Os Talentos - Parábola
25,14
Será também como um homem que, tendo de viajar, reuniu seus empregados e
lhes confiou seus bens.
25,15 E a um deu
5 talentos, a outro 2, e a outro 1, a cada um segundo a sua capacidade. Depois,
partiu.
25,16 Logo em seguida, o que recebeu 5 talentos
negociou com eles, fê-los produzir e ganhou outros 5.
25,17 Do mesmo modo, o que recebeu 2 ganhou outros
2.
25,18 Mas, o que recebeu apenas 1, foi cavar a terra e escondeu o dinheiro
de seu patrão.
25,19 Muito tempo depois,
o patrão daqueles empregados voltou e pediu-lhes contas. 25,20 O que recebeu 5 talentos aproximou-se e
apresentou outros 5: Patrão, disse-lhe, confiaste-me 5 talentos, eis aqui
outros 5 que ganhei!
25,21 Disse-lhe o
patrão: Muito bem, empregado fiel e bom. Já que foste fiel no pouco, eu te
confiarei muito. Vem confraternizar com teu patrão!
25,22 O que recebeu 2 talentos, adiantou-se e disse: -Patrão, confiaste-me
2 talentos; Eis aqui os dois outros que
lucrei .
25,23 Disse-lhe seu patrão: -Muito bem, empregado fiel e bom. Já que
foste fiel no pouco, eu te confiarei muito. Vem confraternizar com teu patrão!
“Melhorar para progredir - eis a
senha da evolução. Passa o rio dos dons divinos em todos os continentes da
vida, contudo, cada ser lhe recolhe as águas, segundo o recipiente de que se
faz portador.
Não olvides que os talentos de Deus
são iguais para todos, competindo a nós outros a solução do problema alusivo à
capacidade de recebê-los.
Não te percas, desse modo, na
lamentação indébita. Uma hora anulada na queixa é vasto patrimônio perdido no
preparo da justa habilitação para a meta a alcançar.
Muitos suspiram por tarefas de amor,
confiando-se à aversão e à discórdia, enquanto que muitos outros sonham servir
à luz, sustentando-se nas trevas da ociosidade e da ignorância.
A
alegria e o fulgor dos cimos jazem abertos aqueles que se disponham à jornada
da ascensão.
Se te afeiçoas, assim, aos ideais de
aprimoramento e progresso, não te afastes do trabalho que renova, do estudo que
aperfeiçoa, do perdão que ilumina, do sacrifício que enobrece e da bondade que
santifica...
Lembra-te
de que o Senhor nos concede tudo aquilo de que necessitamos para comungar-Lhe a
glória divina, entretanto, não te esqueças de que as dádivas do Criador se
fixam nos seres da Criação, conforme a capacidade de cada um.”
Para
Mt (25,14) - Moeda e Trabalho
- leiamos “Livro da Esperança”, de
Emmanuel por Chico Xavier:
“Se muitos corações jazem
petrificados na Terra, em azinhavre de sovinice, fujamos de atribuir ao
dinheiro semelhantes calamidades.
Condenar a fortuna pelos desastres
da avareza, seria o mesmo que espancar o automóvel pelos abusos do motorista.
O fogo é companheiro do homem, desde
a aurora da razão, e por que surjam. de vez em vez, incêndios arrasadores,
ninguém reclamará do mundo o disparate de suprimi-lo.
Os
anestésicos são preciosos auxiliares de socorro à saúde humana, mas existem
criaturas que fazem deles instrumentos do vício, ninguém rogará da ciência essa
ou aquela medida que lhes objetive a destruição.
A moeda, em qualquer forma, é agente
neutro de trabalho, pedindo instrução que a dirija.
Dirás provavelmente que o dinheiro
levantou os precipícios dourados da vida moderna, onde algumas inteligências se
tresmalharam na loucura ou no crime, comprando inércia e arrependimento a peso
de ouro, contudo é preciso lembrar as fábricas e instituições beneméritas que
ele garante, ofertando salário digno a milhões de pessoas.
