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segunda-feira, 4 de outubro de 2021

Reencarnação - estudo sobre as vidas sucessivas - Cap. VId (e final)

 “Reencarnação

- estudo sobre as vidas sucessivas."

Capítulo VId (e final)

  ‘As Causas Dos Nossos Sofrimentos’  

 por Aurélio A. Valente 

Editora: Moderna - Ano: 1946

Biblioteca Espírita Brasileira

                       Capítulo VII

 REVELAÇÕES

 

Se ainda restarem dúvidas sobre a verdade da Lei das Vidas Sucessivas, elas se desfarão, assim pensamos ante os fatos comprovados, que vamos apresentar neste capítulo.

É possível objetar-se que os protagonistas não são conhecidos, e isso tira um tanto do valor. Seja. Contudo, se levarmos a esse extremo, teremos que desconfiar também do testemunho do que nos apresentam os livros científicos e históricos.

Os propagandistas da Nova Revelação, conscientes sempre da grande responsabilidade que lhes cabe, agem em todas as oportunidades com o máximo escrúpulo na escolha dos fatos, pois é indiscutível que nada pode prevalecer com embustes e sofismas. Cedo ou tarde, a verdade surge e põe em perigo a nossa reputação, retardando a marcha da Doutrina.

Os chamados milagres e relíquias da Igreja de Roma colocaram-na em situação equívoca perante os seus próprios crentes, servindo para críticas acerbas, irônicas e pejorativas, e como consequência fatal a descrença e o ateísmo.           

O Espiritismo não age assim. Os seus adeptos não usam de sofismas, sutilezas e hipocrisias para convencer, pois a Verdade não se impõe com os recursos da mentira. Além disso, todos nós sabemos quanto sofrem aqueles que pretendem lançar mão de meios nada compatíveis com a dignidade humana.

Não negamos que haja, vez por outra, um irrefletido que não faça bom uso dos princípios do Espiritismo, mas quem for bom observador há de verificar que breve está alijado, sofrendo duramente a consequência da sua conduta infeliz.

Aqui vamos citar alguns fatos, notáveis pelas minúcias e interessantes ao nosso estudo por corroborarem as nossas afirmativas, de que o espírito modela o corpo material, dando-lhe a forma adequada às necessidades da sua existência terrena, quer no que diz respeito à duração, quer ao modo de vida, expiação, provação ou reparação a passar.

Até hoje, o desenvolvimento do feto tem sido estudado apenas do ponto de vista material, diretamente em animais; todavia, com o progresso atual, cumpre estuda-lo também sob o ponto de vista espiritual, porquanto a evolução do mesmo sempre se fez sob a regência simultânea das leis materiais e espirituais.

O Reformador, órgão da Federação Espírita Brasileira, no nº 10, de outubro de 1941, sob a assinatura de Cristiano Agarido, publicou o seguinte:

 

Nota do blog: Cristiano Agarido era um dos nomes utilizados por Ismael Gomes Braga em seus artigos.

 “Na quinta e última das suas brilhantes conferências públicas contra a reencarnação, o Revmo. Padre Paul Siwek, S.J., refutou as reminiscências das vidas anteriores em crianças de menos de sete anos. Disse que a criança não sabe distinguir a verdade da ficção e brinca com tudo, por isso forma histórias longas e curiosas sobre um tempo em que teria sido grande, confundindo o passado com as suas aspirações do futuro. Em outros casos, são os interrogatórios de pessoas crentes na reencarnação que, involuntariamente, sugestionam a criança para falar de sua vida anterior, e a criança entra do domínio da ficção. Como prova disso, alega o orador o fato de serem muito mais frequentes tais relatos de crianças na Índia, onde todos creem na reencarnação, do que no Oriente, e mesmo aqui onde só se verificam entre os encarnacionistas.

Pensamos possuir uma prova em contrário.

Um dos nossos primos, cujos pais são católicos e não creem na reencarnação, relativa, aos cinco anos de idade, muitas coisas referentes à sua família anterior, aos seus filhos, um dos quais, o Manuel, teria sido assassinado. A família zombava da criança e a considerava um tanto anormal, por insistir nos mesmos relatos, apesar das repreensões. Isso durou uns dois anos. Afinal, foi esquecendo, e, segundo os pais, criando um pouco de senso. Hoje, de nada mais se lembra e acha ridículo pensar nisso.

Outro lado absolutamente típico ocorreu na família de nosso venerando amigo, pessoa cultíssima e digna de absoluta confiança, mas que não é reencarnacionista.

Não podemos privar-nos do prazer de resumir o caso, se bem não estejamos autorizados a publicar nomes nem lugares. Trata-se de uma senhorita que conta hoje 23 anos e que aqui chamaremos Helena, filha do nosso relator, cuja esposa ainda é viva e goza de boa memória. Chamaremos Francisco e Aída aos pais da jovem. Médico o nosso amigo e sua esposa assistiram à morte de uma pessoa muito querida, madrinha de um filho do casal, vitimada por tuberculose da laringe. Já nas vascas da agonia, falando penosamente, a moribunda prometeu à sua comadre amiga, Aída, que ao cabo de dez meses, estaria renascida como sua filha. Disse textualmente: “Sei que vou morrer, mas prepara-te para receber-me como tua filha, daqui a dez meses.”

