Pesquisar este blog

terça-feira, 14 de janeiro de 2014

XXVIa. XXVIb. et XXVIc. 'Apreciando a Paulo'


XXVI a
‘Apreciando a Paulo’
      comentários em torno
    das Epístolas de S. Paulo
   por Ernani Cabral

Tipografia Kardec – 1958

Ora, irmãos, não quero que ignoreis que nossos pais
 estiveram debaixo da nuvem, e todos passaram pelo mar.
E todos foram batizados em Moisés, na nuvem e no mar.
E todos comeram dum mesmo manjar espiritual.
E beberam todos de uma mesma bebida espiritual,
porque bebiam da pedra espiritual que os seguia;
E A PEDRA ERA CRISTO”.
 (Paulo 1ª Epístola aos Coríntios, 10:1 a 4).

            Paulo de Tarso alude aqui à passagem do povo hebreu pelo Mar Vermelho e ainda ao “maná do deserto”, a que o Velho Testamento se refere, respectivamente, nos capítulos 14 e 16 de Êxodo, o segundo livro do Pentateuco. Ele considera esse manjar como sendo espiritual, cujo conceito assim é mais conforme com a natureza do fenômeno. Diz ainda que todos os judeus que fugiram da escravidão do Egito beberam também da mesma bebida espiritual, “porque bebiam da pedra espiritual que os seguia: e a pedra era Cristo”.

            A verdade é que, constantemente, quer pelas palavras de Jesus como pelas de seus apóstolos, vê-se a correlação, a entrosagem, do Novo com o Antigo Testamento. Portanto, ninguém deve - dizendo-se espírita cristão - negar valor à Bíblia, pois que aí se fundamentam as três revelações de Deus.

            São Paulo afirma, em um dos versículos supra transcritos, que o Espírito do Cristo já seguia o povo hebreu em seu êxodo, presidindo sempre os destinos da Humanidade e orientando mesmo aquela nação, à qual fora dada a incumbência de divulgar ao mundo a primeira revelação divina, o monoteísmo, de vez que os outros povos, até então, eram politeístas. Jeová teria sido o Espírito encarregado de falar àquele povo em nome de Deus. Conforme lição de Ernesto Renan, “imaginava-se que não fora propriamente Deus que se mostrara nas teofanias da antiga Lei, mas que se tinha substituído por uma espécie de medianeiro, o maleak Jehovah”.

            Mas a ideia do Deus único e verdadeiro acabou por se impor à aceitação dos povos cultos, sendo os deuses do Olimpo derribados de seus pedestais, em face da recomendação bíblica: “Eu sou o Senhor teu Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão. Não terás outros deuses diante de mim. Não farás para ti imagem de escultura, nem semelhança alguma do que há em cima no céu, nem embaixo na Terra, nem nas águas, debaixo da terra; Não te encurvarás a elas, nem as servirás; porque eu, o Senhor teu Deus, sou Deus zeloso, que visito a maldade dos pais sobre os filhos até na terceira e quarta geração daqueles que me aborrecem, e faço misericórdia em milhares aos que me amam e guardam os meus mandamentos.” (Deut., 5:6 a 10).

            Apesar de afirmativas tão categóricas, proibindo o culto das imagens, “seja do que há em cima no céu, como embaixo na Terra”, o que não podia deixar lugar a dúvidas, nem a exceções, a Igreja Católica Romana, desrespeitando o Velho Testamento e um dos mandamentos da lei de Deus, restabeleceu, em 787, aquele culto pagão, cuja heresia transformou em dogma de fé, no 2º Concílio de Niceia. E permitiu ainda a venda de imagens, de estampas e de terços, até no interior de suas catedrais, como vimos na célebre igreja de N. S. do Rocio, em Paranaguá. ao lado da sacristia, e consoante se verifica até na basílica de São Pedro, em Roma, onde esse comércio é praticado nos cômodos existentes em torno de sua cúpula, sendo que ali se vendem também souvenires para os turistas...



