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segunda-feira, 13 de maio de 2019

Legislação Divina e Legislação humana



Isso aconteceu...

Legislação Divina e Legislação humana
por Edmundo Vieira
Reformador (FEB) Janeiro 1920

            0s bispos brasileiros, como que pleiteando a causa Divina perante os poderes da terra, acabam de dirigir uma mensagem ao Congresso Nacional, solicitando a promulgação de uma lei que estabeleça um dia, no ano, consagrado a Dens.

            Sempre a soberana Roma a querer penetrar em tudo, com o fito de readquirir
o antigo poder de dominar o mundo!

            Sempre esses nossos irmãos desviados dos Evangelhos a se julgarem os legítimos representantes de Deus aqui, na Terra!

            Bem se percebe, através de sua pretensão, a sutileza dos romanos, aferra ao aforismo ... água mole em pedra dura... esquecendo-se de que a Constituição Federal não admite religião oficial. Porquanto, o poder legislativo, legislando sobre matéria religiosa, virá ferir o preceito do parágrafo 7º do art. 72 da lei básica da União.

            E para que oficializar a crença, se a criatura humana, munida de duas Armas poderosas - a razão e o livre arbítrio - tem de agir dentro de sua órbita para adquirir o grau de perfeição compatível com a sua moral?

            Onde iria parar o mérito de cada um, se todos fossem obrigados, por um decreto humano, a venera a Deus?

            Sendo a crença um ato exclusivo da consciência que relaciona-se com o espírito, aos poderes da Terra escapam a competência de legislar sobre matéria tão transcendental.

            As leis que regulam os interesses da humanidade, aqui na Terra, de indivíduo
para indivíduo, devem ser decretadas pelos homens. E tais leis são variáveis conforme os costumes regionais e revogáveis, conforme o progresso atingido pelos povos. Mas as leis que conduzem o homem para Deus, são decretadas pelo próprio Deus.

            Estas são invariáveis e irrevogáveis.

            E o Criador, na sua Infinita Sabedoria, legislando, decretou, além das leis naturais, um código de moral sublime que só Ele pode, conduzir a humanidade à suprema perfeição, código este, revelado aos homens por intermédio de Moisés no Monte Sinai.

            Estudem, os ilustres prelados brasileiros a lei básica do puro cristianismo - Os Evangelhos, - interpretados pelas vozes do Alto - para verificarem que os homens devem consagrar a Deus, não um dia determinado do ano, mas sim todos os dias, todas as horas, todos os minutos e todos os segundos marcados pela ampulheta do tempo. E que o melhor meio de se homenagear a Deus, é com o trabalho honesto cujo fruto salutar deve revelar à família cristã que vem a ser toda a humanidade, - praticando assim a lei do amor e da caridade ensinada por Jesus.


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