Libertemo-nos
André Luiz por Chico Xavier
Reformador (FEB) Março 1951
O
homem, na essência, é um espírito imortal, usando a vestimenta da carne
transitória.
A
existência regular no corpo terrestre é uma série de alguns milhares de dias -
átomos de tempo na Eternidade - concedidos à criatura para o aprendizado de
elevação.
A
Crosta do Mundo é o campo benemérito, onde cada um de nós realiza a sementeira
do próprio destino.
A
ciência é o serviço do raciocínio, erguendo a escola do conhecimento.
A
filosofia é o sistema de indagação que ajuda a pensar.
A
religião, porém, é a bússola brilhante, indicando, desde a Terra, o caminho da
ascensão divina.
Todos
nós somos herdeiros da Sabedoria Infinita e do Amor Universal.
Entretanto, sem o arado do trabalho, com que
possamos adquirir os valores inalienáveis da experiência, prosseguiremos
colados ao seio maternal do Planeta, na condição de lesma preguiçosa.
Não
repouses, assim, à frente do dia rápido.
Abre
os ouvidos à sinfonia do bem, que se derrama em toda parte.
Abre
os olhos à contemplação da verdade que regenera e santifica.
Abre
a mente aos ideais superiores que refundem a existência.
Abre
os braços ao serviço salutar.
Abre
o verbo à exaltação da bondade e da luz.
Abre
as mãos à fraternidade, ajudando a todos.
Abre,
sobretudo, o coração ao amor que nos redime, convertendo-nos fielmente em
companheiros do Amigo Sublime das Criaturas, que partiu do mundo, de braços
abertos na cruz, oferecendo-se à Humanidade inteira.
Cada
inteligência tocada pela claridade religiosa, nas variadas organizações da fé
viva, é uma estrela que se encarcera, nos remanescentes da ignorância e do
egoísmo, no caminho terrestre...
Liberta-te,
pois, e sobe à luz prodigiosa do píncaro, a fim de iluminares a marcha daqueles
mais necessitados que tu mesmo, na jornada de aperfeiçoamento e libertação.
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