domingo, 21 de julho de 2019

Jantar em Betânia



Jantar em Betânia

26,6  Encontrava-se Jesus em Betânia, na casa de Simão, o leproso.
26,7  Estando à mesa, aproximou-se Dele uma mulher com um vaso de alabastro, cheio de perfume muito caro, e derramou-o na sua cabeça. 
26,8  Vendo isto, os discípulos disseram indignados: -Para que este  desperdício? 
26,9 Poder-se-ia vender este perfume por um bom preço e dar o dinheiro aos pobres. 26,10 Jesus ouviu-os e disse-lhes: “- Por que molestais esta mulher? É uma boa ação o que ela  Me fez, 
26,11 Pobres, vós tereis sempre convosco. A Mim, porém, nem sempre Me tereis. 
26,12 Derramando este perfume em Meu corpo, ela o fez em preparação para o Meu sepultamento.  
26,13 Eu lhes afirmo com toda certeza: Em toda parte onde for anunciada a Boa Nova, no mundo inteiro, também será contado, em sua memória, o que ela fez”   


            Para Mt (26,6-13) -Jantar  em Betânia
leiamos a Antônio Luiz Sayão em “Elucidações Evangélicas” (ed. FEB):

            “Quebrando o vaso de alabastro, cheio de precioso perfume, e derramando-o sobre a cabeça de Jesus, rendia Maria de Magdala uma homenagem ao Senhor. Ainda cegos pela matéria os discípulos só compreendiam os fatos materiais. O Mestre procurava sempre fazer que os compreendessem sob o aspecto espiritual. A escolha de um perfume para essa lição obedeceu à razão de que, pela natureza essencial dos perfumes, eles dão a ver que os sacrifícios que se hajam de praticar, tendo-se em vista o Espírito, não devem ser buscados unicamente nas coisas de ordem material, mas também nas de ordem espiritual.

            Fora um ato de amor e desinteresse, o daquela mulher, e, portanto, um sinal de ascendência do Espírito sobre a matéria.

            Pobres, te-los-eis sempre convosco, ao passo que nem sempre Me tereis a Mim, disse Jesus, aludindo, pelo que lhe tocava, ao seu aparecimento na Terra, aos tempos e à duração desse aparecimento, para o desempenho da sua missão terrena. Aludia também à duração da sua vida, humana ao ver dos homens.

            Falando dos pobres da Terra, referia-se, preferentemente aos que se encontram num estado de inferioridade qualquer, aos que, sobretudo, o são moral e intelectualmente. Nos planetas inferiores, como o nosso, sendo a pobreza, tanto material, como moral, uma efetivação de provas, sempre haverá pobres de uma e outra categoria; enquanto não se ache concluída a separação dos bons e dos maus. Cumpre, porém, notar que da elevação de um planeta não decorre o nivelamento das faculdades.

            Entre nós, sempre haverá pobres, ainda quando hajam do nosso mundo desaparecido a pobreza material e a pobreza moral.  Qualquer que seja o grau de depuração do planeta terreno, nele haverá sempre, entre os Espíritos depurados, que o habitarão, muitos menos adiantados do que outros. Esses são os intelectualmente pobres, aos quais os ricos em inteligência, em saber, darão com abundância o que possuem.”
                                          
                  


Nenhum comentário:

Postar um comentário