domingo, 15 de janeiro de 2017

Os Saduceus e a Ressurreição


Os Saduceus e a Ressurreição         

  22,23  Naquele mesmo dia, os saduceus, que negavam a ressurreição, interrogavam-nO. 
22,24  Mestre, Moisés disse: Se um homem morrer sem filhos, seu irmão deve casar-se com a viúva e dar-lhe, assim uma posteridade (Deut 25,5)
22,25  Ora, havia entre nós sete irmãos: O primeiro casou-se e morreu. Como ainda não tinha filhos, deixou sua mulher para seu irmão.
22,26  O mesmo sucedeu ao segundo, depois ao terceiro, até o sétimo.
22,27  Por sua vez, depois deles todos, morreu também a mulher.
22,28  No plano espiritual de qual dos sete será a mulher, uma vez que todos a tiveram?
22,29  Respondeu-lhes Jesus: “Errais, não compreendendo as escrituras nem o poder de Deus.   
22,30  No plano espiritual, os homens não terão mulheres nem as mulheres maridos; mas serão como os anjos de Deus no céu. 22,31  Quanto à ressurreição dos mortos, não lestes o que Deus vos disse?
22,32 “Eu sou o Deus de Abraão, o Deus de Isaac e o Deus de Jacó.” (Ex3,6). Ora, Ele não é o Deus dos mortos mas o Deus dos vivos!”    
22,33  E, ouvindo esta doutrina, as turbas se enchiam de grande admiração!

         Para Mt (22,32), -Deus não é dos mortos...  -   encontramos a chave em “Pão  Nosso”, de Emmanuel por Chico Xavier:

            “Considerando as convenções estabelecidas em nosso trato com os amigos encarnados, de quando em quando nos referimos à vida espiritual utilizando a palavra “morte” nessa ou naquela sentença de conversação usual. No entanto, é imprescindível entendê-la, não por cessação e sim por atividade transformadora da vida.

            Espiritualmente falando, apenas conhecemos um gênero temível de morte - a da consciência denegrida no mal, torturada de remorso ou paralítica  nos despenhadeiros que marginam a estrada da insensatez e do crime.

            É chegada a época de reconhecermos que todos somos vivos na Criação Eterna.

            Em virtude de tardar semelhante conhecimento nos homens, é que se verificam grandes erros. Em razão disso, a igreja católica romana criou, em sua teologia, um céu e um inferno artificiais; diversas coletividades das organizações evangélicas protestantes apegam-se à letra, crentes de que o corpo, vestimenta material do Espírito, ressurgirá um dia dos sepulcros, violando os princípios da Natureza, e inúmeros espiritistas nos têm como fantasmas de laboratório ou formas esvoaçantes, vagas e aéreas, errando indefinidamente.

            Quem passa pela sepultura prossegue trabalhando e, aqui, quanto aí, só existe desordem para o desordeiro. Na Crosta da Terra ou além de seus círculos, permanecemos vivos invariavelmente.

            Não te esqueças, pois, de que os desencarnados não são magos, nem adivinhos. São irmãos que continuam na luta de aprimoramento. Encontramos a morte tão somente nos caminhos do mal, onde as sombras impedem a visão gloriosa da vida.


            Guardemos a lição do Evangelho e jamais esqueçamos que Nosso Pai é Deus dos vivos imortais.”

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