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terça-feira, 26 de março de 2019

A oferta de uma viúva



A Oferta de uma Viúva

Mc 12,41  Jesus sentou-se defronte da caixa de esmolas e observava como o povo colocava dinheiro nela; muitos ricos depositavam grandes quantias...
12,42  chegando um pobre viúva, lançou duas pequenas moedas de valor e pequeno. 12,43  E  Ele  chamou  seus  discípulos  e disse-lhes:  “ -Em verdade vos digo, esta pobre viúva ofertou mais do que todos os que depositaram na caixa; 
12,44  porque todos colocaram do que tinham em abundância; esta, porém, pôs da sua indigência, tudo o que tinha para o seu sustento.”
        
         Em “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, de A. Kardec, lemos, em seu cap. XIII, o trecho que segue, para Mc (12,41-44):
                  
            “Muitas pessoas lamentam não poderem fazer tanto bem quanto o gostariam, por falta de recursos suficientes, e se desejam a fortuna é, dizem elas, para dela fazerem um bom uso. A intenção é louvável sem dúvida, e pode ser muito sincera em alguns; mas é certo que seja em todos completamente desinteressada? Não há aqueles que, desejando mesmo fazer o bem aos outros, estariam bem contentes em começar a fazê-lo a si mesmos, de se darem algumas alegrias a mais, de se proporcionarem um pouco um pouco do supérfluo que lhes falta, sob a condição de darem o resto aos pobres? Essa segunda intenção, dissimulada, mas que encontrariam no fundo do coração se quisessem nele rebuscar, anula o mérito da intenção, porque... a verdadeira caridade pensa nos outros antes de pensar em si.”

            Para Mc (12,43) - A Oferta de uma Viúva - leiamos “Livro da Esperança” de Emmanuel por Chico Xavier:

            Abracemos, felizes, as atividades obscuras que a vida nos reserve. Grande é o sol que sustenta os mundos e grande é a semente que nutre os homens.

            Engenheiros planificam a estrada, consultando livros preciosos no gabinete e, a breve tempo, larga avenida pode surgir da selva. Entretanto, para que a realização apareça, tarefeiros abnegados removem estorvos do solo e transpiram no calçamento.

            Urbanistas esboçam a planta de enorme edifício, alinhando traços nobres, ante a mesa tranquila e é possível que arranha-céu se levante, pressuroso, acolhendo com segurança numerosas pessoas. Todavia, afim de que a obra se erga, esfalfam-se lidadores suarentos, na garantia dos alicerces.

            Técnicos avançados estruturam as máquinas que exaltam a industria e, com elas, é provável se eleve o índice da evolução de povos inteiros. No entanto, para que isso aconteça, é indispensável que operários valorosos exponham as próprias vidas, junto de fornos candentes de ferro e aço.

            Negociantes de prol arregimentam os produtos da terra e por eles, conseguem formar a economia e o sustento de grandes comunidades. Mas semelhante vitória comercial exige que anônimos semeadores chafurdem as mãos no limo da gleba.

            Não perguntes “quem sou eu?”, nem digas “-nada valho!”.

            Honremos o serviço que invariavelmente nos honra, guardando-lhe fidelidade e ofertando-lhe as nossas melhores forças, ainda mesmo quando se expresse, através de ocupação, supostamente esquecida na retaguarda.

            Nos princípios que regem o Universo, todo trabalho construtivo é respeitável. Repara esse dispositivo da Lei Divina funcionando em ti próprio.

            Caminha e pensas de cabeça içada à glória do firmamento, contudo, por ti mesmo, não avançarás para a frente, sem a humildade dos pés.”

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