Caridade
por Arnaldo S. Thiago Reformador (FEB) Novembro 1921 (trechos)
Alma vincada de vícios, de deformidades, de abjeções não pode ter caridade; se algum bem pratica, se a alguma obra pia (ah! essas obras pias da igreja pequena!) se consagra, é por vaidade, ostentação de virtude inexistente... seja lá pelo que for, nunca, porém, por espírito de caridade, a lídima caridade cristã.”
“A caridade fora da qual não há salvação é a do Cristo, não esse triste simulacro em que se comprazem os vaidosos e orgulhosos de toda espécie... salvo raras exceções, raríssimas: as exceções sempre confirmam as regras...”
Curai
os enfermos! O imperativo é, este caso, categórico. Para curar enfermos não basta
fundar hospitais, casas de saúde, asilos, à moda do clero: lúgubres mansões
onde se deposita seres humanos, para servirem à curiosidade uns, ao exame
científico de outros: objeto de recreação ou cobaias...
Curar enfermos, no
sentido evangélico, segundo o ensinamento e o exemplo do Mestre, é ter a
superioridade espiritual necessária para operar por si mesmo essas curas, como
Jesus praticava e o puderam praticar seus discípulos, possuídos daquela virtude
da caridade que é a quintessência do amor ao próximo. Essas curas nem mesmo são
do as de ordem mediúnica, de que se fazem tantas vaidades e ostentações incabíveis,
porquanto o agente de tal curas não é o homem, que aparece, mas o Espirito...”
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