Quem guardar a Minha palavra, nunca verá a
morte...
8,38 Eu falo o que vi junto de meu Pai; e vós fazeis o que aprendestes de vosso pai.
8,39 Nosso pai, replicaram eles,
é Abraão. Disse-lhes
Jesus: “ -Se fosseis filhos de Abraão, faríeis as obras de Abraão.
8,40 Mas, agora, procurais tirar-Me a vida, a Mim que vos falei a verdade que ouvi de Deus! Isto Abraão não fez!
8,40 Mas, agora, procurais tirar-Me a vida, a Mim que vos falei a verdade que ouvi de Deus! Isto Abraão não fez!
8,41 -Vós fazeis as obras de Vosso Pai, replicaram-Lhe eles. -Nós não
somos filhos do acaso; mas temos um só Pai, Deus!
8,42 Jesus replicou: “-Se Deus fosse vosso Pai,
vós me amaríeis, porque Eu saí de Deus.
É Dele que Eu provenho, porque não vim
de mim mesmo, mas foi Ele que me enviou
8,43
Por que não entendeis a Minha linguagem? Por não poderdes ouvir a Minha
palavra.”
Para
Jo (8,43), -Por
que não entendeis a minha
linguagem? - tomemos
“Fonte Viva” (Ed. FEB) de Emmanuel por Chico Xavier:
“A linguagem do Cristo sempre se
afigurou a muitos aprendizes indecifrável e estranha.
Fazer todo o bem possível, ainda
quando os males sejam crescentes e numerosos. Emprestar sem exigir retribuição.
Desculpar incessantemente. Amar os próprios adversários. Ajudar aos caluniadores a aos maus.
Muita
gente escuta a boa nova, mas não lhe penetra os ensinamentos.
Isso ocorre a muitos seguidores do
Evangelho, porque se utilizam da força mental em outros setores. Creem
vagamente no socorro celeste, nas horas de amargura, mostrando, porém, absoluto
desinteresse se ante o estudo e ante a aplicação das leis
divinas.
A
preocupação da posse lhes absorve a existência. Reclamam o ouro do solo, o pão
do celeiro, o linho usável. o equilíbrio da carne, o prazer dos sentidos e a
consideração social, com tamanha volúpia que não se recordam da posição de
simples usufrutuários do mundo em que se encontram, e nunca refletem na
transitoriedade de todos os patrimônios materiais, cuja função única é a de
lhes proporcionar adequado clima ao trabalho na caridade e na luz, para
engrandecimento do espírito eterno.
Registram os chamamentos do Cristo,
todavia, algemam furiosamente a atenção aos apelos da vida primária. Percebem,
mas não ouvem. Informam-se, mas não entendem.
Nesse campo de contradições, temos
sempre respeitáveis personalidades humanas e, por vezes, admiráveis amigos.
Conservam no coração enormes potenciais de bondade, contudo, a mente deles vive
empenhada no jogo das formas perecíveis. São preciosas estações de serviço
aproveitável, com o equipamento, porém, ocupado em atividades mais ou menos
inúteis.
Não nos esqueçamos, pois, de que é sempre
fácil assinalar a linguagem do Senhor, mas é preciso apresentar-lhe o coração
vazio de resíduos da Terra, para receber-lhe, em espírito e verdade, a palavra divina.”
Quem Guardar a Minha
Palavra, nunca verá a Morte.
8,44 “ -Vós tendes como pai um espírito
do mal e quereis fazer os desejos de vosso pai.
Ele era homicida desde o princípio e não permaneceu na verdade, porque a
verdade não está nele. Quando mente, fala do que lhe é próprio, porque é
mentiroso.
8,45 mas Eu, porque vos digo a verdade, não me credes.
8,45 mas Eu, porque vos digo a verdade, não me credes.
8,46
Quem de vós Me acusará de pecado? Se vos falo a verdade, por que não Me
credes?
8,47 Quem é de Deus, ouve as palavras de Deus, e, se vós não as ouvis,
é porque não sois de Deus.”
8,48
Responderam então os judeus: -Não dizemos com razão que és samaritano e que
estás possuído de um espírito mal?
8,49 Respondeu-lhes Jesus: “ -Eu não estou
possuído, mas, sim, honro a meu Pai. Vós, porém me ultrajais!
8,50 Não busco a
Minha glória. Há quem a busque e Ele fará
justiça.
8,51 Em verdade, em
verdade vos digo, se alguém guardar a minha palavra não verá jamais a morte”
Para Jo (8,51), -Quem guardar a Minha palavra, nunca verá a morte - tomemos
“Conduta Espírita” (Ed. FEB), de André Luiz:
“Conduta Espírita perante a desencarnação...
-Resignar-se
ante a desencarnação inesperada do parente ou do amigo, vendo nisso a
manifestação da Sábia Vontade que nos comanda os sentidos. Maior resignação,
maior prova de confiança e entendimento.
-Dispensar aparatos, pompas e
encenações nos funerais de pessoas pelas quais se responsabiliza, abolir o uso
de velas e coroas, crepes e imagens, e conferir ao cadáver o tempo preciso de
preparação para o enterramento ou a cremação. Nem todo Espírito se desliga
prontamente do corpo.
-Emitir para os companheiros
desencarnados, sem exceção, pensamentos de respeito, paz e carinho, seja qual
for a sua condição. A caridade é dever para todo clima.
-Proceder
corretamente nos velórios, calando anedotário e galhofa em torno da pessoa
desencarnada, tanto quanto cochichos impróprios ao pé do corpo inerte. O
companheiro recém desencarnado pede, em palavras, a caridade da prece ou do
silêncio que o ajudem a refazer-se.
-Desterrar de si quaisquer
conversações ociosas, tratos comerciais ou comentários impróprios nos enterros
a que comparecer. A solenidade mortuária é ato de respeito e dignidade humana.
-Transformar
o culto da saudade, comumente expresso no oferecimento de coroas e flores, em
donativos às instituições assistenciais, sem espírito sectário, fazendo o mesmo
nas comemorações e homenagens a desencarnados, sejam elas pessoais ou gerais. A
saudade somente constrói quando associada ao labor do bem.
-Ajuizar
detidamente as questões referentes a testamentos, resoluções e votos, antes da
desencarnação, para não experimentar
choques prováveis, antes
inesperadas incompreensões de parentes e
companheiros. O corpo que morre não se refaz.
-Aproveitar a oportunidade do sepultamento
para orar, ou discorrer sem afetação, quando chamado a isso, sobre a
imortalidade da alma e sobre o valor da existência humana. A morte exprime
realidade quase totalmente incompreendida na Terra.”