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quinta-feira, 19 de novembro de 2015

Mediunidade Latente


            Causa-nos pena ver certas criaturas, dotadas de apreciável vitalidade, a par de uma mediunidade incipiente que, por ignorância, preconceito religioso ou má vontade, se descuram de exercitar, decorrendo, para elas, em consequência, sérios prejuízos de ordem moral e física, além de privar muita gente necessitada de seus benefícios.

            Geralmente, essas criaturas padecem de inquietações, provenientes da própria mediunidade desprezada ou ignorada, São impacientes, irritadiças e de difícil trato. Vivem a se queixarem de enfermidades que, as mais das vezes, só existem nos próprios Espíritos ignorantes ou maus que as envolvem e lhes incutem tais pensamentos enfermiços.

            Em nossas reuniões mediúnicas, tivemos oportunidade de libertar algumas criaturas de supostas enfermidades, depois da doutrinação dos Espíritos que as afligiam. E subsequente desenvolvimento de suas faculdades medi únicas, juntamente com o estudo metódico das obras kardequianas, fortaleceu lhes o bem-estar geral.

            A causa das perturbações a que acima aludimos, por parte dessas criaturas, prende-se ao fato de elas não movimentarem grande soma de fluidos de que são possuidoras, em direção ao Bem. Assim, esses fluidos, estagnados por falta de dispersão, no sentido de aliviar, confortar, ensinar e curar os que sofrem, que é a sua finalidade precípua, congestionam o sistema nervoso de seus detentores, propiciando o avizinhamento de Espíritos infelizes que os arrastam, assim, à perturbação. Muita vez, essas criaturas são levadas, ainda, a se chafurdarem no lodaçal dos vícios ou à criminalidade, e, não raro, à demência, quando são enleadas por entidades espirituais perversas e pertinazes.

*

            A mediunidade é um dom que Deus concedeu às suas criaturas, a fim de se reabilitarem, através de sua prática honesta e desinteressada, de seus erros de passadas existências, concorrendo, ainda, para a elevação espiritual de seus semelhantes. Ninguém a conspurca ou a relega, impunemente. Segundo a Doutrina Espírita, os seus portadores responderão pelo uso que dela fizerem.

            Por isso, quando defrontarmos com indivíduos desavisados, com indícios de mediunidade, não titubeemos em esclarecê-los quanto à necessidade de seu desenvolvimento, e encaminhá-los para uma sociedade espírita idônea, onde possam receber toda a assistência de que carecem.

            Assim procedendo, estaremos contribuindo - e disso temos muitos exemplos - para que essas criaturas não venham a ser vítimas de quedas morais em virtude de alguma obsessão, ou vítimas da loucura, da qual o Espiritismo é o imunizador por excelência.

Mediunidade Latente
Demetri Abrão Nami

Reformador (FEB) Agosto 1961

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