Conspiração dos Sacerdotes
26,1 Quando
Jesus acabou todo esses discursos,
disse a seus
discípulos:
26,2 “-Sabeis que daqui a
dois dias será a Páscoa e o Filho
será traído para ser crucificado.”
26,3 Então, os sacerdotes e os anciãos do povo
reuniram-se no pátio do sumo-sacerdote, chamado Caifás
26,4
E deliberaram sobre os meios de prender a Jesus por astúcia e de o matar;
26,5
E diziam: -Sobretudo, não seja durante a festa. Poderá haver tumulto entre o
povo.
Para
Mt (26,1-5) -Conspiração dos Sacerdotes -
leiamos Luiz Sérgio
por Irene Pacheco Machado em
“Dois Mundos Tão Meus”:
“Buscava eu, ansiosamente, no teatro
vivo, os ensinamentos do Senhor. Cristo aparecia vivo, bem vivo, diante dos
meus olhos, expulsando do Templo os que o profanavam.
Via-o, agora, profanado como antes.
Jesus olhava os animais mortos, inocentes
vítimas, e o seu sangue recolhido pelos sacerdotes e derramado sobre o altar,
sem compreender como os judeus consentiam que ocorressem essas cenas tão cruéis
de derramamento de sangue.
Aqueles sacerdotes haviam endurecido suas
almas pelo egoísmo e pela avareza.
Eles não estavam preocupados em pregar a
palavra de Deus mas sim em transformar aquele lugar num meio de auferir lucro.
E o Mestre, com olhar tristonho, proferia as
palavras de Samuel:
Tem,
porventura, o Senhor tanto prazer em holocaustos e sacrifícios, como em que se
obedeça à Palavra do Senhor? Eis que obedecer é melhor do que o sacrifício e o
atender melhor do que a gordura de carneiros (I Samuel 15,22)
E ainda
citou Isaías:
Ouvi
a palavra do Senhor, príncipes de Sodoma e Gomorra; prestai ouvidos à lei do nosso
Deus, ó povo de Gomorra. De que me serve a multidão de vossos sacrifícios? diz
o Senhor. Já estou farto dos holocaustos de carneiros e de gordura de animais;
e não folgo com o sangue dos bezerros, nem dos carneiros, nem dos bodes. Quando
vindes para comparecerdes diante de mim, quem requereu isto de vossas mãos, que
viésseis pisar meu átrio? Lavai-vos,
purificai-vos, tirai a maldade de vossos atos, de diante de meus olhos, cessai
de fazer o mal, aprendei a fazer o bem; praticai o que é reto, ajudai o oprimido;
fazei justiça ao órfão, tratai da causa das viúvas. (Isaías 1,10-12 e
16-17)
Os
sacerdotes e príncipes voltaram-se para Ele e o penetrante olhar de Jesus
percorria todo o pátio do Templo.
Pouco a pouco, eles foram fugindo,
afastando-se sem olhar para trás.
Os sacerdotes e príncipes ouviam em
silêncio as repreensões de Jesus, sem se defender, entretanto, ficaram
enfurecidos, decididos a armarem-Lhe ciladas.
E
assim, diante de nossos olhos, continuou Jesus Sua peregrinação, ofertando a
cada ser deste Planeta grandes exemplos
de amor e
humildade.
No
entanto, a Seu lado caminhavam espias que fingiam ser Seus seguidores; eram
fariseus e herodianos que ao lado de Jesus dissimulavam amizade, esperando a
hora de levar aos sacerdotes algum fato que O incriminasse...”
Para
Mt (26,1-5) -Anúncio de sua Crucificação - repete-se Antônio Luiz Sayão em
“Elucidações
Evangélicas”:
“De novo,
neste passo, a seus discípulos anunciou Jesus “sua morte”, segundo a maneira de
ver dos homens, e também a sua crucificação.”
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