- Sei que isso é possível, retorquiu Aída, mas de que modo poderemos verificar a verdade se tudo assim ocorrer? Como reconhecer que tu e a minha filhinha são o mesmo personagem?

- Quando a menina puder falar, ela te contará muitas coisas da minha vida atual.

Morre a comadre, e dez meses mais tarde, nasce Helena. Aos dois anos e meio de idade, começa a criança a cantar espontaneamente coisas da sua vida anterior. Conta à sua irmã maior, Carlota, que nada sabia da promessa da morta, que a carregara ao colo quando era grande e aquela era pequena, dizendo:

- Quando eu era grande e tu pequena, muitas vezes eu te carregava, Lota.

- Quando tu eras grande? Interroga Carlota, rindo.

- Naquele tempo eu não morava aqui, morava lá longe, onde tem muitas vacas e muitos bois e laranjeiras e animais parecendo cabras.

Era a descrição da residência dos da morta, no campo, a 20 quilômetros de distância da casa dos meus amigos. Ao chegarem à casa, Carlota relata ao pai as estranhas ideias da irmãzinha e este lhe diz:

- Minha filhinha, eu nunca morei lá onde tu dizes.

- É, mas naquele tempo eu tinha um outro pai, responde a pequena.

Outra irmãzinha diz, zombando:

- E tinhas lá uma negrinha, como esta que nós temos? Fazia referência a uma pretinha órfã, recolhida pelos meus amigos como filha adotiva. Helena não se embaraça e responde:

- Não, nossa negrinha já era grande, já cozinhava; mas tínhamos um negro pequeno, e quando ele não trazia água, papai batia nele.

- Nunca bati em negro algum, minha filhinha, observa o meu amigo.

- Mas era o outro pai quem batia – respondeu Helena.

- E depois, o que havia? – perguntou Francisco, o meu amigo.

- Ele me gritava: “Sinhazinha me acuda!”, e eu pedia a papai, e ele não batia mais, e o negrinho corria e ia buscar água na fonte.

- Ele apanhava água no rio? – interroga Francisco.

- Não tinha rio, ele ia à fonte.

- Quem era Sinhá ou Sinhazinha?

- Era eu mesma.

Outra criança pergunta – “Teu nome era Sinhá? Realmente, a família dava a Helena, na encarnação anterior, o nome íntimo de Sinhá.

- Era, mas eu tinha ainda outro nome, chamava-me Helena, e mais outro, de que não me lembro.

Além desses diálogos, toda a atividade intelectual da criança revelava a amiga morta. Lembrava-se de haver sofrido muita dor na garganta, de haver dormido em um rancho, onde apanhou um resfriado, que terminou pela longa enfermidade que a vitimou. Certa feita, pergunta abruptamente ao afilhado da morta: “Que fizeste, Carlos, com as duas vacas que te deixei quando eu era Sinhá?

Outra vez, vendo o silhão da sua mãe, Aída exclamou:

- “Este silhão (do blog: silhão: sela com estribo de um só lado, para a mulher) é igual ao que eu tinha quando eu era Sinhá.”

Na verdade, os dois silhões eram iguais e haviam sido comprados no mesmo dia.

Durante três anos e sete meses, Helena falava sobre a sua vida de quando era Sinhá. Reconheceu uma jovem afilhada da morta e disse sem hesitação: - “Tu eras minha afilhada.”

Damos aqui breve resumo de um longo relato, diante do qual todas as dúvidas e sofismas se desfazem como fumaça ao vento.

Bozzano, depois de uma sessão de voz direta, em que conversou com mortos queridos, como Eusápia Paladino e outros companheiros de estudos já desencarnados, disse: “- Todas as teorias, por melhor engendradas que pareçam, se desfazem como baboseira insensata, ao ouvirmos a voz conhecida de um íntimo, que nos fala com todos os seus modismos e idiossincrasias!!

Um só caso de reencarnação, nítido e indiscutível, como esse ocorrido em família amiga, lança por terra todos os sofismas seculares de filósofos negativistas. E, quão consolador é ficarmos sabendo – não só crendo – que teremos tempo de continuar os nossos trabalhos somente esboçados nesta rápida vida! Sabermos que todos os nossos erros ainda podem ser corrigidos!!

Felizmente, a reencarnação não será demolida pelas palavras e discursos errados dos homens!

Contra fatos não prevalecem conversas.”   

