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quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Confissões...



Confissões...
Reformador (FEB) Outubro 1958

            Abaixo transcrevemos pequeno trecho extraído do livro "Doutrina Espírita", edição da FEB:

            “Enviuvando em 1881, Catarina Fox ficou com seus dois filhos órfãos, e, então, começaram a aparecer-lhe as lutas previstas numa comunicação que recebera em 1873, que assim dizia:

            “Quando vierem as sombras a envolver-te, ao acabar teus dias, pensa no lugar da luz.

            Em 1876, a ela se reuniu a sua irmã Margarida Fox Kane, em Londres, e juntas continuaram alguns anos, até que houve uma disputa entre a mais velha, Léa, e as duas irmãs, tentando aquela tomar-lhe os filhos, sob a alegação de que as duas irmãs se davam a bebidas.

            Influenciada pelo Cardeal Manning, Margarida, por promessas de dinheiro ou com o fim de ferir indiretamente à sua irmã Léa, excitada pelo álcool e pela raiva (do mesmo modo por que Home se deixou influenciar por algum tempo de que as suas faculdades eram maléficas), confessou, em publicações pelo “New York Herald”, durante os meses de Agosto e Setembro de 1888, que todos os fenômenos eram uma farsa.

            Em Outubro desse mesmo ano de 1888, Catarina foi para Nova lorque, reunindo-se à irmã. Nessa ocasião queixou-se de Léa haver tentado retirar-lhe os filhos e acusou-a de invejar lhe as faculdades mediúnicas.

            Depois de quarenta anos de exibições públicas, sem a mínima compreensão do dom mediúnico, penosa se tornou a situação das irmãs.

            Como não lhe pagassem a quantia combinada pelo escândalo que ela provocou com a sua declaração pelo “New York Herald”, Margarida, em companhia de Catarina, apresentou-se em 21 de Outubro de 1888 no Salão de Música de Nova Iorque, literalmente cheio, onde reafirmou a sua reputação de médium, com a produção de ruídos, e, em Novembro, Catarina escreveu uma carta à Sra. Cootell, em Londres, carta que foi publicada em “Light”, em 1888, página 619. Nessa missiva, Catarina censurava o procedimento de Margarida, por haver acusado o Espiritismo.

            Eis que, em 20 de Novembro de 1889, a imprensa novaiorquina publicava novas declarações de Margarida, que dizia haver propalado falsidades por motivos inconfessáveis. Nas suas entrevistas e declarações, que foram presenciadas por várias testemunhas, entre as quais o Sr. O'Sullivan, ministro dos Estados Unidos em Portugal durante vinte e cinco anos, há trechos como estes:

            “Faço a presente retratação não só inspirada em meus próprios sentimentos de verdade e justiça, mas também estimulada pelos Espíritos que usam do meu organismo, apesar do bando de traidores que me fizeram promessas de felicidade e riqueza em troca dos meus ataques ao Espiritismo, promessas que se tornaram enganosas... Foi uma vergonha o que fez comigo Frank Stechen, que, depois de se encher de dinheiro, como meu empresário, me deixou em Boston sem um cêntimo...”

            Léa, todavia, sempre compreendeu melhor que suas irmãs aqueles fenômenos. Percebeu a finalidade religiosa daqueles movimentos e deixou-nos um magnífico livro destinado a sobreviver a toda a literatura espírita, editado em Nova lorque, por Knox & Co., em 1885.

            As irmãs Catarina Fox Jencken e Margarida Fox Kane faleceram no último decênio do século XIX e suas mortes foram extremamente tristes, vítimas que foram das más influências que delas se apoderaram, expondo-as ao ridículo com as falsas informações que lhes davam, aliás, como hoje sabemos, resultantes sempre do mau emprego da faculdade mediúnica.


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