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segunda-feira, 28 de setembro de 2020

O Purgatório


 O Purgatório

A Redação    Reformador (FEB) Dezembro 1929

              A respeito de tão momentoso assunto lemos na “A Luz”, periódico protestante que se publica em Nova Friburgo, sob a direção do pastor local rev. Armando Ferreira, ativo propagandista das letras bíblicas e talentoso escritor as seguintes informações:

                 Por muito boa vontade que se tenha não é possível aceitar-se a UNIDADE da Igreja, tão proclamada pelos padres por causa das verdades históricas. Entre outras doutrinas da Egreja que desfazem a sua tão celebrada unidade, está a do PURGATORIO.

                Essa doutrina aceita, defendida e ensinada pelo Clero hoje, era DESCONHECIDA dos padres e da igreja grega (1). O quinto Concílio ecumênico - ano 553 - CONDENOU o purgatório. Santo Agostinho foi também, contrário a ele, declarando: “DESCENHECEMOS completamente outro terceiro lugar: ainda mais, SABEMOS que a Escritura não fala de de tal lugar!” (Aug. Hyrog, 1,5 tom VIII). Outros teólogos da igreja têm declarado que o purgatório é uma invenção. Borns, católico, atesta: “A punição do purgatório é uma coisa da opinião humana que NÃO SE PODE PROVAR nem pelas Escrituras, nem pelos padres primitivos e Concílios.” Bruys, também católico, declara: “Aquilo que hoje em dia se crê do purgatório, fora DESCONHECIDO AOS APÓSTOLOS e AOS PRIMEIROS FIÉIS (Bruys v. 1 pag. 578). Não obstante Isso tudo, o Concílio de Florença, em 1439, fez do purgatório um dogma e o Concílio de Trento, em 1545, confirmou-o!

                (1) Antigamente a Igreja Grega e a Romana eram UMA SÓ comunidade. Mais tarde, a igreja grega cindiu-se por causa da doutrina.

           Como poderemos aceitar uma unidade assim? Impossível!  

          Sem tomar parte no debate que talvez esteja acima de nossa competência nem interferir num assunto que apresentamos a título ilustrativo, desejariam os, no entanto, que A Luz nos explicasse onde deveria o Concílio de Florença arrumar as almas que, por ter pecados, não devessem ir para o céu, mas que por serem os mesmos pecados, pequenas faltas ou pecadilhos, não merecessem o inferno.

             Parece-nos, que, se Santo Agostinho foi contrário ao Purgatório, e se as Escrituras não o aceitam, bem andou o Concílio que reparou uma injustiça, arrancando ao averno (inferno) aqueles que não tinham culpas capazes de os porem a arder pelos séculos em fora. 

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