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domingo, 14 de julho de 2019

A Figueira Estéril




A Figueira Estéril                 

13,6 Disse-lhes também esta comparação: “-Um homem havia plantado uma figueira na sua vinha e, indo buscar fruto, não o achou. 
13,7  Disse ao viticultor: -Eis que há 3 anos venho procurando fruto nesta figueira, e não o acho. -Corta-a! -Para que ainda ocupa inutilmente o terreno? 
13,8  Mas o viticultor respondeu: -Senhor, deixa-a ainda este ano. Eu lhe cavarei ao redor e lhe darei adubo. 
13,9  Talvez depois disso dê fruto: Caso contrário, cortá-la-ei!”

          Para Lc (13,6-9) - A Figueira Estéril - leiamos a Antônio Luiz Sayão, em   “Elucidações Evangélicas” (ed. FEB):

            “Facilmente se apreende o sentido desta parábola, com a qual, sobretudo, o que Jesus teve  em mira foi por em evidência a longanimidade do Senhor e a assistência caridosa e devotada que incansavelmente nos dispensam os Espíritos prepostos à nossa guarda e progresso.

            Assim, segundo a parábola, aquele que se mostra rebelde às inspirações do seu anjo de guarda, ingrato à sua dedicação, indiferente ao auxílio que lhe presta, insensível a todos os benefícios que recebe; aquele que se obstina em viver contrariamente aos ditames da moral, sem dar, pelas provas por que passa, os frutos que devia produzir, é como a figueira que, apesar de todos os cuidados do agricultor, do auxílio que lhe dispensa, do adubo que lhe põe, permanece estéril, sem frutificar. Tem que ser cortada e retirada do campo onde fora plantada, pois que a sua permanência ali acabaria por prejudicar as outras plantas.

            Contudo, o agricultor, benévolo, paciente e desejoso sempre de vê-la produzir, não a corta logo; contenta-se em podá-la, na esperança de que, fortalecida assim a seiva que ainda lhe dá vida e que se acha como que adormecida, ela venha a se cobrir de frutos.

            Poda-a, pois, revolve-lhe a terra em derredor, chega-lhe em abundância estrume novo e espera.

            Verificando, por fim, que nada obteve, que estéril como era a árvore se conserva, manda cortá-la e lançá-la ao fogo, para que não continue a ocupar, junto das que abundantemente produzem, um lugar que pode ser ocupado por outra também produtiva.

            É o que faz conosco o Senhor.

            Ele nos faculta todos os recursos e meios de levarmos a efeito a nossa salvação, ou redenção, tendo chegado a enviar-nos o seu Filho bem amado, para nos mostrar, palmilhando-o até ao cume do Gólgata, Ele que nada tinha de que se remir, o caminho que à redenção conduz.

            Se, porém, apesar de tudo isso, perseverarmos na pratica do mal, temos que ser apartados da companhia daqueles que progridem, regenerando-se, para sermos lançados no fogo das torturas morais proporcionadas ao nossos delitos e crimes e das encarnações em mundos onde mais acerbos são os sofrimentos, até que, despertada a nossa consciência - a seiva espiritual que nos alimenta o ser - nos disponhamos à purificação dos nossos sentimentos, tornando-os, desse modo, dignos de receber, como co-herdeiros que somos, a parte que nos caiba da herança que Ele, o Pai Celestial, instituiu para todos os seus filhos, sem exceção.”


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