terça-feira, 22 de setembro de 2020

Jesus promete o consolador

 


Jesus promete o Consolador /

Resumo da Doutrina Espírita     

 14,15 “-Se Me amais, guardareis os Meus mandamentos. 

14,16  E, Eu rogarei ao Pai e Ele vos dará um outro Consolador para que fique convosco para sempre. 

14,17  É o Espírito de Verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê nem o conhece; mas vós o conhecereis porque permanecerá convosco e estará em vós. 

14,18  Não vos deixarei órfãos! Voltarei a vós! 

14,19  Ainda um pouco de tempo e o mundo já não Me verá. Vós, porém, Me tornareis a ver, porque vós vereis que Eu vivo e que vós vivereis.

14,20 Naquele dia conhecereis que estou em Meu Pai e vós em Mim e Eu em Vós.  

14,21 Aquele que tem os Meus mandamentos e os guarda, esse é que Me ama e, aquele que Me ama, será amado por meu Pai, e Eu o Amarei e manifestar-Me-ei a Ele. 

14,22 Perguntava-Lhe Judas, não o Iscariotis: - Senhor, por que razão hás de manifestar-Te a nós e não ao mundo? 

14,23 Respondeu-lhe Jesus: “ -Se alguém Me ama, guardará a minha palavra e Meu Pai o amará e nós viremos a Ele, e nele faremos nossa morada 

14,24 Aquele que não Me ama, não guarda as Minhas palavras. A palavra que tendes ouvido não é Minha, mas sim do Pai que Me enviou. 

14,25  Disse-vos essas coisas enquanto estou convosco, 

14,26  mas, o Consolador que o Pai enviará em Meu nome, ensinar-vos-á todas as coisas e vos recordará tudo o que vos tenho dito.”

            Leiamos  “O Evangelho...”, de Kardec,  Cap VII:

             “Jesus  promete um outro Consolador: O Espírito de Verdade. Se, pois, o Espírito de Verdade deve vir mais tarde ensinar todas as coisas, é que o Cristo não disse tudo; se ele vem recordar aquilo que o Cristo disse, é porque isso foi esquecido ou mal compreendido.”

            Segue Kardec:

            “O Espiritismo vem, no tempo marcado, cumprir a promessa do Cristo.”

            “O Espiritismo vem abrir os olhos e os ouvidos, porque fala sem figuras e sem alegorias; ele ergue o véu deixado propositadamente sobre certos mistérios, vem, enfim, trazer uma suprema consolação aos deserdados da Terra e a todos aqueles que sofrem, dando uma causa justa e um fim útil a todas as dores.”

             “O Espiritismo dá uma fé inabalável no futuro, e a dúvida pungente não mais se abate sobre sua alma; fazendo-o ver do alto, a importância das vicissitudes terrestres se perde no vasto  e esplêndido horizonte que ele descortina, e a perspectiva da felicidade que o espera lhe dá a paciência, a resignação e a coragem de ir até o fim do caminho.”

            Para  Jo (14,16) -Ele vos dará outro Consolador para que fique convosco para sempre -, tomemos “Segue-me!”, de Emmanuel por Chico Xavier:

                “Na condição daquele Consolador prometido por  Jesus à Humanidade, o Espiritismo, sem dúvida, atingirá todas as consciências. Entretanto, à frente das múltiplas interpretações que se lhe imprimem nos mais variados núcleos humanos, de que modo esperar o cumprimento da promessa do Cristo?

            Nesse sentido recordemos os primórdios da Codificação Kardequiana. Preocupado com o mesmo assunto, Allan Kardec formulou a Questão nº 789, de  “O Livro dos Espíritos”, à qual os seus instrutores Espirituais, solícitos, responderam:

            Certamente que o Espiritismo se tornará crença geral e marcará nova era na história da Humanidade, porque está na natureza e chegou o tempo em que ocupará lugar entre os conhecimentos humanos. Terá, no entanto, que sustentar grandes lutas, mais contra o interesse do que contra a convicção, porquanto não há como dissimular a existência de pessoas interessadas em combatê-lo, umas por amor-próprio, outras por causas inteiramente materiais. Porém, como virão a ficar insulados, seus contraditores se sentirão forçados a pensar como os demais, sob pena de se tornarem ridículos.

            Certifiquemo-nos, pois, de que, na difusão dos princípios espíritas, estamos todos em luta do bem para a extinção do mal e de que ninguém alcançará a suspirada vitória sem a vontade de aprender e a disposição de trabalhar.”

