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‘As
Vidas
Sucessivas’
por Adauto de Oliveira Serra
Livraria Editora da Federação Espírita Brasileira
1943
MAETERLINCK
O livro de Mauricio Maeterlinck intitulado "A Morte", tem sua
tradução portuguesa feita pelo ilustre filólogo Dr. Cândido de Figueiredo, e foi
editado em 1917 por A. M. Teixeira – Lisboa. Consta o volume de cerca de
trezentas páginas.
Abramo-lo
na pág. 159 e já nos sentiremos satisfeitos quanto à opinião que faz
Maeterlinck a cerca dos fenômenos espíritas, e sobretudo da reencarnação:
"Entretanto, já é muito o sabermos
que ainda não foi destruída absolutamente, por investigações rigorosamente
científicas, uma teoria que altera radicalmente a ideia que fazíamos da morte".
Convidamos,
pois, a todos os de boa vontade a estudar conosco a reencarnação, não como um
dogma impositivo, mas como principio doutrinário digno de reflexão e análise,
como uma filosofia que consola e edifica.
Demos
a palavra ao próprio autor de "A Morte", para que discorra sobre a
transmiqração das almas:
"Não se pode negar que, de todas as hipóteses
religiosas, a reencarnação é a mais plausível e aquela que menos briga com a
nossa razão. Tem por si, o que não é para depreciar, o apoio das religiões mais
antigas e mais universais, as que, incontestavelmente, têm ministrado à humanidade
maior soma de sabedoria, e cujas verdades e mistérios ainda não conseguimos
esgotar".
"Na
realidade, toda a Ásia, donde nos proveio quase tudo que sabemos, sempre
acreditou, e acredita ainda, na transmigração das almas".
Annie
Besant, o apóstolo notável da teosofia nova, disse com muita justeza:
-
"Não há doutrina filosófica, que
tenha atrás de si passado tão magnífico, tão repassado de intelectualidade,
como a doutrina da reencarnação. Não as há, que tenham por si, como ela, o peso
da opinião dos homens mais sábios; não há nenhuma, como declarou Max Müller, a cerca
da qual tão completamente tenham concordado os maiores filósofos da humanidade.”
Aqui
termina a opinião de Annie Besant, que Maeterlinck endossa, reproduzida nas págs.
78 e 79. Logo adiante, pág.80, fazendo um estudo comparativo da justiça reencarnacionista,
diz Maeterlinck que a reencarnação
"é incomparavelmente superior à justiça do
céu bárbaro e do monstruoso inferno dos cristãos, em que eternamente se recompensam
ou punem virtudes ou pecados, muita vez pueris, inevitáveis ou fortuitos".
Falando sobre a pluralidade das existências,
diz Maeterlinck, à pags. 188:
"Nunca houve crença mais bela, mais justa,
mais pura, mais moral, mais fecunda, mais consoladora, e, até certo ponto, mais
verossímil".
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