XXV b
‘Apreciando a Paulo’
      comentários em torno
    das Epístolas de S. Paulo
   por Ernani Cabral

Tipografia Kardec – 1958

            Jesus expulsou os vendilhões que se achavam no átrio ou à porta do templo de Jerusalém (Marcos, 11:15 a 17), mas eles hoje passaram para dentro das igrejas, com o apoio dos sacerdotes católicos que, por sua vez, cobram preço avultado pelos sacramentos, não vendo nesse negócio nada de abominável, apesar da condenação de Jesus, que jamais devia ser sofismada.

            Dizer que o Espírito-Santo assiste o papa para permitir esse negócio de “coisas sagradas” no interior das igrejas, é o cúmulo da irreverência, mas tal não surpreende, porque o Vaticano possui, para multiplicar sua riqueza nababesca, o “Banco DeI Santo Espirito”, que funciona regularmente, há muitos anos, com ótimos lucros...

            O certo é que, uma das maiores rendas do Vaticano é a bênção papal, cujo preço varia conforme a qualidade do papel, e que já se encontra impressa e assinada, às centenas, bastando pagar para que o nome do beneficiado seja preenchido! Não escrevemos isto pelo prazer de censurar, mas pelo dever que temos, como cristão, de mostrar quanto a Igreja de Roma se tem distanciado dos ensinamentos de Jesus, mercantilizando a fé e até infundindo terror nas consciências, com o dogma do inferno, que bem satisfaz seus propósitos de dominação temporal... É mesmo com tristeza que escrevemos isto, porque melhor seria que não existir tal desvirtuamento do Cristianismo, mas o certo é que, vulgarizando esses fatos, achamos estar prestando um serviço à verdade e à pureza da religião, em prol da qual pelejamos com fundamentos bíblicos e com firmeza de convicção, condenando a simonia.

            Eis porque os Mensageiros do Senhor se esforçam agora para fazer restabelecer o culto a Deus, “em espírito e verdade”, praticado sinceramente, isto é, sem interesses pecuniários ou de dominação política, tal como se verificava entre os primeiros cristãos. Eles davam-se ainda às práticas mediúnicas, estabelecendo o intercâmbio com o Espírito-Santo, como São Paulo mesmo esclarece no capítulo 12 dessa Primeira Epístola aos Coríntios. Tal a razão por que se diz, com muito acerto, que “o Espiritismo é o Cristianismo redivivo em toda a sua pureza primitiva” ,quando era praticado sem imagens, sem preconceitos dogmáticos e sem rituais, sendo dado de graça aquilo que do Senhor se recebia, conforme o ensino de Jesus (Mateus, 10:8 in fine).

            Nossos prezados irmãos protestantes também procuram adorar a Deus sem imagens, mas aceitam ainda alguns dogmas do Catolicismo romano, como o da Santíssima Trindade etc., e não exercitam os dons espirituais, a que Paulo faz menção e que foram praticados pelos primeiros cristãos. Além disto, embora não haja entre os protestantes tanta preocupação com o dinheiro, como entre os dirigentes católicos, há, todavia, uma cobrança de dízimos, à moda dos judeus... O fato é que o “dai de graça o que de graça recebestes”, que Jesus recomendou em matéria religiosa, também não é observado ali com o necessário rigor. Não estamos julgando, mas apenas assinalando fatos, repetimos, a bem da verdade.

            Tanto é certo que na época apostólica os discípulos do Senhor se davam às práticas espiríticas, que os mais imparciais historiadores, como Ernesto Renan, a isto se referem. Renan foi livre pensador, não filiado a qualquer igreja, por vezes irreverente, e até céptico com relação aos fenômenos espiríticos, cuja verdade nega, por serem contrários à Ciência, como ele diz. Mas ninguém lhe pode contestar o profundo conhecimento das origens do Crístianismo, cuja história estudou apaixonadamente, durante vinte anos (“Marco Aurélio e o Fim do Mundo Antigo), introd., pág. VIII), visitando, no século passado, quando viveu na Terra, a Palestina, em todos os lugares palmilhados por Jesus. Por isto mesmo, o testemunho de Ernesto Renan é insuspeito, a propósito de certos assuntos (como o da prática espírita entre os primeiros cristãos), consoante se lê em sua obra “Os Apóstolos” (tradução de E. A. Salgado, Porto, 1945), pág. 46:

