Estranhezas
Hernani T. Sant’Anna
Reformador (FEB) Maio 1947
 Por
mais estranho que pareça à gente, 
Morre quem vive e quem falece nasce; 
O tempo é simples ilusão fugace, 
O humilde é sábio; o sabichão, demente!
O Sol é um ponto, apenas, do esplendente 
Concerto sideral à imensa face...  
Pequeno é o grande, e o vencedor rapace 
Não passa dum penado delinquente! 
Mais do que o riso, a dor é uma ventura; 
E tanto mais se felicita e avança, 
Quanto mais sofre o ser e se amargura! 
Quão mais descer em si, maior altura 
Noss'alma, em proporção direta, alcança, 
E quão mais se apagar, tão mais fulgura! 
 
 
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