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sexta-feira, 12 de abril de 2013

Embainha a tua espada



Embainha tua espada

Embainha tua espada ... "  Jesus em João, 18:11.



            A guerra foi sempre o terror das nações.

            Furacão de inconsciência, abre a porta a todos os monstros de iniquidade por onde se manifesta. O que a Civilização ergue, ao preço dos séculos laboriosos de suor, destrói com a fúria de poucos dias.

            Diante dela, surgem o morticínio e o arrasamento, que compelem o povo à crueldade e à barbaria, através das quais aparecem dias amargos de sofrimento e regeneração para as coletividades que lhe aceitaram os desvarios.

            Ocorre o mesmo, dentro de nós, quando abrimos luta contra os semelhantes ...

            Sustentando a contenda com o próximo, destruidora tempestade de sentimentos nos desarvora o coração. Ideais superiores e aspirações sublimes longamente acariciados por nosso espírito, construções do presente para o futuro e plantações de luz e amor, no terreno de nossas almas, sofrem desintegração e desabamento, porque o desequilíbrio e a violência nos fazem tremer e cair nas vibrações do egoísmo absoluto que havíamos relegado à retaguarda evolutiva.

            Depois disso, muitas vezes devemos atravessar aflitivas existências de expiação para corrigir as brechas que nos aviltam o barco do destino, em breves momentos de insânia ...

            Em nosso aprendizado cristão, lembremo-nos da palavra do Senhor: - “-Embainha a tua espada.”

            Alimentando a guerra com os outros, perdemo-nos nas trevas exteriores, esquecendo o bom combate que nos cabe manter em nós mesmos.

            Façamos a paz com os que nos cercam, lutando contra as sombras que ainda nos perturbam a existência, para que se faça em nós o reinado da luz.

            De lança em riste, jamais conquistaremos o bem que desejamos.

            A cruz do Mestre tem a forma de uma espada com a lâmina voltada para baixo.

            Recordemos, assim, que, em se sacrificando sobre uma espada simbólica, devidamente ensarilhada, é que Jesus conferiu ao homem a bênção da paz, com felicidade e renovação.

Emmanuel
por Chico Xavier
in Reformador (FEB) Fevereiro 1955





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