Jesus promete o Consolador /
Resumo da Doutrina Espírita
14,16 E, Eu rogarei ao Pai e Ele vos dará um outro Consolador para que fique convosco para sempre.
14,17 É o Espírito de Verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê nem o conhece; mas vós o conhecereis porque permanecerá convosco e estará em vós.
14,18 Não vos deixarei órfãos! Voltarei a vós!
14,19 Ainda um pouco de tempo e o mundo já não Me verá. Vós, porém, Me tornareis a ver, porque vós vereis que Eu vivo e que vós vivereis.
14,20 Naquele dia conhecereis que estou em Meu Pai e vós em Mim e Eu em Vós.
14,21 Aquele que tem os Meus mandamentos e os guarda, esse é que Me ama e, aquele que Me ama, será amado por meu Pai, e Eu o Amarei e manifestar-Me-ei a Ele.
14,22 Perguntava-Lhe Judas, não o Iscariotis: - Senhor, por que razão hás de manifestar-Te a nós e não ao mundo?
14,23 Respondeu-lhe Jesus: “ -Se alguém Me ama, guardará a minha palavra e Meu Pai o amará e nós viremos a Ele, e nele faremos nossa morada
14,24 Aquele que não Me ama, não guarda as Minhas palavras. A palavra que tendes ouvido não é Minha, mas sim do Pai que Me enviou.
14,25 Disse-vos essas coisas enquanto estou convosco,
14,26 mas, o Consolador que o Pai enviará em Meu nome, ensinar-vos-á todas as coisas e vos recordará tudo o que vos tenho dito.”
“Jesus promete um outro Consolador: O Espírito de Verdade. Se, pois, o Espírito de Verdade deve vir mais tarde ensinar todas as coisas, é que o Cristo não disse tudo; se ele vem recordar aquilo que o Cristo disse, é porque isso foi esquecido ou mal compreendido.”
Segue Kardec:
“O Espiritismo vem, no tempo
marcado, cumprir a promessa do Cristo.”
“O Espiritismo vem abrir os olhos e
os ouvidos, porque fala sem figuras e sem alegorias; ele ergue o véu deixado
propositadamente sobre certos mistérios, vem, enfim, trazer uma suprema
consolação aos deserdados da Terra e a todos aqueles que sofrem, dando uma
causa justa e um fim útil a todas as dores.”
“O Espiritismo dá uma fé inabalável no
futuro, e a dúvida pungente não mais se abate sobre sua alma; fazendo-o ver do
alto, a importância das vicissitudes terrestres se perde no vasto e esplêndido horizonte que ele descortina, e
a perspectiva da felicidade que o espera lhe dá a paciência, a resignação e a
coragem de ir até o fim do caminho.”
Para Jo (14,16) -Ele vos dará outro Consolador para que fique convosco para sempre -, tomemos “Segue-me!”, de Emmanuel por Chico Xavier:
“Na condição daquele Consolador prometido por Jesus à Humanidade, o Espiritismo, sem dúvida, atingirá todas as consciências. Entretanto, à frente das múltiplas interpretações que se lhe imprimem nos mais variados núcleos humanos, de que modo esperar o cumprimento da promessa do Cristo?
Nesse sentido recordemos os
primórdios da Codificação Kardequiana. Preocupado com o mesmo assunto, Allan
Kardec formulou a Questão nº 789, de “O
Livro dos Espíritos”, à qual os seus instrutores Espirituais, solícitos,
responderam:
Certamente
que o Espiritismo se tornará crença geral e marcará nova era na história da
Humanidade, porque está na natureza e chegou o tempo em que ocupará lugar entre
os conhecimentos humanos. Terá, no entanto, que sustentar grandes lutas, mais
contra o interesse do que contra a convicção, porquanto não há como dissimular
a existência de pessoas interessadas em combatê-lo, umas por amor-próprio,
outras por causas inteiramente materiais. Porém, como virão a ficar insulados,
seus contraditores se sentirão forçados a pensar como os demais, sob pena de se
tornarem ridículos.
Certifiquemo-nos, pois, de que, na
difusão dos princípios espíritas, estamos todos em luta do bem para a extinção
do mal e de que ninguém alcançará a suspirada vitória sem a vontade de aprender
e a disposição de trabalhar.”
Do livro “Espiritismo - Noções Gerais, Conceito e História”, de Flávio Dezorzi, reproduzimos este excelente - Resumo Da Doutrina Espírita-, síntese do que acreditamos e do que procuramos exercitar:
2. Existência
de um mundo espiritual - Existe
um mundo espiritual que é o mundo normal, coexistindo com o mundo corpóreo ou físico,
em que vivemos.