                   Do livro “Espiritismo - Noções Gerais, Conceito e História”, de Flávio Dezorzi, reproduzimos este excelente - Resumo Da Doutrina Espírita-, síntese do que acreditamos e do que procuramos exercitar:

             “O conteúdo da Doutrina Espírita pode, sem se limitar, ser resumido nos seguintes tópicos:

 1. Crença em Deus - Existe um Deus único, eterno, imutável, imaterial, onipotente, soberanamente bom e justo, criador do Universo e de todos os seres e matérias existentes.

2. Existência de um mundo espiritual - Existe um mundo espiritual que é o mundo normal, coexistindo com o mundo corpóreo ou físico, em que vivemos.

3. Imortalidade da alma - A alma do homem é um espírito encarnado que sobrevive após a morte do corpo físico, é eterna e indestrutível.

4. Pluralidade das existências - Ao longo de vidas sucessivas o espírito faz uso de diferentes corpos através das várias reencarnações necessárias a seu progresso moral e intelectual.

5. Existência de espírito, perispírito e corpo físico - O homem é constituído por três elementos fundamentais:  a) o corpo físico ou material, do qual se utiliza para movimentar-se no mundo corpóreo; b) o espírito eterno, imortal e indestrutível, que sobrevive após a morte; c) o perispírito, liame intermediário de natureza semi-material, elemento de transição entre o espírito e o corpo físico.

6. Os espíritos foram criados iguais - Os espíritos foram criados por Deus iguais e para progredirem individualmente através das vidas sucessivas. As diferentes classes de espíritos, ou seja, puros, superiores ou inferiores, são conseqüência do progresso individual, em decorrência do uso do livre arbítrio permitido por Deus.  

7. Pluralidade de mundos habitáveis - Existem no universo infinitos mundos habitáveis, que servem de morada ao homem, conforme seu estágio evolutivo. Dentro dessa escala de mundos, a Terra se constitui em um planeta de expiação e provas, havendo mundos ainda inferiores e mundos superiores, ditos felizes e celestiais.

8. A finalidade do homem é o progresso - As diferentes existências corpóreas do espírito são para sua evolução; são sempre progressivas e nunca regressivas; porém, o progresso individual depende do esforço de cada um, conforme o uso particular de seu livre-arbítrio.

9. Livre-arbítrio - Criado por Deus, o homem foi por Ele dotado de livre-arbítrio, isto é, de consciência individual e liberdade de escolha dos procedimentos de vida.

10. Coexistência dos mundos material e espiritual - Os espíritos, quando encarnados, habitam as crostas dos diferentes globos do universo. Quando desencarnados, habitam regiões do espaço extrafísico, segundo leis de afinidade ou merecimento, coexistindo continuamente com o mundo físico.

11. Os espíritos são uma das forças da natureza -  Os espíritos desencarnados constituem uma das forças da natureza e, como tal, exercem influência sobre o mundo corpóreo em que vivemos.

12. Intercâmbio entre os mundos físico e espiritual - As comunicações mediúnicas são o meio de intercâmbio e inter-relação entre o mundo físico e o espiritual e se constituem em fenômeno natural.

13. A hierarquia espiritual é exercida pela superioridade moral - A superioridade entre os espíritos é exercida pela ascendência moral; assim, os espíritos superiores exercem superioridade moral sobre os inferiores, sendo esta a única forma de hierarquia existente.

14. Os médiuns são instrumentos de intercâmbio - Os médiuns são instrumentos de comunicação dos espíritos e, por seu intermédio, é que se torna possível a comunicação entre os dois planos.

15. As manifestações dos espíritos podem ser espontâneas ou provocadas - Os espíritos se manifestam espontaneamente ou mediante evocação e são atraídos segundo leis de afinidade ou necessidades de esclarecimento de um ou outro plano.

16. Os espíritos se identificam pela linguagem- Nas comunicações mediúnicas, a linguagem empregada pelos espíritos comunicantes, digna e nobre, ou grosseira e inferior, benévola ou malévola, erudita ou ignorante, é um meio segura de se distinguir a natureza destes e até  mesmo identificá-los.

17. Cristo é o exemplo máximo - A moral dos espíritos superiores se resume na moral do Cristo, contida em seu Evangelho.

18. Não existe Céu e Inferno - Não existem faltas irremissíveis, nem o Céu ou o Inferno preconizados pelas religiões; cada espírito resgata suas faltas, cumpre suas penas ou aufere recompensas através de suas vidas sucessivas.

19. A morte é a passagem para uma outra vida - A morte ou a desencarnação transfere o homem para outro plano, porém não lhe confere prosperidade espiritual. Apenas o livra dos entraves do corpo físico, aviva-lhe os sentimentos e o torna mais consciente de sua verdadeira personalidade e dos atos praticados. Envolve-o, na erraticidade, em estados de sofrimento ou harmonia, segundo a própria consciência.

20. O destino supremo é a perfeição - O destino final do homem é a perfeição e seu tempo de vida é eternidade.

 

 

                                


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