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terça-feira, 4 de junho de 2013

4a. 'Revelação dos Papas'




Do Blog: Da edição de 1936, retiramos e postamos aqui
o que foi denominado  ‘Apresentação da 2ª Edição’.
4a
‘Revelação dos Papas’
(Obra Mediúnica)


Propriedade exclusiva da
União Espírita Suburbana
Travessa Hermengarda, 13-15 Meyer – Rio de Janeiro

Oficina Gráfica Renato Americano
Rua Alzira Brandão, 39
Fone 28-7343 - Rio       1936



Apresentação da 2ª Edição


Sendo dada agora à estampa a segunda edição da REVELAÇÃO DOS PAPAS, quis a bondade do Dr. Henrique Andrade, presidente da "União Espirita Suburbana", associação que tem a propriedade da obra, que eu escrevesse algumas palavras de apresentação para ela. Sabia, entretanto, ele que não era eu o mais qualificado para isso, que haviam outros espiritistas mais conhecidos, mais habilitados, mais autorizados em fim, que podiam dar maior realce à apresentação e dizer melhor da obra.

Uma das razões, talvez, porque fui convidado para fazer esta apresentação, é por já ter afirmado minha grande admiração por ela, a ponto de a ter como um dos livros culminantes da literatura do Além, considerando-a como um dos trabalhos de mais significação que temos tido. A REVELAÇÃO DOS PAPAS é incontestavelmente o livro de mensagens transcendentais mais considerável que possuímos.

Não é preciso dizer aqui o que é a obra, depois da "Explicação do Médium". Sabe-se que ela se compõe de narrativas que fizeram grande número de papas, de seus erros passados e de edificantes comunicações feitas por Espíritos nimiamente iluminados. Pode-se dizer que a obra aparece como uma nova luz, neste sentido de que foi uma luz mais forte; mais intensa, que foi dada a lodos, para indicar mais uma vez o caminho que leva ao bem, à salvação.

Na REVELACAO DOS PAPAS está consubstanciado todo o ensino moral de Jesus. Dela pode se tirar esse ensino na sua maior pureza. Cada Espírito que se comunica apresenta desse ensino uma parte, um fragmento, de maneira que na obra toda encontra-se esse ensino completo. Quando digo ensino completo falo do ensino em que estão contidos os princípios do Espiritismo. Ele constitui dest'arte o que se pode chamar verdadeiramente o Evangelho de Jesus. Pois, não é possível falar do Evangelho de Jesus sem pensar no Espiritismo. Não é somente porque Jesus dirige o movimento espírita que se pode dizer isso, é porque seu ensino está impregnado de Espiritismo. É porque ele o explicou, pelo menos em parte, não a todos, mas a seus discípulos. Se as ideias primordiais do Espiritismo aparecem hoje como uma verdade pura, é porque sempre existiram, é porque são uma verdade eterna. Já existiam portanto quando Jesus veio à Terra e nesse caso ele não podia deixar de prega-las, mormente porque elas deviam fazer parte integrante de sua moral. Os discípulos de Jesus não o viram somente expulsar os maus Espíritos ou chamar os Espíritos ao corpo, quando em letargia erravam fora dele. Segundo disse bem um Espirito, Jesus lhes explicou a existência da alma e a imortalidade, lhes falou das faculdades que possui quando não se acha mais no corpo, ensinando-lhes ao mesmo tempo o princípio da encarnação, a evocação e as relações que existem entre os Espíritos desencarnados e encarnados. Demais eles tinham visto junto a ele Moisés e Elias. Se nos escritos evangélicos não se vêm esses fatos relatados claramente é porque neles não está exposto todo o ensino de Jesus, ou está desfigurado. Em todo o caso existem os vestígios. Não se pode portanto falar hoje no Evangelho de Jesus, sem se refletir que ele constitui o sincretismo desses dois elementos: a moral crística e o ideal espírita. Ora é essa combinação de ideais que se vê na REVELAÇÃO DOS PAPAS. Eis o que lhe dá um valor excepcional.

É possível haver alguém que possa negar a importância dessas 121 mensagens, que formam a obra? (Do Blog: A edição de 1918 apresenta 42 mensagens, apenas. Colocaremos as mensagens adicionais da edição de 1936 ao final da postagem da edição de 1918) Por outro lado pode-se garantir que, dadas as condições em que a obra foi recebida, descritas na "Explicação", ela não pode deixar de ser autêntica. Não podia haver nem mistificação, nem auto psicografia. “Não há em tudo isso que ides ler, disse o Espírito de Agostinho (S.) nenhuma mistificação, porque Deus não consentiria que, em seu nome, fossem ditas e escritas por um mistificador, as palavras que tendes sob os olhos". É preciso atender também que estava acima de tudo a integridade moral do médium. Isaltino Barbosa foi um médium perfeitamente apto para receber psicografada a obra, pela sua simplicidade, pela modéstia, pela sisudez, pela sua vida moralizada enfim.

É essa obra, que já marcou com a primeira edição, uma data na história da nossa literatura espirita, que sai hoje a lume em segunda edição revista e melhorada.
           
Outubro, 1936.

Chrysanto de Brito



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