 

 Este fato, deveras importante faz lembrar o caso da menina mossoroense que correu para um “desconhecido”, um senhor respeitável, a chama-lo de filho, e que foi reprimida pela mãe, por estar com maluquices. Quanto se poderia obter se indagássemos da criança muito mais do que ela estava a revelar. Dir-se-á que assim era induzi-la a “inventar”; todavia, é fazendo referência a um ponto, na aparência sem importância, que somos levados a nos recordar de uma longa história cuja lembrança está adormecida na nossa memória.

O Revelador nº 8, de agosto de 1943, órgão do Departamento de Propaganda da União Federativa Espírita Paulista, transcreveu do jornal Além, de Portugal, um substancioso caso de reencarnação. Ei-lo:

“Alguém me sugeriu a ideia de relatar um fato comigo sucedido e, na verdade, muito para registrar em revistas espíritas, como subsídio importante para o estudo das reencarnações.

No ano de 1898, contando eu vinte e um anos, casei com uma menina que eu muito amava, Durante seis meses o nosso lar foi tranquilo. Apesar da atitude muito estranha de minha mulher, em cujo semblante raramente eu via um sorriso, nunca tive motivo para estar descontente. Até que certo dia, por causa fútil, estalou uma tempestade que muito me amargurou.

Não me exaltei, porquanto julguei que se tratava de um forte ataque de nervos. No dia seguinte, nova cena que terminou por estas duríssimas palavras que me aniquilaram:

- Chegou a hora de ser franca!.. Casei contigo pela insistência de minha mãe! Nunca te amei e foi contrariadamente que te recebi por marido!

É de calcular a dor que então sofri! Não proferi uma palavra... Recalquei o profundo desgosto que sofria, e voltei ao trabalho exaustivo que então desempenhava. Minha mulher encerrou-se num mutismo absoluto, e somente trocávamos algumas palavras durante qualquer recepção de visitas ou de pessoas de família. Até que certo dia, estando no escritório, despachando com o guarda-livros que me aconselhava calma, e pretendendo desviar-me de uma resolução sinistra, o telefone deu a seguinte notícia:

- Tua mulher foi vítima de um terrível desastre, e está sendo operada!..

Foi minha mãe quem me prevenira... Durante dois meses esteve entre a vida e a morte. Visitava-a no seu quarto particular duas vezes por semana e telefonava diariamente a saber do seu estado. Confesso que perdera toda a afeição por ela... A atitude dela autorizava a minha atitude. Quis ir morrer na nossa casa, segundo dizia. E certo dia, tomando-me o braço, disse, ao mesmo tempo que as lágrimas lhe corriam pelo rosto emaciado devido ao sofrimento atroz:

- Não quero morrer sem te pedir perdão!... Hoje que no meu espírito se fez uma luz de razão, reconheço que tenho sido injusta, cruel... e... não sei mais quê?... Não te amava, é certo; fiz sofrer o teu coração, de maneira que hoje me indigna!... Tens sido para mim tão dedicado e carinhoso desde que regressei ao nosso lar tão desolado. Perdoa-me! a

  Confesso, hoje, que chegou o momento de te dizer com lealdade: Amo-te!... Tens sido o marido que eu não merecia!... Não posso ajoelhar-me a teus pés... Confesso o meu arrependimento e permite que eu, com humildade, beije a tua mão e beije os teus lábios donde nunca saiu sequer uma palavra para me castigar.

Evidentemente que eu não devia recusar o perdão que me era solicitado; abracei-a e perdoei-lhe de todo o coração... Ela teve, durante um mês que lhe restou de vida, a mais terna e dedicada afeição, e nas suas últimas disposições mostrou bem quanto tinha de radical a revolução operada em seu espírito... E morreu serenamente, dizendo:

- Morro quando ia amar-te com toda a devoção da minha alma! Adeus!...

Certo dia ouvi o seguinte, ao erguer-me do leito:

- Vai hoje visitar o teu jazigo!...

Olhai em redor de mim... Não vi pessoa alguma no meu quarto. Duas vezes ouvi repetir a frase. Almocei; muni-me da chave do jazigo e fui ao Alto de S. João. Entrei... No único caixão que então lá estava, jazia o cadáver daquele que na minha vida fora tudo. Senti uma sonolência invencível... Instantes depois via forma vaporosa de uma figura que, pouco a pouco, se ia condensando, até que ficou perfeitamente nítida... Era a M.L., que eu conhecera na Terra, no seu porte gentil e elegante... Curvou-se sobre mim... Senti os mesmos carinhos com que ela o fizera momentos antes de morrer.

Perdoa-me!... Breve voltarei para junto de ti!...

Ouvi distintamente por três vezes esta frase que me comoveu estranhamente. Eu era espírita e, portanto, não me admirei do fato. Certa noite, via-a no meu quarto, sorridente, e repetindo sempre:

- Breve voltarei para junto de ti... Adeus!...

E nunca mais voltou...

