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domingo, 14 de julho de 2019

Ditado


Bittencourt Sampaio

Ditados
Bittencourt Sampaio (espírito)
Reformador (FEB) Junho 1923

Meus filhos, com os meus votos de paz, no seio de Jesus, eu vos dou aqui uma miragem da vida do crente, nesta hora de agonias: a floresta espessa, fustigada pelo vento ululante e indomável.

Troncos seculares, lembrando colunas monolíticas, ramarias altas e vicejantes, estalam, trepidam, oscilam e caem com estrondo ao solo alagado pelo enxurro. O raio os fulmina, o vento os desgalha e, passada a tempestade, ei-los, lascados uns, outros nus, de rojo quase sempre, onde antes mais altaneiros e dominadores do horizonte se mostravam.

O pobre arbusto, a mimosa planta rasteira, a erva miúda, porém, nada sofreram; antes, lavaram-se nas águas fecundantes e no céu azul lhes surgem, no cair da noite clara, as estrelas que sorriem e que, sorrindo, vão a matinas, como prenúncio de um novo dia fecundo.

Bendita tempestade, para as humildes gramíneas, que se ocultam e rastejam no solo fértil.

Adeus, ou, melhor, até sempre e que a Virgem nos abençoe. 

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