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quinta-feira, 24 de setembro de 2020

A paz de Jesus

 A paz de Jesus        

 14,27  “ -Deixo-vos a paz, a Minha paz vos dou.  Não vo-la dou como o mundo a dá. Não se perturbe o vosso coração, nem se atemorize! 

14,28  Ouviste o que Eu vos disse: Vou e volto a vós! Se me amares, certamente haveis de alegrar-vos, que vou para junto do Pai, porque o Pai é maior do que Eu. 

14,29  E, disse-vos agora estas coisas, antes que aconteçam, para que creiais, quando acontecerem. 

14,30  Já não falarei muito convosco, porque vêem os  deste mundo; mas eles  não tem sobre mim poder algum. 

14,31  O mundo, porém, deve saber que amo o Pai e procedo como o Pai Me ordenou. Levantai-vos! Vamo-nos daqui!     

 

             Para  Jo (14,27) -A Minha paz vos dou..., tomemos “Palavras de Vida Eterna”, de Emmanuel por Chico Xavier:

             “Todos ambicionam a paz.

             Raros ajudam-na.

            Que fazes para sustentá-la?

            Recorda que a segurança dos aparelhos mais delicados depende, quase sempre, de parafusos pequeninos ou de junturas inexcedivelmente singelas.

            Não há tranqüilidade no mundo, sem que as nações pratiquem a tolerância e a fraternidade.

            E se a nação é conjunto de cidades, a cidade é um agrupamento de lares, tanto quanto o lar é um agrupamento de corações.

            A harmonia da vida começará, desse modo, no íntimo de nossas próprias almas ou toda harmonia aparente na paisagem humana será simples jogo de inércia.

            Comecemos, pois, a sublime edificação no âmago de nós mesmos. Não transmitas o alarme da crítica, nem estendas o fogo da crueldade. Inicias o teu apostolado de paz, calando a inquietação no campo do próprio ser. Onde surjam razões de queixa, sê a cooperação que restaura o equilíbrio; onde medrem espinhos de sofrimento, sê a consolação que refaz a esperança.

            Detém-se na Tolerância Divina e renova para todas as criaturas de teu círculo as oportunidades do bem.

            Reafirma o compromisso de servir, silenciando sempre onde não possas agir em socorro do próximo.

            Ao peço da própria renunciação, disse-nos o Senhor:

            “ -A minha luz vos dou!”

            E para que a paz se faça, na senda em que marchamos, é preciso que à custa de nosso próprio esforço se faça a paz em nós, a fim de que possamos irradiá-la, em tudo, no amparo vivo aos outros. ”

           

            Retornando    ao   tema   Paz  e  Jesus,- Jo (14,27) -Emmanuel prossegue, no mesmo livro citado acima:

             “A paz do mundo costuma ser preguiça rançosa. A paz do espírito é serviço renovador.

            A primeira é inutilidade. A segunda é proveito constante.

            Vejamos o exemplo disso em nosso Divino Mestre.

            Lares humanos negaram-lhe o berço. Mas o Senhor revelou-se em paz na estrebaria.

            Herodes perseguiu-lhe, desapiedado, a infância tenra, Jesus, porém, do apostolado que trazia, sofreu, tranqüilo, a imposição das circunstâncias. Negado pela fortuna de Jerusalém, refugiou-se, feliz, em barcas pobres da Galileia. Amando e servindo os necessitados e doentes recebia, a cada passo, os golpes da astúcia de letrados e casuístas de seu tempo; contudo, jamais deixou, por isso, de exercer, imperturbável, o ministério do amor.

            Abandonado pelos próprios amigos, entregou-se serenamente à prisão injusta.

            Sob o cuspo injurioso da multidão foi açoitado em praça pública e conduzido à crucificação, mas voltou da morte, aureolado de paz sublime, para fortalecer os companheiros acovardados e ajudar os próprios verdugos.

            Recorda, assim, o exemplo do Benfeitor Excelso e não procures segurança íntima fora do dever corretamente cumprido, ainda mesmo que isso te custe o sacrifício supremo.

            A paz do mundo, quase sempre, é aquela que culmina com o descanso dos cadáveres a se dissociarem na inércia, mas a paz do Cristo é o serviço do bem eterno, em permanente ascensão.”


          Para   Jo (14,31) -Levantai-vos!, tomemos “O Caminho, Verdade e Vida”, de Emmanuel por Chico Xavier: 

             “Antes de retirar-se para as orações supremas no Horto, falou Jesus aos discípulos longamente,  esclarecendo o sentido profundo de sua exemplificação.

            Relacionando seus pensamentos sublimes, fez o formoso convite inserto no Evangelho de João: “Levantai-vos, vamo-nos daqui!”

            O apelo é altamente significativo. Ao toque de erguer-se, o homem do mundo costuma procurar o movimento das vitórias fáceis, atirando-se à luta sequioso de supremacia ou trocando de domicílio, na expectativa de melhoria efêmera.

            Com Jesus, entretanto, ocorreu o contrário.

            Levantou-se para ser dilacerado, logo após, pelo gesto de Judas. Distanciou-se do local em que se achava a fim de alcançar, pouco depois, a flagelação e a morte.

            Naturalmente, partiu para o glorioso destino de reencontro com o Pai, mas precisamos destacar as escalas da viagem...

            Ergueu-se e saiu, em busca da glória suprema. As estações de marcha são eminentemente educativas: - Getsêmani, o Cárcere, o Pretório, a Via Dolorosa, o Calvário, a Cruz constituem pontos de observação muito interessantes, mormente na atualidade, que apresenta inúmeros cristãos aguardando a possibilidade da viagem sobre as almofadas de luxo do menor esforço.”

 


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