Passaram-se dez anos. Minha mãe, instando sempre para eu casar e eu resistindo. Uma tarde, estando no jardim da Estrela, em Lisboa, comtemplando o grupo de crianças que brincava a pouca distância, sucedeu que a linda garota que havia já três domingos me sorria, sem dirigir uma palavra, caiu desastradamente... Corri a levantá-la.

Oh! Muito obrigada!... Muito obrigada!...

E ficamos grandes amigos... Nessa noite, numa reunião espírita familiar, recebi a seguinte e espontânea comunicação:

“Alegra-te! Aquela que foi tua mulher está já há anos sobre a Terra... Espera mais sete anos e casarás com ela!...

Contei o caso à minha mãe que se limitou a dizer:

- Seria muito mais prudente não acreditares nessas coisas.

Perdi de vista a minha amiguinha do jardim da Estrela. Passaram-se sete ou oito anos. Estando em Beja, tratando de assuntos da minha casa, e recolhendo-me ao hotel onde me alojava, deitei-me tranquilamente. O que sonhei eu?  Uma entrevista com a linda garotinha, que me dizia:

- Adeus, amiguinho! Há anos que te não vejo! Espero-te no jardim onde me conheceste! Tenho muito que falar contigo!

Num domingo, lá fui e – confesso – sem esperança de ver a menina. Qual não foi o meu espanto, quando, junto ao portão, me defrontei com uma bela jovem de dezoito ou dezenove anos, a qual, largando o braço da senhora em que se apoiava, correu direito a mim, ao mesmo tempo que exclamava: “Mamã! Mamã, ei-lo aqui!...

Era ela... Com grande pasmo da minha parte, abraçou-me e disse:

- Há quantos anos não nos vemos! Que imenso prazer! Parece que já o conheço há muito tempo!...

Daí a três meses estávamos noivos... Ela, ao dizer-lhe a mãe que eu tinha mais vinte anos do que a sua pessoa, disse logo:

- Desde os meus quinze anos só penso em casar com ele!...

Casamos... Quando me fui reunir com ela no aposento nupcial fui encontrá-la meio adormecida num maple e falando compassadamente:

- Realizou-se o meu querido sonho! Voltei a ser a tua querida mulherzinha! Verás como hei de amar-te! Lembraste do nosso encontro no cemitério? Ah! Como eu sofri quando fui vítima daquele terrível desastre! Sofreste muito por minha causa, querido amiguinho!... Disse que voltava para junto de ti, e voltei...

Acordei-a com muito cuidado... Despertou...

As suas palavras foram estas, quando a apertei nos meus braços, cheio da maior comoção:

- Onde te vi eu já, antes de nos encontrarmos no jardim, há sete ou oito anos?...

No dia seguinte contei-lhe tudo. Não se mostrou admirada. Já me tinha contado fatos da sua vida anterior... Cenas passadas somente entre nós dois, por exemplo, a sua estada no hospital, e tudo com detalhes nítidos e absolutamente exatos. Disse-me a hora certa de nascimento do nosso primeiro filho, e sexo.

Certo dia, quis ir ver o nosso jazigo de família. Entre os cinco caixões que lá estão, disse-me qual era o que continha os restos da que fora animada pelo seu espírito, e os sinais da pessoa...

Loira, rosada, um pequenino sinal no mento... chamava-me Maria Luiza nesse tempo...

- Mas se ela deve estar em decomposição, querida! Como é possível saber?...

- É certo! Mas eu vejo-a antes de ter morrido! Agora vamo-nos embora!

- Assim se fez a identificação sem eu lhes ter dado o menor índice que a auxiliasse. Há, também, frases que me garantem que se trata da sua anterior encarnação. Eis algumas delas:

- Quando eu morri da última vez, pedi perdão do muito do muito que te fiz sofrer! Agonizei numa cama muito larga com um dossel de cassa branco...

Era exatíssimo...

Pedi para me vestirem o vestido de casamento e deixarem no dedo a aliança... Com muita instância roguei que me acompanhassem até o cemitério... Não foi assim?

Também era verdade; e fez-se isso que ela pedira.

Escrito este depoimento, a pedido de um amigo, coisa alguma tenho a acrescentar e sinto-me satisfeito por ter redigido este relato – Assinado por J.A.M.

Antes de fazermos a nossa apreciação sobre narração, é mister um reparo. Não vemos razão para um espírita convicto esconder-se sob um pseudônimo ou simples iniciais, ao referir casos passados com ele próprio. Nada vemos que pudesse coloca-lo em posição vergonhosa perante a sociedade, até pode-se dizer, a sua atitude foi de um homem nobre, suportando com dignidade um tão doloroso sofrimento, de ouvir de forma brusca e sem rodeios a confissão da esposa de não amá-lo.

