Pesquisar este blog

quinta-feira, 3 de setembro de 2020

Na intimidade doméstica


Na intimidade doméstica

Emmanuel por Chico Xavier
Reformador (FEB) Julho 1964

            A história do bom samaritano, repetidamente estudada, oferece conclusões sempre novas.
            O viajante compassivo encontra o ferido anônimo na estrada.
            Não hesita em auxilia-lo.
            Estende-lhe aa mãos.
            Pensa-lhe as feridas.
            Recolhe-o nos braços sem qualquer ideia de preconceito.
            Condu-lo ao albergue mais próximo.
            Garante-lhe a pousada.
            Olvida conveniências e permanece junto dele, enquanto necessário.
            Abstém-se de indagações.
            Parte ao encontro do dever, assegurando-lhe a assistência com os recursos da própria bolsa, sem prescrever lhe obrigações.

*

            Jesus transmitiu-nos a parábola, ensinando-nos o exercício da caridade real, mas, até agora, transcorridos quase dois milênios, aplicamo-la, via de regra, às pessoas que não nos comungam o quadro particular.
            Quase sempre, todavia, temos os caídos do reduto doméstico.
            Não descem de Jerusalém para Jericó, mas tombam da fé para a desilusão e da alegria para a dor, espoliados nas melhores esperanças, em rudes experiências.
            Quantas vezes surpreendemos as vítimas da obsessão e do erro, da tristeza e da provação, dentro de casa!
            Julgamos, assim, que a parábola do bom samaritano produzirá também efeitos os admiráveis, toda vez que nos decidimos a usá-la, na vida íntima, compreendendo e auxiliando os vizinhos e companheiros, parentes e amigos, sem nada exigir e sem nada perguntar.

Nenhum comentário:

Postar um comentário