            “O pensamento dominante na comunidade cristã, depois que cessaram as aparições, era a vinda do Espírito-Santo. Julgavam recebê-lo sob a forma de um sopro misterioso, que deslizava por cima das pessoas reunidas. Imaginavam muitos que era o próprio sopro de Jesus (João, 20:22). Uma consolação íntima, um movimento de coragem, um impulso de entusiasmo, um sentimento de alegria viva e deleitosa que não sabiam de que procedia, tudo era obra do Espírito. Aquelas boas consciências atribuíam, como sempre, a uma causa externa os sentimentos singulares que nelas desabrochavam. Era um particular nos ajuntamentos que se realizavam esses estranhos fenômenos de iluminismo. Quando todos estavam reunidos e se esperava em silêncio a inspiração de cima, um murmúrio, qualquer rumor, fazia crer na vinda do Espírito. Nos primeiros tempos eram as aparições de Jesus que se realizavam do mesmo modo. Agora estava mudado o curso das ideias. Era o hálito divino que corria sobre a pequena Igreja e a enchia de celestes eflúvios.

            “Estas crenças se prendiam com concepções bebidas no Antigo Testamento. O espírito profético é mostrado nos livros hebreus como um sopro que traspassa o homem e o exalta. Na bela visão de Elias (1 Reis, 19:11-12), Deus passa figurado em leve vento, que produz leve sussurro. Essas antigas imagens tinham produzido, nas épocas baixas, crenças muito análogas às dos espiritistas de hoje. (O grifo é nosso.) Na ascensão de Isaías (Ascensão de Isaías, 6:6 e seguintes - versão etíope) a vinda do Espírito é acompanhada de certos ruídos nas portas. Todavia, o mais das vezes, concebia-se essa vinda como um outro batismo, isto é, “o batismo do Espírito”, muito superior ao de João”. (Mateus, 3:11; Marcos, 1:8; Lucas, 3:16; Atos, 1:5; 11:16; 19:6 e I João, 5:6 e seguintes).

            Tais afirmativas, que são semelhantes a de todos os estudiosos das origens do Cristianismo, correspondem aos esclarecimentos de Paulo sobre os dons espirituais (I Cor., 12), confirmando sua prática pelos primitivos cristãos.

            Tudo isto comprova que o Espiritismo cristão nada mais é, conforme os Mensageiros do Senhor hoje confirmam, do que o Cristianismo verdadeiro, tal e qual era praticado pelos apóstolos do Senhor Jesus e pelos primeiros discípulos, que as igrejas ortodoxas desviaram mais tarde de sua rota genuína, enxertando-a de dogmas, mas que o Espírito Santo agora procura restaurar, em toda a sua pureza primitiva, cumprindo as promessas do Cristo de Deus (João, 14:26 e 16:12 a 14).

            Já Paulo de Tarso dizia: “Não extingais o Espírito” I Tess., 5:19). Aquelas igrejas, infelizmente, tem procurado extinguir ou sufocar o Espírito, proibindo as comunicações com ele, esquecidas do ensinamento de outro apóstolo, João Evangelista, que também declara:
O Espírito é o que testifica, porque o Espírito é a verdade.” (I João, 5:6, in fine)

            Todavia, o que há de mais digno de realce nesses versículos de Paulo, que ora procuramos comentar, é a assertiva categórica do apóstolo dos gentios de que a pedra era Cristo.

            Portanto, para terminar este artigo, passemos a outra ordem de considerações.

            Com efeito, Jesus Cristo é o fundamento, a essência, a pedra básica de sua Igreja, que é espiritual, porque composta de todos aqueles (não importa o credo, nem o plano da vida) que tenham instalado o reino de Deus dentro de si mesmos. Esses são cristãos, porque creem e praticam, dando testemunho de sua fé, através de obras que a demonstram ou que a comprovam.

            Realmente, se as leis e os profetas se resumem no amor (Mateus, 22 :40); se os próprios mandamentos da lei de Deus foram sintetizados em tão nobre sentimento (idem, 22:37 a 39); se Deus, Ele próprio, é amor (I João, 4:8), quem pauta seus atos pela caridade é cristão, pouco importando a religião a que esteja filiado.

