domingo, 15 de janeiro de 2017

O Maior Mandamento


O   Maior Mandamento

22,34   Sabendo os fariseus que Jesus reduzira ao silêncio os saduceus, reuniram-se,
22,35  E um deles, doutor das leis, fez-Lhe esta pergunta para pô-Lo à prova:
22,36 -Mestre, qual é o maior mandamento da Lei?
22,37 Respondeu Jesus: “Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda  a  tua  alma  e  de  todo  o teu  espírito.(Deut 6,5) 
22,38  Este é o maior e o primeiro mandamento
22,39  E o segundo, semelhante a este, é  "Amarás teu próximo como a ti mesmo." (Lev 19,18)
22,40  Nesses dois mandamentos se resumem toda a Lei e os Profetas.”

            Para Mt (22,34-40), O Maior Mandamento - leiamos “O Evangelho...”, de Kardec, Cap. XI:

            “...“Amar ao próximo como a si mesmo; fazer para os outros o que quereríamos que os outros fizessem por nós,” é a mais completa expressão de caridade, porque resume todos os deveres para com o próximo. Não se pode ter guia mais seguro, a  esse respeito, que tomando por medida, do que se deve fazer para os outros, o que se deseja para si. Com que direito se exigiria dos semelhantes mais de bons procedimentos, de indulgência, de benevolência e de devotamento do que se as tem para com eles? A prática dessas máximas tende à destruição do egoísmo; quando os homens as tomarem por normas de sua conduta e por base de suas instituições, compreenderão a verdadeira fraternidade e farão reinar, entre eles, a paz e a justiça; não haverá mais nem ódios nem dissenções, mas união, concórdia e benevolência mútua.”

            No Cap. XV, lemos:

            “Caridade e humildade, tal é, pois, o único caminho da salvação; egoísmo e orgulho, tal o da perdição. Esse princípio está formulado em termos precisos nestas palavras: - Amareis a Deus de toda a vossa alma e ao vosso próximo como a vós mesmos: toda a lei e os profetas estão contidos nesses dois mandamentos -. E para que não haja mais equívoco sobre a interpretação do amor de Deus e do próximo, ajunta: -E eis o segundo mandamento que é semelhante ao primeiro; quer dizer, que não se pode verdadeiramente amar a Deus sem amar ao próximo, nem amar ao próximo sem amar a Deus; portanto, tudo o que se faz contra o próximo se faz contra Deus. Não podendo amar a Deus sem praticar a caridade com o próximo, todos os deveres do homem se encontram resumidos nesta máxima: FORA DA CARIDADE NÃO HÁ SALVAÇÃO.

            Emmanuel  nos legou a seguinte mensagem, inserida em “Caminho, Verdade e Vida”, também para Mt (22,39) -A Regra Áurea:
           
            “Incontestavelmente, muitos séculos antes da vinda do Cristo já era ensinada no mundo a Regra Áurea, trazida por embaixadores de sua sabedoria e misericórdia. Importa esclarecer, todavia, que semelhante princípio era transmitido com maior ou menor exemplificação de seus expositores.

            Diziam os gregos:  “Não façais ao próximo o que não desejais receber dele.”

            Afirmavam os persas: “Fazei como quereis que se vos faça.”

            Declaravam os chineses: “O que não desejais para vós, não façais a outrem.”

            Recomendavam os egípcios: “Deixai passar aquele que fez aos outros o que desejava para si.”

            Doutrinavam os hebreus: “O que não quiserdes para vós, não desejeis para o próximo.”

            Insistiam os romanos: “A lei gravada nos corações humanos é amar os membros da sociedade como a si mesmo.”

            Na antiguidade, todos os povos receberam a lei de ouro da magnanimidade do Cristo.

            Profetas, administradores, juízes e filósofos, porém, procederam como instrumentos mais ou menos identificados com a inspiração dos planos mais altos da vida. Suas figuras apagaram-se no recinto dos templos iniciáticos ou confundiram-se na tela do tempo em vista de seus testemunhos fragmentários.

            Com o Mestre, todavia, a Regra Áurea é a novidade divina, porque Jesus a ensinou e exemplificou, não com virtudes parciais, mas em plenitude de trabalho, abnegação e amor, à claridade das praças públicas, revelando-se aos olhos da Humanidade inteira.”   


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