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quinta-feira, 1 de março de 2018

Falsas alegações



Esflorando o Evangelho
Emmanuel por Chico Xavier
Reformador (FEB) Janeiro 1946

Falsas alegações

"Que tenho eu contigo, Jesus, Filho do Deus Altíssimo? Peço-te que não me atormentes." (Lucas, 8:28).

O caso do Espírito mal-intencionado, que sentiu a aproximação de Jesus, recebendo-lhe a presença, com furiosas imprecações, apresenta muitos aspectos dignos de estudo.

A circunstância de suplicar ao Divino Mestre não o atormentasse requer muita atenção por parte dos discípulos sinceros.

Quem poderá supor o Cristo capaz de infligir tormentos a quem quer que seja? E, no caso, trata-se de uma entidade ignorante e perversa que, nos íntimos desvarios, muito já padecia por si mesma. A aproximação do Mestre, no entanto, trazia-lhe claridade bastante para que pudesse contemplar o martírio da própria consciência, atolada num pântano de crimes e defecções tenebrosas. A luz atormentava-lhe as trevas interiores e revelava-lhes a nudez dolorosa e digna de comiseração.

O quadro é muito significativo para todos os que fogem das verdades religiosas da vida, alegando que o seu conteúdo é amargo, dando razões a angústias e sofrimentos. Esses espíritos indiferentes e gozadores costumam afirmar que os serviços da fé alagam o caminho de lágrimas e entristecem o coração. Semelhantes declarações, contudo, denunciam-nos. Em maior ou menor escala, são companheiros do irmão infeliz que acusava Jesus como ministro de tormentos.


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