            É claro que o Espiritismo dá melhor entendimento, mais esclarecimentos e compreensão a quem o adota, e a possibilidade de conduzir-se com mais acerto, porque “conhece-se o espírita pela sua transformação moral”, que se objetiva ainda em atos de caridade. Mas isto não quer dizer que monopolizemos a Jesus, pois que ele pertence a toda a Humanidade, isto é, a todos os que procuram cumprir com boa vontade os seus mandamentos. E, assim, o que salva não é somente a fé, mas sobretudo as obras que a testificam.



XXV c
‘Apreciando a Paulo’
      comentários em torno
    das Epístolas de S. Paulo
   por Ernani Cabral

Tipografia Kardec – 1958


            Nossos prezados irmãos católicos pensam que São Pedro é a pedra fundamental da Igreja do Cristo. Baseiam-se em Mateus, 16:18 para assim entenderem.
           
            Seria estranho que Jesus, o Cristo, o Messias prometido à Humanidade, Salvador e Redentor nosso (porque nos indica o verdadeiro caminho para tal), fundasse uma religião e desse como base da mesma um seu inferior, um subalterno, isto é, a pessoa de um seu apóstolo, o qual, por mais puro que fosse, a ele não se poderia comparar, nem em virtudes, nem tão pouco em conhecimentos.

            Mas temos a recordar que o próprio Pedro reconhece no capítulo segundo, versículo quarto, de sua Primeira Epístola, que Jesus é a PEDRA VIVA, “para com ??? Deus eleita e preciosa”.

            Bastariam as opiniões categorizadas dos dois apóstolos, Paulo de Tarso e Simão Pedro, sobretudo a deste, que não se considera, mas ao Cristo, como a PEDRA fundamental de sua Igreja, para procurarmos descobrir outra interpretação ao Evangelho segundo Mateus, no texto citado, mais conforme com a verdade. É o que procuraremos fazer, comentando agora o capítulo dezesseis de Mateus, versículos 13 a 20, que dizem:

            “E chegando Jesus às portas de Cesareia de Filipo, interrogou aos seus discípulos, dizendo: “Quem dizem os homens ser o filho do homem?
            E eles disseram: Uns João Batista, outros Elias, e outros Jeremias ou um dos profetas. Disse-lhes ele: E vós, quem dizeis que eu sou?
             E Simão Pedro, respondendo, disse: TU ÉS O CRISTO, o FILHO DE DEUS VIVO.
            E Jesus, respondendo, disse-lhe: Bem-aventurado és tu, Simão Barjonas, porque to não revelou a carne e o sangue, mas meu Pai que está nos céus.
            Pois também te digo que tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela.
            E eu te darei as chaves do reino dos céus.
            Então mandou a seus discípulos que a ninguém dissesse que ele era o Cristo.”

            Diga-se de passagem que, se os judeus pensavam que Jesus era Elias, Jeremias ou um dos profetas, falecidos há séculos, é porque achavam possível a reencarnação, já admitida por muitos...

            Mas foi Simão Pedro quem dera a resposta exata, fazendo a revelação: Jesus era o Cristo, o filho de Deus vivo!

            “E Jesus, respondendo, disse-lhe: Bem-aventurado és tu, Simão Barjonas, porque to não REVELOU a carne ou o sangue, mas meu Pai que está nos céus.
           
            Pois também eu te digo que tu és Pedro e sobre essa pedra edificarei minha igreja.”

            A PEDRA em que Jesus edificou sua igreja, portanto, não foi Pedro, mas A REVELAÇÃO ou a confissão feita por Pedro, de que Jesus era o Cristo, o filho de Deus vivo. O texto da Vulgata fala em super petram e não em super Petrum. “Sobre a pedra” e não “sobre Pedro”, foi que ele edificou sua Igreja. E A PEDRA ERA CRISTO, conforme São Paulo nos afirma, secundado ainda por São Pedro, consoante já demonstramos.