Quem analisar esta transcrição, sob o ponto de   puramente espírita, será levado a ver que o espírito, não tendo tido forças para vencer a antipatia ou talvez o ódio do homem ao qual estava ligado pelos laços do matrimônio, sofreu um acidente de consequências funestas, a fim de sentir mais de perto dedicação da esposo, e por ela despertar em si mesma o afeto, o amor, que deveria ter. E, assim, uma nova encarnação foi-lhe concedida para, ainda como esposa, resgatar, naturalmente, um passado triste, de lutas e ódios. Por tudo isso devemos dar graças a Deus.

De livro ‘O Problema do Ser, do Destino e da Dor’, de Léon Denis, transcrevemos os dois casos que damos a seguir:

 “A revista Filosofia dela Scienza, de Palermo, no número (?) de janeiro de 1911, publica, sobre um caso de reencarnação, uma narrativa do mais alto interesse, que resumimos aqui. É o chefe de família, na qual os acontecimentos se passaram, quem fala:

“Perdemos, a 15 de março de 1910, uma filhinha que minha mulher e eu adorávamos: em minha companheira o desespero foi tal que receei, um momento, perdesse a razão. Três dias depois da morte de Alexandrina, minha mulher teve um sonho em que acreditou ver a criança dizer-lhe: “Mãe, não chores mais, não te abandonei; eu não estou afastada de ti; ao contrário, eu tornarei a ti como filha.”

Três dias mais tarde, houve a repetição do mesmo sonho.

A pobre mãe, a quem nada podia atenuar a dor, e que não tinha nessa época noção alguma das teorias do espiritismo moderno, só encontrava nesses sonhos motivos para o reavivamento de suas penas. Certa manhã, em que se lamentava, como de costume, três pancadas secas se fizeram ouvir à porta do quarto em que nos achávamos. Crente da chegada de minha irmã, meus filhos, que estavam conosco, foram abrir a porta, dizendo: “Tia Catarina, entra.”

 A surpresa, porém, de todos, foi grande, verificando eu não havia ninguém atrás dessa porta nem na sala que a precedia. Foi então que resolvemos começar sessões de tiptologia, na esperança de que, por esse meio, talvez tivéssemos alguns esclarecimentos sobre o fato misterioso dos sonhos e das pancadas que tanto nos preocupam.

Continuamos nossas experiências durante três meses, com grande regularidade. Desde a primeira sessão, duas entidades se manifestaram; uma dizia ser minha irmã; a outra, a nossa cara desaparecida. Esta última confirmou, pela mesa, sua aparição pela mesa, sua aparição nos dois sonos de minha mulher, e revelou que as pancadas tinham sido dadas por ela. Repetiu ainda á sua mãe: “Não te consternes, porque nascerei de novo por ti e antes do Natal.” A predição foi acolhida por nós com tanto mais incredulidade, quanto um acidente, o que se seguiu uma operação (21 de novembro de 1909), tornara inverossímil nova concepção em minha mulher.

Entretanto, a 10 de abril, uma primeira suspeita de gravidez revelou-se nela. A 4 de Maio seguinte, nossa filha manifestou-se ainda pela mesa e nos deu novo aviso: “Mãe, há uma outra em ti.” Como não compreendêssemos esta frase, a outra entidade, que, parece, acompanhava nossa filha, confirmou-o, comentando-a assim: “A pequena não se engana: outro ser se desenvolve em ti, minha boa Adélia.”

As comunicações que se seguiram todas essas declarações e mesmo as precisaram, anunciando que as crianças que deviam nascer seriam meninas; que uma se assemelharia a Alexandrina, sendo, mesmo, mais bela do que tinha sido ela anteriormente.

Apesar da incredulidade persistente de minha mulher, as coisas pareciam tomar o rumo anunciado, porque, no mês de agosto, o Dr. Cordaro, parteiro reputado, prognosticou a gravidez de gêmeos.

A 22 de novembro de 1910 minha mulher deu à luz a duas filhinhas, sem semelhança entre si, reproduzindo uma, entretanto, em todos os seus traços, as particularidades físicas bem especiais que caracterizavam a fisionomia de Alexandrina, isto é, uma hiperemia do olho esquerdo, uma ligeira seborreia do ouvido direito, enfim uma dissemetria pouco acentuada da face.”  

 Em apoio de suas declarações, o Dr. Carmelo Samona trás os atestados de sua irmã Samona Gardini, do professor Wigley, de Mme. Mercantini, do marquês Natoli, da princesa Niscomi, do conde de Ranchieille, que todos iam ficando a par, à medida que elas se produziam, das comunicações obtidas na família do Dr. Carmelo Samona.”

 Eis o segundo caso:

 “M. Th. Jaffeux, advogado na Corte de Apelação de Paris, comunica-nos o seguinte fato (5 de março de 1911).

“Desde o começo de 1908, tinha como espírito-guia uma mulher que havia conhecido em minha infância e cujas comunicações apresentavam um caráter de rara precisão: nomes, endereços, cuidados médicos, predições de ordem familiar etc.

“No mês de junho de 1909, transmitiu essa entidade, da parte de Père Henri, diretor espiritual do grupo, o conselho de não prolongar indefinidamente a morada estacionária no espaço.

