.
                Avareza! Força dissolvente de todas as energias; força criadora de todos os absurdos; expressão cruel de todas as inferioridades, dominando, escravizando o homem, faz dele um pobre ser inconsciente. Quão proveitoso seria que todos, observando, estudando esses casos de absoluta escravidão, ponderando em como o cultivo de um sentimento inferior lhe faculta extremo desenvolvimento, procurassem exterminar do próprio eu a partícula viva, que dele existe dentro de cada coração humano. Todos nós, digo todos nós, porque me refiro aos Espíritos, quer encarnados, quer desencarnados, guardamos dentro de nós uma partícula que todos condenam e ninguém reconhece em si próprio: Avareza! Só é condenada quando cultivada em grau máximo, quando torna a criatura um ser destacado da maioria dos mortais; no entanto, passa desapercebida na totalidade dessa mesma maioria!
                É tão raro, quase milagroso, encontrar-se no mundo alguém que não manifeste, quase sempre inconscientemente, o sentimento da avareza, como é raro, é difícil encontrar-se no fundo do mar a concha que guarda a pérola preciosa.
            Penso que a avareza tem muitos nomes. Pode também chamar-se ambição, como pode chamar-se egoísmo; pode mascarar-se com o título de ‘espírito de economia’, de previdência, enfim, com o de qualquer outra manifestação do espírito humano tida por nobre. Tomando por exemplo as últimas que citei, não há, no vosso mundo, quem não louve, quem não considere digno de admiração aquele que amealha moeda, com o intuito de prevenir o futuro, de assegurar a velhice, de garantir o bem estar da prole. Entretanto, se observarmos com serenidade o indivíduo que assim procede, ve-lo-emos constantemente negar-se à prática do princípio sagrado da caridade! Mesmo que se procure desculpá-lo, ponderando que só guarda o que lhe sobra; mesmo que ele dê metade dessa sobra, ainda assim o veremos negar-se ao princípio sagrado da caridade! Porque, por muito que ceda, sempre se encontra a quem dar.
                Se, dentro do coração desses previdentes, desses econômicos, existisse, por pequenina que fosse, a chama ardente da fé, decerto, compreenderiam que Deus não é injusto, que cada um somente sofre aquilo que precisa sofrer; que a sua trajetória na vida foi por Deus marcada em todas as etapas e que pensar em garantir o futuro material de quem quer que seja é patentear desconfiança na misericórdia divina! É necessário, pois, meditar muito no valor dessas virtudes tão enaltecidas pela humanidade!
                Não quer isto dizer que se condene aquele que vive dentro dos limites das suas posses materiais; porém, condenáveis são os excessos, os gérmens vivos que podem levar à escravidão da avareza! Como vosso amigo, como vosso companheiro de doutrina, como vosso irmão, peço-vos uma prece para aqueles infelizes que, tendo negado todas as esmolas, não tiveram, no momento extremo da sua partida, nem ao menos a esmola consoladora de uma lágrima! Que a paz de Deus fique convosco! Que a graça de Jesus vos ilumine e ampare!         
                                               Fonte: Pág. 199, ano 1933 Reformador (FEB)


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