O Testemunho de Jesus
8,12 Falou-lhe, outra vez, Jesus: “ -Eu sou a luz do
mundo; Aquele que me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida.”
8,13
A isso, os fariseus Lhe disseram: -Tu dás testemunho de Ti mesmo; Teu
testemunho não é digno de fé.
8,14 Respondeu-lhes Jesus: “ -Embora Eu dê
testemunho de Mim mesmo, o Meu testemunho é digno de fé, porque sei donde vim e
para onde vou
8,15 Vós julgais segundo a aparência; Eu não julgo ninguém.
8,16 E, se julgo, o
Meu julgamento é conforme a verdade, porque não estou sozinho mas, comigo, está
o Pai que Me enviou.
8,17 Ora, na vossa
lei está escrito:
“O testemunho de duas
pessoas é digno de fé.(Deut 19,15)”
8,18
Eu dou testemunho de mim mesmo; e Meu Pai, que Me enviou, o dá também.”
8,19 Perguntaram-Lhe: -Onde está Teu Pai? Respondeu Jesus: “ -Não conheceis nem
a Mim, nem a Meu Pai. Se Me conhecêsseis, certamente conheceríeis também a meu
Pai” 8,20 Estas palavras proferiu Jesus
ensinando no Templo, junto aos cofres de esmola. Mas, ninguém o prendeu, porque
ainda não era chegada a Sua hora.
Para Jo
(8,12) -Aquele
que me segue não andará em trevas
- leiamos “Fonte Viva”, (Ed. FEB) de Emmanuel por
Chico Xavier:
“Há quem admire a glória do Cristo.
Mas a admiração pura e simples pode transformar-se em êxtase inoperante.
Há
quem creia nas promessas do Senhor. Todavia, a crença só por si pode gerar o
fanatismo e a discórdia.
Há quem defenda a revelação de Jesus.
Entretanto, a defesa considerada isoladamente pode gerar o sectarismo e a
cegueira.
Há quem confie no Divino Mestre.
Contudo, a confiança estagnada pode ser uma força inerte.
Há quem espere pelo Eterno
Benfeitor. No entanto, a expectativa sem trabalho pode ser ansiedade inútil.
Há quem louve o Salvador. Louvor exclusivo,
porém, pode coagular a adoração improdutiva.
A palavra do Enviado Celeste, entretanto, é
clara e incisiva: “-Aquele que me segue
não andará em trevas”.
Se te afeiçoaste ao Evangelho não te
situes por fora do serviço cristão. Procuremos o Senhor, seguindo-lhe os
passos. Somente assim estaremos com o Cristo, recebendo-lhe a excelsa luz.”
Para o
mesmo versículo de João, Emmanuel, por Chico
Xavier, retorna em “Vinha de Luz”:
“Há crentes que se não esquivam às
imposições do culto exterior.
Reclamam a genuflexão e o público
trovejante, de momento a momento.
Preferem outros o comentário
leviano, acerca das atividades gerais da fé religiosa, confiando-se a querelas
inúteis ou barateando os recursos divinos.
A multidão dos seguidores, desse
tipo, costuma declarar que as atitudes externas e as discussões doentias
representam para ela sacrossanto dever; contudo, tão logo surgem inesperados
golpes do sofrimento ou da experiência na estrada vulgar, precipita-se em
sombrio desespero, recolhendo-se em abismos sem esperança.
Nessas
horas cinzentas, os aprendizes sentem-se abandonados e oprimidos, mostrando a
insuficiência interna. Muitos se fazem relaxados nas obrigações, afirmando-se
desprotegidos de Jesus ou esquecidos do Céu.
Isso ocorre, porém, porque não
ouviram a revelação divina, qual se faz necessário.
O Mestre não prometeu claridade à
senda dos que apenas falam e creem. Assinou, no entanto, real compromisso de
assistência contínua aos discípulos que o seguem. Nesse passo, é importante
considerar que Jesus não se reporta a lâmpadas de natureza física, cujas
irradiações ferem os olhos orgânicos. Assegurou a doação de luz da vida.
Quem
efetivamente se dispõe a acompanhá-lo, não encontrará tempo a gastar com exames
particularizados de nuvens negras e espessas, porque sentirá a claridade eterna, dentro de si mesmo. Quando
fizeres, pois, o costumeiro balanço de tua fé, repara, com honestidade
imparcial, se estás falando apenas do Cristo ou se procuras seguir-lhe os passos, no caminho comum.”
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