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sábado, 2 de setembro de 2017

Decepções


Decepções  
Ismael Gomes Braga
Reformador (FEB) Março 1956


Em outro artiguete já nos referimos ao novo livro de Francisco Cândido Xavier, “Instruções Psicofônicas”, no qual temos muito que aprender. Hoje vamos mencionar apenas as decepções que nos revelam alguns comunicantes e dentre eles não poucos espíritas que não colheram nos conhecimentos doutrinários os pomos de felicidade que esperavam.

Ao contrário das religiões ortodoxas que ensinam suas verdades como caminho único para a salvação, e marcam seus profitentes como os únicos que se salvarão, o Espiritismo nos demonstra que a salvação depende das práticas internas, da transformação da vida íntima e não de dogmas e fórmulas.

São muitos os nossos irmãos espíritas que nos vêm confessar suas decepções muito tristes ao reentrarem no mundo espiritual, com as mesmas falhas que os infelicitavam antes da encarnação recente, e até agravadas pelas responsabilidades maiores que assumiram ao contato com o Espiritismo. Confessam com singeleza suas falhas e seu sofrimento.

Nessa mesma ordem de ideias, o livro nos traz depoimentos igualmente de católicos e até de um bispo em pavoroso sofrimento no mundo espiritual. Este fato nos vem recordar a “Divina Comédia”, o Arcebispo Rugério e outros famosos eclesiásticos que Dante Alighieri foi encontrar nos tormentos do Inferno.

Infelizmente são muitos os crentes das diversas escolas religiosas que encontram amargas decepções depois da morte, e os espiritistas não formam nenhuma exceção a essa regra.

O que o livro delicadamente silencia, ao tratar de sofredores, é o inferno em que se precipitam os fanáticos religiosos. Os organizadores do livro não tiveram permissão de mencionar uma série apavorante de mensagens de grandes sofredores, as quais se acham arquivadas em fitas, na sede do Grupo. Seria impiedosa crueldade descobrir tais chagas ao público; mas podemos adiantar que as comunicações de antigos inquisidores dariam um dos mais impressionantes volumes de todos os tempos.

Nosso dever hoje é ajudar e não estudar apenas as almas em situação infernal através de séculos. O Grupo “Meimei” é um posto de salvação, não apenas uma escola.

Dentre os nossos irmãos espíritas que se revelam em sofrimento, quase todos confessam que tiveram mediunidade e não souberam aplica-la com o espírito de sacrifício e abnegação necessária, daí as falhas em que vieram a cair. Foram missionários falidos em suas tarefas. Alguns deles foram nossos conhecidos em vida.

São muitos os conhecidos que nos aparecem nas páginas do livro.

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