A entidade respondeu-me por essa ocasião: “Tenho a intenção de reencarnar: terei sucessivamente três reencarnações muito breves.”

Para o mês de outubro de 1909, anunciou-me espontaneamente que iria reencarnar em minha família, e designou-me o lugar dessa reencarnação: uma aldeia do departamento do Eure-et-Loire.

Eu tinha, com efeito, uma prima grávida nesse momento e fiz a pergunta seguinte:

- Por que sinal poderei reconhece-la?

R.: - Terei uma cicatriz de dois centímetros do lado direito da cabeça.”

A 15 de Novembro, disse a mesma entidade, que, no mês de janeiro seguinte, deixaria de vir, sendo substituída por outro espírito.

Procurei, desde esse instante, dar a essa prova todo o seu alcance, e nada me seria mais fácil, depois de ter feito documentar oficialmente a predição e de conseguir um certificado médico do nascimento da criança.

Infelizmente, encontrei-me na presença de uma família que manifestava hostilidade agressiva contra o espiritismo, estava desarmado.

No mês de janeiro de 1910, a criança nascia com uma cicatriz de dois centímetros do lado direito da cabeça. Ela tem atualmente quatorze anos.”

Grifamos as últimas frases das narrações feitas, alusivas à hiperemia, seborreia e dissimetria de Alexandrina e à cicatriz da outra criança, para despertar a atenção a atenção do leitor, visto como isso corrobora o que vimos afirmando, que são os espíritos que modelam os corpos de acordo com as necessidades de sua existência terrena, transmitindo aos mesmos todos os defeitos anteriores, dos quais não se tenham ainda depurado.

Quando vemos pessoas portadoras de manchas de sangue pelo corpo, especialmente no rosto e no pescoço, temos quase sempre a impressão que isso é o estigma de terem sucumbido com o corpo num charco de sangue em consequência de um suicídio ou de uma tragédia.

No romance mediúnico ‘Do Calvário ao Infinito’, ditado pelo espírito de Victor Hugo, encontramos uma passagem que parece confirmar esta nossa hipótese. Aqueles que não comungam das nossas ideias atribuem todas as causas físicas provenientes de acidentes por ocasião do parto ou no período da gestação, mas não compreendem que todos esses acontecimentos têm a sua origem exclusivamente no plano espiritual. Não existe acaso. Tudo tem a sua razão de ser.

No caso de Alexandrina, se tudo se reduzisse a causa de origem física, era natural que as crianças criadas ou melhor geradas na mesma ocasião, fossem semelhantes em tudo, o que não aconteceu. Eram duas gêmeas bem diferentes, conforme o relato feito. Não menos notável é o caso de gêmeas de sexo diferente.

Por ocasião de uma visita ao lar do nosso confrade e amigo Manoel Quintão, velho propagandista da Doutrina Espírita, tivemos oportunidade de conhecer um dos mais interessantes casos de reencarnação, como a revelação antecipada, e por isso, estando já em franca elaboração esta obra, pedimos-lhe que nos fornecesse todos os dados e permisso para fazer constar deste estudo tão notável contribuição.

Eis como de próprio punho nos historiou o fato:

“Em Janeiro de 1902, nasceu minha filha primogênita, Maria das Dores, na cidade de Vassouras.

Ainda lactante, acometida de bronquite, ficou-lhe, em consequência, uma afonia rebelde a todos os tratamentos.

Caráter vivo, inteligente, muito nos penalizava essa anomalia, que procurávamos combater por todos os meios.

Com alternativas de melhoras e clarões de esperança, Maria das Dores revelava loquacidade incomum, tudo compreendia, mas não timbrava as cordas vocais.

Certa feita, Bezerra de Menezes, em comunicação espontânea, dissera-nos que a menina ficaria boa até os sete anos, previsão esta que pareceu plausível ao saudoso facultativo Filgueiras Lima.

Assim crescendo, entre cuidados e premissas de completo restabelecimento, dava provas de madureza espiritual que surpreendiam pela agudeza e alcance dos conceitos quando do imprevisto.

Pelo Natal de 1906, minha mulher vê em sonho a figura de Bezerra de Menezes, que lhe anuncia a cura de nossa filha para o dia da Natividade de Nossa Senhora (8 de setembro). Sonho bizarro e nítido, de um belo simbolismo, que aqui omitimos por economia de espaço, foi ele comentado com todas as minúcias e coloridos, à mesa do confrade e então vizinho Antônio Lima, onde festejávamos o 1º de janeiro de 1907.

A 7 de Setembro desse ano, levei Maria das Dores a assistir à parada militar na Avenida Rio Branco, em fase construtiva, e do regresso ao lar, notei que ela se resfriava e tossia, assaz angustiada.

À noite, declarou-se febre alta, que se agravou no dia 8 e, a 9 pela manhã, não houve como evitar o desenlace.

