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segunda-feira, 17 de fevereiro de 2020

O Escândalo, o Perdão e a Fé



O Escândalo, o Perdão e a Fé                  
                  
17,1 Jesus disse também a seus discípulos: “- É impossível que não haja escândalos, mas ai daquele por quem eles vem! 
17,2 Melhor seria que se lhe atasse, em volta do pescoço, uma pedra de moinho e que fosse lançado ao mar, do que levar para o mal um só destes pequeninos. Tomai cuidado de vós mesmos. 
17,3 Se teu irmão pecar, repreende-o; se se arrepender, perdoa-lhe!
17,4 Se pecar sete vezes no dia contra ti e sete vezes no dia vier procurar-te dizendo: Estou arrependido... perdoar-lhe-ás.” 
17,5 Os apóstolos disseram ao Senhor:  -Aumenta-nos a fé!   
17,6  Disse o Senhor: “- Se tiverdes fé do tamanho de um grão de mostarda direis a esta amoreira: Arranca-te e transporta-te ao  mar,  e  ela vos obedecerá!”

          Para Lc (17,5-6) -Aumenta-nos a fé! -leiamos Antônio Luiz Sayão, em “Elucidações Evangélicas”(Ed. FEB): 

            “Que é a fé? Que é a prece? Que é o jejum?  Em que consistem este a aquelas?

            Disse Jesus: Se puderes crer, todas as coisas são possíveis àquele que crê.

            Cumpre notar que, dizendo isso, o Mestre falou figuradamente, como, aliás, de ordinário, sucedia. Mas, dentro da figura de que usou, está a verdade. Efetivamente, que prodígios não pode a fé operar?  Que é o que não consegue essa alavanca prodigiosa, essa força motriz incoercível, esse calor fecundante, que dá à alma a essência pura da crença, sem sombras, na existência de Deus, no seu amor e na sua misericórdia infinitos, que a faz librar-se às regiões luminosas do espaço e subir até ao seu Criador, sem mesmo perceber como e por que sobe.

             A fé consiste na confiança absoluta, sem a mais ligeira dúvida, sem definir-se e quase incompreensível para nós outros, pobres pecadores de todos os instantes, cheios de imperfeições e fraquezas.

            Dizemo-la incompreensível para nós outros, porque, propensos a considerá-la apanágio somente de Espíritos elevados, por verificarmos que, nas ocasiões em que mais necessária nos é, ela nos falece a nós que a todos instantes recebemos provas da bondade e misericórdia extremas de Nosso Senhor Jesus Cristo; que estudamos e aceitamos, com lágrimas de reconhecimento, as lições por Ele dadas e exemplificadas até ao cimo do Gólgota, vemos, no entanto, que, noutros irmãos, menos aparelhados de outras virtudes, ela é forte, esclarecida e sábia, como deve ser em todo cristão, segundo ensinam os Evangelhos.

            A verdade, porém, é que: àquele que crê, todas as coisas são possíveis, por isso que em torno dele se grupam os Espíritos do Senhor, para assisti-lo.

             À fé se alia sempre à esperança e ambas se desdobram em caridade.

             Não tendo ainda os nossos corações bastante abertos para agasalharmos essas virtudes, esforcemo-nos, pelo estudo, pela meditação dos ensinos e exemplos do nosso Salvador e dos seus apóstolos, por fortalecê-los em nossos espíritos, aprendendo a pedir somente o que possa ser de justiça aos olhos de Deus.” 


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