É
possível acredites seja ele o responsável por alguns homens e mulheres de bolsa
opulenta, que espantam o próprio tédio, de país em país, à feição de doentes
ilustres, exibindo extravagâncias na imprensa internacional, entretanto é
forçoso reconhecer os milhões de cientistas e professores, industriais e
obreiros do progresso que a riqueza nobremente administrada sustenta em todas
as direções.
A Divina Providência suscita amor ao
coração do homem e o homem substancializa a caridade metamorfoseando o dinheiro
em pão que extingue a fome. A Eterna Sabedoria inspira educação ao cérebro do
homem e o homem ergue a escola, transfigurando o dinheiro em clarão espiritual
que varre as trevas.
Não censures a moeda que será sempre
alimento da evolução. Reflete nos benefícios que ela poderá trazer. Ainda
assim, para que lhe apreendas todo o valor, se queres fazer o bem, não exijas,
para isso, o dinheiro que permanece na contabilidade moral dos outros.
Mobiliza
os recursos que a Infinita Bondade te situa retamente nas mãos e, ainda hoje,
nalgum recanto de viela perdida, ao ofertares um caldo reconfortante às mães
infortunadas que o mundo esqueceu, perceberás que o dinheiro, convertido em
cântico fraterno, te fará ouvir a palavra de luz da própria gratidão, em prece
jubilosa.
“Deus
te ampare e abençoe”. ”
Os Talentos - Parábola
25,24
Veio, Por fim, o que recebeu só 1 talento. - Patrão, disse-lhe: Sabia
que és um homem duro, que colhes onde não semeaste, e recolhes
onde não espalhaste.
25,25 E, tendo medo, escondi na terra o teu
talento.. eis aqui, toma o que te pertence.
25,26 Respondeu-lhe seu patrão: -Empregado mau e
preguiçoso! Sabias que colho onde não
semeei e que recolho onde não espalhei,
25,27
devias, pois, levar meu dinheiro ao banco e, à minha volta, eu receberia com os juros o que é meu.
25,28 Tirai-lhe este talento e dai ao que tem
10.
25,29 Dar-se-á ao que tem e terá em
abundância. Mas, ao que não têm, tirar-se-á mesmo aquilo que julga ter.
25,30 E a esse empregado inútil, jogai-o
nas trevas! Ali haverá choro e ranger de dentes!
Para
Mt (25,25) -Escondi Na Terra o Teu Talento! -,
encontramos em “Fonte Viva”, de Emmanuel por Chico Xavier, o texto que se segue:
“Na parábola dos talentos, o servo
negligente atribui ao medo a causa do insucesso em que se infelicita. Recebera
mais reduzidas possibilidades de ganho. Contara apenas com um talento e temera
lutar para valorizá-lo.
Quanto aconteceu ao servidor
invigilante da narrativa evangélica, há muitas pessoas que se acusam pobres de
recursos para transitar no mundo como desejariam. E recolhem-se à ociosidade,
alegando o medo da ação.
Medo de
trabalhar. Medo de servir. Medo de
fazer amigos. Medo de desapontar. Medo de sofrer. Medo da incompreensão. Medo
da alegria. Medo
da dor.
E alcançam o fim do corpo, como
sensitivas humanas, sem o mínimo esforço para enriquecer a existência. Na vida,
agarram-se ao medo da morte. Na morte, confessam o medo da vida.
E, a
pretexto de serem favorecidos pelo destino, transformam-se, gradativamente, em
campeões da inutilidade e da preguiça.
Se recebeste, pois, mais rude tarefa no
mundo, não te atemorizes à frente dos outros e faze dela o teu caminho de
progresso e renovação. Por mais sombria seja a estrada a que foste conduzido
pelas circunstâncias, enriquece-a com a luz do teu esforço no bem, porque o
medo não serviu como justificativa aceitável no acerto de contas entre o servo
e o Senhor. ”
Nenhum comentário:
Postar um comentário