Vigilância
Emmanuel por Chico Xavier
Reformador
(FEB) Outubro 1942
“Vigiai, pois, porque não sabeis a
que hora há de vir o vosso Senhor".
Jesus (Mateus, 24:42)
Ninguém pode alegar o título de
aprendiz de Jesus para furtar-se ao serviço ativo da luta
do bem contra o mal, das sombras contra a luz.
A recomendação de vigilância partiu
dos próprios lábios do Mestre Divino.
Como é possível preservar algum patrimônio
precioso, sem atividade positiva? O homem de consciência retilínea, em todas as
épocas, será obrigado a participar do esforço pela conservação, dilatação e
defesa do bem.
É verdade indiscutível que marchamos
para a fraternidade universal, para a realidade concreta dos sublimes
ensinamentos cristãos; todavia, enquanto não houvermos atingido esse plano de
generalidade, não é justo entreguemos ao mal, à desordem ou à confusão a
parte de serviço que nos foi confiada.
Para defender-se das intempéries,
dos rigores climáticos, fez o homem o lar; preservando a máquina orgânica
contra as mudanças atmosféricas e contra o assédio dos vermes vagabundos, o
homem vestiu-se. Semelhante lei de manutenção vigora em toda a esfera de
trabalho do mundo. As coletividades precisam instalar-se em leis que lhes
garantam a vida e o trabalho em paz, sem angustias de cativeiro. As nações
requerem “casas” de princípios nobres; defendendo-se de tormentas da ignorância
ou da agressividade, necessitam “vestuário” adequado, que lhes mantenha o corpo
coletivo indene do assédio dos vermes devastadores da decadência.
E nesse serviço de construção
incessante do mundo futuro, é indispensável vigiar o campo que nos compete.
O trabalho é de Jesus, a obra lhe
pertence. Ele virá a todos os departamentos de serviço, orientando a confecção
dos detalhes, mas ninguém poderá esquecer que o Senhor precisa de sentinelas.
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