Decepção tremenda! Foi a esposa de Lima que nos lembrou o sono: “Ontem, dizia, foi o dia da Natividade...”

Mas, como? Era isso que significava “ficar boa”? Como podiam os Espíritos zombar da boa-fé humana, por iludi-la? E a premissa dos sete anos? Tudo mistificação a desvendar.

Neste sentido, todas as tentativas se baldaram. As explicações mediúnicas verificadas eram contraditórias, abstrusas e não raro ridículas, a ponto de nos levarem quase à descrença.

Um dia, porém, levado, mau grado meu, a assistir a uma sessão das chamadas de magia branca, foi-me espontaneamente dito que a filha não completara a etapa e voltaria a reencarnar-se em meu lar.

Não dei, claro, maior importância ao vaticínio. Seria mais uma burla burlesca... A verdade, porém, é que, dentro em breve, era eu a sonhar o desengaste de uma estrela do firmamento azul, por acompanhar-lhe a queda e a transformação em nuvem, da qual saiu correndo, a precipitar-se nos braços, a pranteada Maria das Dores. Este sonho, de uma vivacidade impressionante, coincidiu com a gravidez de minha mulher, desfechada com o nascimento, a 15 de agosto de 1908, de uma linda menina a que dei o nome de Maria da Luz, por já ter outra filha com o nome de Maria da Glória, que a efeméride lhe indicava. (Sempre fui e sou mariólatra e disso não me arrependo). Esta Maria da Luz era em tudo uma segunda Maria das Dores, senão no físico, no espiritual. A mesma precocidade, a mesma loquacidade, e, não já afonia, mas um timbre de voz melódica que enfeitiçava a toda gente. Com dois anos, apenas, era de ver-se como cantava e exprimia, em jogo fisionômico e ademanes graciosos, partituras de opereta em voga...

Por vezes, tinha rasgos de admirável lucidez. Certa feita, intimando-a a beijar-me a mão, diz: “Você não é meu pai, é meu irmão.”

Doutra feita, ouvi que dizia a outra menina, aliás mais velha, apontando o céu estrelado, que aquelas luzes não eram luzes e sim que lá havia casas e gente. A objeção de que não podia saber tal coisa, respondeu que “lá tinha estado e voltado”.

No dia em que completou dois anos, ao calçar lhe uns sapatinhos de presente, depois de beijar-me ficou sisuda, e disse que era melhor fôssemos embora; e, quando lhe perguntamos para onde, alçou o indicador e disse: “para o céu”...

Esses sapatinhos, ela não mais os deixou; fazia questão de adormecer com eles e soia repetir que lhe não daríamos outros...

Esta e muitas outras singularidades seriam suficientes para deixar entrever algo extraordinário, se à Providência não prouvesse velar-nos o futuro, com poupança de antecipadas e inúteis angústias.

Assim que, em fins de outubro, isto é, dentro de dois meses, o sarampo nos visitava o lar. Todos os filhos o tiveram, mas só a da Luz sucumbira aos efeitos de complicação pneumônica.

E fazia questão de lhe conservarem os sapatinhos de aniversário, a propósito dos quais apontara o caminho do céu.    

A mágoa remanescente do seu desenlace não se comparava em profundez e intensidade a que me deixara a Maria das Dores.

Essa conformação natural dava-me o que pensar; às vezes, sugeria-me remorsos e eu para iludir-me quereria atribuí-la ao prolongado sofrimento da querida vítima.

Até que um dia, quando menos o esperava, recebi do espírito de Bezerra a confirmação de que nunca me enganara: que confrontasse, não apenas episódios identificadores de dois avatares, mas até as próprias datas, para concluir que a dos Dores e a da Lua eram um só e mesmo ser, cujo resgate se operaria dentro do prazo de sete anos.”

 Nesta narração não encontramos apenas comunicações por meio de sessões, mas também sonhos simbólicos avisando uma reencarnação.

Dos fatos narrados neste capítulo, à exceção do acontecido em Portugal, que nos parece um tanto romântico, os outros tem a características da simplicidade, e, mais anda, trazem os nomes de algumas pessoas, o que torna fácil de identificar, dando-lhes assim um subido valor.

Vimos que não prevalece a asserção de eu só nos lares espíritas acontecem tais fatos, e estamos certos que, se o respeito humano, o preconceito religioso não fizesse calar muita gente, uma notável contribuição teríamos de casos ocorridos entre pessoas inscientes, indiferentes e até adversos ao Espiritismo.

Neste capítulo reunimos apenas as narrações de fatos referentes a reencarnações, avisadas previamente, de modo indiscutível e provados posteriormente, para demonstrar que isso pode acontecer em casos especiais, quando a Misericórdia Divina assim o quer. Não nos cabe investigar como e porque, nem apresentar hipótese agora, todavia, podemos afirmar, é uma Verdade,

Todos os fatos espíritas podem ser classificados em duas categorias: espontâneos e provocados.

