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segunda-feira, 25 de abril de 2011

Ainda falando do Inferno...



Inferno


Continuação do post anterior sob o título 'O Inferno'


  “Tal privação importa, assim, um suplício eterno e tanto mais imerecido, quanto é certo não ter dependido dessas almas que as coisas assim sucedessem. O mesmo se dá quanto ao selvagem, que não tendo recebido a graça do batismo e as luzes da religião, “peca por ignorância”, entregue aos instintos naturais.”
   “A simples lógica repele uma tal doutrina em nome da justiça de Deus, que se contém integralmente nestas palavras do Cristo: “A cada um, segundo as suas obras .” ”
  “O  Evangelho não faz menção alguma do purgatório, que só foi admitido pela igreja no ano de 593. É incontestavelmente, um dogma mais racional e mais conforme com a justiça de Deus que o inferno, porque estabelece penas menos rigorosas e resgatáveis para as faltas de gravidade mediana.”
  “Sendo o dogma das pena eternas incompatível com o progresso, as almas do purgatório não se livram dele por efeito do seu adiantamento, mas em virtude das preces que se dizem ou que se mandam dizer em sua intenção. E se foi bom o primeiro pensamento, outro tanto não acontece quanto às conseqüências dele decorrentes, pelos abusos que originaram. As preces pagas transformaram o purgatório em mina mais rendosa que o inferno. (O purgatório originou o comércio escandaloso das indulgências, por intermédio das quais se vende a entrada no céu. Este abuso foi a causa primária da Reforma, levando Lutero a rejeitar o purgatório)”
   “Jamais foram determinados e definidos claramente o lugar do purgatório e a natureza das penas aí sofridas. À Nova Revelação estava reservado o preenchimento dessa lacuna, explicando-nos a causa das terrenas misérias da vida, das quais só a pluralidade das existências poderia mostrar-nos a justiça.”
    “O Espiritismo não nega, pois, antes confirma, a penalidade futura. O que ele destroi é o inferno localizado com suas fornalhas e penas irremissíveis. Não nega, outrossim, o purgatório, pois prova que nele nos achamos, e definindo-o precisamente, e explicando a causa das misérias terrestres, conduz à crença aqueles mesmos que o negam.”
  “O Cristo serviu-se da palavra inferno, a única usada, como termo genérico, para designar as penas futuras, sem distinção. Colocasse Ele, ao lado da palavra inferno, uma equivalente a purgatório e não poderia precisar-lhe o verdadeiro sentido sem ferir uma questão reservada ao futuro...”
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“Todo sofrimento é conseqüência de uma causa. 
Essa causa foi provocada por nossos 
atos presentes ou passados. 
Para minimizar o sofrimento que essa conseqüência 
nos traria indefinidamente precisamos anular 
a causa que a provocou. 
O sofrimento é o meio de nos imunizarmos, 
ou melhor, de eliminarmos a causa.
Aí está por que devemos auxiliar quem atravessa 
uma prova difícil. 
Feliz de quem está resgatando. 
Está a caminho de sua aurora luminosa.
 Nós, os espíritos, ajudamos inúmeras criaturas 
a atravessar os difíceis momentos em que 
o sofrimento material e moral lhes abate o ânimo. 
Nós nos empenhamos, com toda a força, 
toda a nossa energia capaz de transmitir confiança 
num futuro melhor, porque nós também, um dia, 
tivemos que atravessar a mesma trilha 
(e sabemos como é difícil), porém, logo após,
a luz brilhou e hoje somos felizes.”
 Luiz Sérgio
por Alaíde de Assunção e Silva e Lucia M. S. Pinto
 em “Intercâmbio”


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