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quarta-feira, 12 de junho de 2013

02. Rimas do Além Túmulo



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‘Rimas do Além Túmulo’
Versos Mediúnicos de
 Guerra Junqueiro

Grupo Espírita Roustaing
Belém do Pará 1929

Casa Editora Guajarina

 Aos Crentes e aos Incréus

            Este livro, que vai ferir o douto ceticismo de muita gente, provocar o irônico sorriso de certos incrédulos, fazer estrugir anátemas de dentro das sumidades seitistas - que julgam e dizem ter o monopólio das Verdades Divinas, - este livro será, sem embargo, em prazo curto, um documento formidável de prova irrespondível, falando em favor das manifestações dos Espíritos, da sobrevivência, consciente e individual, das criaturas nas regiões do Além Tumulo.
           
            Talvez que, para alicerçar o pedestal dessa próxima sagração, não faltem também as zombarias de alguns “coronéis” do Espiritismo, os quais, mal tatibitatiando as parcas porções de doutrina que conseguiram mordiscar, enrolam na boca, quase mecanicamente, sempre o mesmo bagaço de leituras que lhes ficou com o vicio de velhos mascadores de erros, vaidades e invejas.

            Do fundo da nossa humildade (sincera, porque é - mercê de Deus - lúcida, à luz da doutrina espírita), fazendo emergir para a publicidade as rimas sublimes de beleza e ensinamentos ditadas pelo iluminado Espírito de Abílio Guerra Junqueiro, fazemo-lo bem tranquilamente, sob a égide do preceito evangélico que diz: a cada um segundo o que fizer.          
            
            Se a suave e esperançosa convicção nossa de emocionar almas irmãs na leitura dessas RIMAS DO ALÉM TUMULO, merece prêmio e aplauso dos Espíritos superiores, - na doçura de tal almejo está envolta a rogativa de bênçãos e indulgências para todos aqueles que nos apedrejem, pelo arrojo que temos de afrontar o pessimismo e a descaridade de quantos ainda não conhecem as confortadoras verdades desse Espirito Consolador, que o nosso Mestre nos anunciou para todos os tempos.

            E se, para dobrar irreverências, não nos é possível juntar a ficha datiloscópica do Espírito do excelso bardo lusitano, temos, ao menos, a esperança de que se reconheça no estilo desses versos o feitio peculiar da sua musa, quando, vivo entre os homens, diluindo porções balsâmicas do Evangelho do Cristo no meio das rimas coruscantes, fustigava os erros religiosos do seu tempo, que é o nosso.

            Certo, a forma nem sempre é impecável mas as criticas abrandariam talvez a fúria, se acreditassem que a médium, instrumento do Espírito de Guerra Junqueiro, tem a rudimentar instrução primária e se distingue por uma curiosa aversão a poesias e leitura de poetas, tendo chegado ao lamentável extremo de destruir- por não lhes dar valor algum - as primeiras composições recebidas.

            Outra circunstância que seria de valiosa menção: todas as comunicações, sempre recebidas em público, foram perturbadas por uma legião de Espíritos adversos, indo ao exagero de causar a interrupção da palavra de Guerra Junqueiro. Mais de uma vez, então, este pediu que eles se retirassem, em nome de Deus, e rogou aos ouvintes uma prece em favor dos coléricos e desvairados irmãos.

            Disto, há o testemunho de numerosos auditórios, que chegaram, em algumas ocasiões, a 700 pessoas.

            A médium não produziria esses versos. É uma criaturinha simples, boa, meiga e tímida não liberta ainda da influência da educação freirática que recebeu; e através os seus lindos olhos, claros e francos, ninguém poderá vislumbrar artifícios e embustes que não tem.

            Embora estes detalhes pouco ou mesmo quase si nada influam no ânimo incrédulo da maioria, ai ficam, em homenagem à verdade dos fatos, em testemunho para o futuro, quando se houver de constatar a realidade -provada- da presença de Guerra Junqueiro, em Espírito, na continuação da ininterrupta campanha regeneradora, para ressurgir o Evangelho, imáculo e flamígero, que não admite a divinização de ídolos, não fundamenta cultos materiais, condena o comercio com as coisas de Deus. 

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