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sábado, 4 de janeiro de 2020

Alertando os Espíritas



Alertando os espíritas
por Fred Figner
Reformador (FEB) Março 1947

            Na revista "Time", de 8 de Julho, li um tópico sobre a resolução do governo dos Estados Unidos, de atacar o problema da loucura. Segundo o testemunho do cirurgião general Thomas Parran, mais da metade dos leitos de todos os hospitais dos E.E.U.U., são ocupados por criaturas dementes.

            Aqui, infelizmente, a situação não é melhor, mesmo porque, em relação aos Estados Unidos, não temos, em proporção à população, nem metade dos hospitais que há lá e só o Rio de Janeiro lhes fornece 14 dementes diariamente.

            De todas as moléstias, a não ser a lepra e o câncer, a loucura é a mais difícil de curar, Quando produzida pela sífilis, se atacada a tempo, pode ser curada: fora disso, os psiquiatras ainda não acertaram, em definitivo, com o diagnóstico. Em muitos casos trata-se do mau funcionamento das glândulas de secreção interna, como nos tem diagnosticado o Espírito Dr. Andrade, quando consultado, Porém, pelo menos 50% dos casos de loucura é devido à ação de Espíritos que, ou por vingança ou outras razões, se ligam por laços fluídicos ao indivíduo, para o inutilizar, perturbar, anular a sua vida moral, ou por Espíritos mandados por macumbeiros, por encomenda de criaturas que ignoram que o seu dia de prestar contas também chegará. Nestes 50%, o médico, com, raríssimas exceções, não penetra e não cura, porque não encontra a causa nem acredita nela. Esta parte compete aos espíritas realizar a cura. Para isto, o Sr. Desembargador Hungria não encontrou termos para ser considerado crime no Código Penal.

            O mesmo que se dá com a loucura, dá-se com a embriaguez. Também nisso há mais ou menos 50% de influência espiritual. A outra parte é vício adquirido e não vencido em vidas passadas. Se os viciados quisessem curar-se, bastaria que eles, todas as vezes que sentissem vontade de beber, do fundo d’alma apelassem para o Alto, pedindo a Jesus que os socorresse, e eles seriam socorridos pelos seus Guias, os bons Espíritos, e ficariam curados.

            No caso dos primeiros 50%, a maioria é causada por Espíritos viciados na bebida que, morrendo, em muitos casos ignoram o seu estado espiritual, encostam-se, ligam-se fluidicamente, como sanguessugas, a uma criatura e fazem dela o seu instrumento de gozos, saciam a sua sede de bebida, dominam-na, mesmo contra sua vontade, como se deu com uma senhora de Governador Valadares, Minas, de que há tempos nos ocupamos. Mas há também casos de vingança e muitos outros. Cumpre aos espíritas, aos estudantes do Evangelho, que já compreendem a sua responsabilidade perante Jesus, que mandou expelir os demônios e curar os enfermos em seu Nome, formar pequenos grupos de crentes, 5 ou 6 pessoas, entre eles 2 ou 3 médiuns, e trabalhar para a cura desses que a medicina oficial, por enquanto, não sabe curar, porque, geralmente, não atinge a causa.

            Devemo-nos colocar em condições de podermos com autoridade moral, em nome de Jesus, doutrinar esses pobres infelizes, com amor e carinho, fazendo-os sentir o nosso desejo de os ver reencaminhados na senda do progresso espiritual, libertos dos vícios. Fazer ver aos Espíritos que exercem vingança que, se eles foram prejudicados pelas suas vítimas de hoje, em uma precedente encarnação terrena, por sua vez, também, tinham prejudicado a outros em vidas anteriores e possivelmente à sua atual vítima mesmo.

            Devemos orar e suplicar a Jesus que lhes conceda a graça de poderem ver o seu passado e ter a prova de não lhes caber o direito de vindita e, sim, vendo este passado, o dever de implorar perdão e misericórdia ao Pai. Procedendo assim, muitos Espíritos foram encaminhados para o redil de Jesus. Muitos lares, onde reinava a desarmonia, foram transformados em lares verdadeiramente cristãos.

            São esmolas que se colhem, que representam o tesouro que ninguém nos pode tirar: a satisfação de, em parte, termos cumprido nosso dever.

            Quanto não se poderá fazer nesse sentido, se todos os que têm aptidão dedicassem 2 ou 4 horas por semana a esses trabalhos!

            Médiuns não faltam e ansiosos por prestar os seus serviços em Grupos bem organizados, onde haja boa concentração e unidade de desejos: a aspiração de serem fiéis servos do Senhor.

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