ESPONTÂNEOS: são todos os que ocorrem de modo imprevisto e independente da vontade dos circunstantes habitantes da Terra.

PROVOCADOS: são todos quantos sucedem em consequência de nossas tentativas.

Os espontâneos têm sempre um cunho de autenticidade indiscutível, e são tão evidentes e categóricos que só a malícia humana pode encontrar meios de negá-los ou falseá-los.     

Os provocados sempre apresentam algo de falho. Isso é natural. É a consequência de desconhecermos as leis que os regem, e a nossa presunção de querer impor condições para que eles se produzam de tal ou qual forma.

Por esse motivo, vemos, nos momentos em que todas as probabilidades parecem contribuir para o melhor êxito, haver insucessos, e, quando tudo vaticina um fracasso, obter-se o mais admirável resultado satisfatório.

Os fenômenos espíritas são sempre a resultante de vários fatores heterogêneos e homogêneos, agindo em sincronia. Local, meio ambiente, temperatura, variações atmosféricas constituem os heterogêneos. Identidade de sentimentos, igualdade de ideal, harmonia de vibrações consideramos os homogêneos.

Certa vez, no Rio Grande do Norte, fazíamos experiências de desenvolvimento de médiuns, quando um senhor, já idoso, respeitável, pelo ótimo conceito em que era tido, compareceu à nossa casa pouco antes dos trabalhos serem iniciados, e insistiu em presenciá-los. Desejava convencer-se, segundo afirmou, pois nada havia até então encontrado que lhe satisfizesse. Tudo fizemos para dissuadi-lo de ficar. Explicamos cortesmente que estávamos em fase de experiências e que seria mais uma decepção a fortalecer a sua descrença. Havia ainda a agravante de tudo nos parecer indiciar insucesso. Mas... com surpresa inaudita para nós foram tais os fenômenos produzidos, com cunho de extraordinária identificação e dos espíritos manifestantes, que o nosso amigo saiu fazendo uma propaganda pomposa e bombástica do Espiritismo.

Ficamos a pensar... quanto tempo talvez ficam os espíritos a trabalhar no espaço para poderem, no momento propício, produzir o fenômeno desejado! E é bem possível também, que por ignorância da nossa parte, destruamos todo o esforço dos mesmos, na ocasião em que iam realizar a sua obra.

Não acontece o mesmo na Terra? Nós plantamos, cuidamos, limpamos o terreno das ervas daninhas e livramos os rebentos das pragas para obtermos boa colheita, e quantas vezes a geada não aniquila o nosso trabalho?

Os fatos apresentados foram espontâneos. Tem a vantagem de não deixar dúvidas. Deste modo, podemos asseverar que servem de atestado irrecusável de ser uma verdade a Reencarnação.

Deixamos para derradeiro o fato ocorrido no lar do nosso amigo e confrade Manoel Quintão, como reservamos sempre para o fim da refeição o melhor prato, a sobremesa mais saborosa. Ele tem a virtude de ser proveniente de um elemento conhecidíssimo em todo o país, já pela firmeza de sua fé, já por ser um dos mais antigos e probos propagandistas da Doutrina Espírita.

Se um só fato fosse apresentado neste capítulo, serviria como afirmativa de que a reencarnação se poderia dar, mas... foram vários, minuciosos e comprovadores, e são os próprios espíritos que ensinam, a razão confirma, a lógica deduz, e os fatos demonstram que a Lei das Vidas Sucessivas é uma Verdade.

Terminando este capítulo, convidamos os estudiosos, amigos sinceros de verdade, libertos de preconceitos, a não investigarem apenas os fenômenos, mas, acima de tudo, deduzirem as suas consequências. É nelas principalmente que se assenta a necessidade de divulgarmos quanto antes, e por todos os meios, os ensinos da Nova Revelação, pois na época em que vivemos tudo progrediu, menos as religiões. Os seus sacerdotes, aferrados ao comodismo de uma vida faustosa, parasita e homenageada, empregam todos os recursos lícitos ou ignóbeis para impedir a evolução das ideias novas.  

A ambição cega dos sacerdotes, o orgulho dos cientistas compenetrados de terem atingido o cume da sabedoria, não lhes deixam ver a verdade do conselho de Gamaliel, quando os apóstolos compareceram perante o Sinédrio: “- Deixai esses homens em paz. Antes deles outros andaram pelo mundo a pregarem doutrinas tidas como verdadeiras, e onde estão elas? Quem ainda se lembra dos seus fundadores? Extinguiram-se porque não eram obra de Deus. Assim, deixai que eles continuem a pregar a sua Doutrina. Se ela for de Deus, nada poderá destruí-la, mas se for apenas dos homens, por si mesma será destruída. Tende cuidado, porque senão sereis acusados pelo Tribunal Divino de estardes trabalhando contra Deus.” (Atos dos Apóstolos, Capítulo 5, vv. 33-42)

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