3. Imortalidade
da alma - A
alma do homem é um espírito encarnado que sobrevive após a morte do corpo
físico, é eterna e indestrutível.
4.
Pluralidade das existências
- Ao longo de vidas sucessivas
o espírito faz uso de diferentes corpos através das várias reencarnações
necessárias a seu progresso moral e intelectual.
5.
Existência de espírito, perispírito e corpo físico
- O homem é constituído por
três elementos fundamentais: a) o corpo
físico ou material, do qual se utiliza para movimentar-se no mundo corpóreo; b)
o espírito eterno, imortal e indestrutível, que sobrevive após a morte; c) o
perispírito, liame intermediário de natureza semi-material, elemento de
transição entre o espírito e o corpo físico.
6. Os
espíritos foram criados iguais - Os espíritos foram criados por Deus iguais
e para progredirem individualmente através das vidas sucessivas. As diferentes
classes de espíritos, ou seja, puros, superiores ou inferiores, são
conseqüência do progresso individual, em decorrência do uso do livre arbítrio
permitido por Deus.
7.
Pluralidade de mundos habitáveis - Existem no universo infinitos mundos
habitáveis, que servem de morada ao homem, conforme seu estágio evolutivo.
Dentro dessa escala de mundos, a Terra se constitui em um planeta de expiação e
provas, havendo mundos ainda inferiores e mundos superiores, ditos felizes e
celestiais.
8. A finalidade do homem é o progresso
- As diferentes existências
corpóreas do espírito são para sua evolução; são sempre progressivas e nunca
regressivas; porém, o progresso individual depende do esforço de cada um,
conforme o uso particular de seu livre-arbítrio.
9.
Livre-arbítrio - Criado
por Deus, o homem foi por Ele dotado de livre-arbítrio, isto é, de consciência
individual e liberdade de escolha dos procedimentos de vida.
10.
Coexistência dos mundos
material e espiritual -
Os espíritos, quando
encarnados, habitam as crostas dos diferentes globos do universo. Quando
desencarnados, habitam regiões do espaço extrafísico, segundo leis de
afinidade ou merecimento,
coexistindo continuamente com o mundo físico.
11. Os
espíritos são uma das forças da natureza -
Os espíritos desencarnados constituem uma das forças da natureza e, como
tal, exercem influência sobre o mundo corpóreo em que vivemos.
12. Intercâmbio
entre os mundos físico e espiritual - As comunicações mediúnicas são o meio
de intercâmbio e inter-relação entre o mundo físico e o espiritual e se
constituem em fenômeno natural.
13. A
hierarquia espiritual é exercida pela superioridade moral - A superioridade
entre os espíritos é exercida pela ascendência moral; assim, os espíritos
superiores exercem superioridade moral sobre os inferiores, sendo esta a única
forma de hierarquia existente.
14. Os
médiuns são instrumentos de intercâmbio - Os médiuns são instrumentos de
comunicação dos espíritos e, por seu intermédio, é que se torna possível a
comunicação entre os dois planos.
15. As
manifestações dos espíritos podem ser espontâneas ou provocadas - Os
espíritos se manifestam espontaneamente ou mediante evocação e são atraídos
segundo leis de afinidade ou necessidades de esclarecimento de um ou outro
plano.
16. Os
espíritos se identificam pela linguagem- Nas comunicações mediúnicas, a linguagem empregada pelos
espíritos comunicantes, digna e nobre, ou grosseira e inferior, benévola ou
malévola, erudita ou ignorante, é um meio segura de se distinguir a natureza
destes e até mesmo identificá-los.
17.
Cristo é o exemplo máximo
- A moral dos espíritos superiores se resume na moral do Cristo, contida em seu
Evangelho.
18.
Não existe Céu e Inferno -
Não existem faltas irremissíveis, nem o Céu ou o Inferno preconizados pelas
religiões; cada espírito resgata suas faltas, cumpre suas penas ou aufere
recompensas através de suas vidas sucessivas.
19.
A morte é a passagem para uma outra vida - A morte ou a desencarnação transfere o homem para outro
plano, porém não lhe confere prosperidade
espiritual. Apenas o livra dos entraves do corpo físico, aviva-lhe os
sentimentos e o torna mais consciente de sua verdadeira personalidade e dos
atos praticados. Envolve-o, na erraticidade, em estados de sofrimento ou
harmonia, segundo a própria consciência.
20. O
destino supremo é a perfeição
- O destino final do homem é a perfeição e seu tempo de vida é eternidade.
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