            Assim, Jesus fundou sua religião sobre aquela revelação de Pedra???, de que ele era o Cristo, o filho de Deus vivo, tanto que mais tarde o confirmou em João, 14:6, dizendo: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai, senão por mim.” Se a PEDRA fosse Pedro, alguém poderia ir ao Pai por seu intermédio. Mas Jesus frisou, como vimos acima: “NINGUÉM VEM AO PAI, SENÃO POR MIM”.

            A interpretação supra é também a dos primeiros e mais abalizados doutores da Igreja Apostólica Romana. É o que afirma Huberto Rohden, em seu livro “Agostinho”, em longa nota à pág. 292, de sua segunda edição.

            Diz aquele culto escritor que Santo Agostinho também entendia que “a pedra é Cristo”, e não Pedro, opinião essa seguida por dezesseis teólogos, “antigos padres e escritores eclesiásticos”. Afirma ainda que quarenta e quatro doutores da Igreja Romana consideram a confissão de Pedro (ou a revelação) como sendo a rocha (ou a pedra), o que vem a dar na mesma coisa, pois que tal confissão é de que “Jesus é o Cristo, filho de Deus vivo”, como se vê em Mateus, 16:16. E que somente dezessete teólogos católicos sustentam que “a pedra é Pedro”.

            O assunto também se acha bem esclarecido no célebre discurso do bispo Strossmayer, pronunciado no Concílio Ecumênico de 1870, quando foi decretado o dogma da infalibilidade do papa, que é talvez o maior disparate da Igreja Romana, legítima heresia, pois infalível só Deus o é. Aquela notável peça oratória, publicada em “Roma e o Evangelho”, edição da Federação Espirita Brasileira, merece ser divulgada e conhecida por todos os que se interessam pela pesquisa da verdade, sem tabus ou receios infundados, pois Jesus jamais excomungou, e ninguém tem o direito de fazê-lo em seu nome, de vez que sua doutrina é de perdão e de amor.

            Assim, lutar pelo bem e pela verdade é dever de todo cristão, que precisa ter a coragem necessária para buscar o esclarecimento de seu espírito, embora evitando discussões ou polêmicas, mas examinando tudo e escolhendo o que for melhor, como Paulo recomenda ainda em I Tess., 4:21.

            Ele foi o vaso ou o aparelho mediúnico escolhido por Jesus para vulgarizar o Cristianismo, e suas epístolas merecem meditadas, porque nelas existe a água pura que dessedenta, esclarece e redime.

            Fácil é concluir daí que o Senhor deu a Pedro as chaves do reino dos céus, que é a sua doutrina, mas que este não a monopoliza. São Pedro, como qualquer cristão sincero, tem as chaves do reino dos céus, que é o amor. E o que Pedro ligasse na Terra seria ligado nos Céus, assim como tudo o que fazemos na Terra é ligado nos Céus, pois, “a cada um será dado segundo as suas obras”. (Mateus, 16:27)

            Embora os apóstolos fossem evidentemente Espíritos de luz, em missão, nenhum na Terra foi maior do que outro, e Jesus mesmo assim o considerou: “O maior entre vós será vosso servo. E o que a si mesmo se exaltar será humilhado; e o que a si mesmo se humilhar, será exaltado”. (Mateus, 23:11, 12.)

            São Pedro nunca foi papa, figura que não existiu entre os primeiros cristãos, como está historicamente provado, conforme Rui Barbosa bem o esclarece, em “O Papa e o Concílio”. Se o tivesse sido, os “Atos dos Apóstolos” o teriam registrado. Bem ao contrário, Paulo de uma feita repreendeu a Pedro, como se vê em Epístola aos Gálatas, 2 :11, o que comprova que este não era o chefe da Cristandade, cujo dirigente é Jesus, a verdadeira pedra em que sua Igreja se alicerça.


            Assim, repitamos com Paulo: A PEDRA É CRISTO, rocha viva de nossa fé e de nossa esperança! 


2 comentários:

  1. Chamo a atenção do caro amigo sobre o trecho em que o autor declara : O texto da Vulgata fala em super petram e não em super Petrum. “Sobre a pedra” e não “sobre Pedra”,. CORRIGIR O ÚLTIMO PEDRA, POR PEDRO..

    ResponderExcluir