10,38
Estando Jesus em viagem, entrou numa aldeia, onde uma mulher,
chamada Marta, o
recebeu em sua
casa.
10,39
Tinha ela uma irmã por nome Maria, que se assentou aos pés do Senhor
para ouvi-Lo falar
10,40
Marta, toda preocupada na lida da casa, veio a Jesus e disse: -Senhor,
não Te importa que minha irmã me deixe só a servir? 10,41 E respondendo, disse-lhe Jesus: “ -Marta, Marta,
estás ansiosa e afadigada com muitas coisas;
10,42 Mas uma só coisa é necessária; e Maria
escolheu a boa parte, que não lhe será tirada.”
Para
Lc (10,41-42) -Marta e Maria - reproduzimos o trecho que se segue, extraído
de “Conduta Espírita”, de André Luiz por Waldo Vieira:
“Conduta Espírita da Mulher...
-Compenetrar-se do apostolado de
guardiã do instituto da família e da elevada tarefa na condução das almas
trazidas ao renascimento físico. Todo compromisso no bem é de suma importância
no mundo espiritual.
-Afastar-se de aparências e fantasias,
consagrando-se às conquistas morais que falam de perto à vida imperecível, sem
prender-se ao convencionalismo absorvente. O retorno à condição de desencarnado
significa retorno à consciência profunda.
-Afinar-se com os ensinamentos
cristãos que lhe situam a alma nos serviços da maternidade e nas bênçãos da
mediunidade santificante. Quem foge à oportunidade de ser útil, engana a si
mesmo.
-Sentir e compreender as obrigações
relacionadas com as uniões matrimoniais do ponto de vista da vida multimilenária
do Espírito, reconhecendo a necessidade das provações regenerativas que
assinalam a maioria dos consórcios terrestres. O sacrifício significa o preço
da alegria real.
-Opor-se a qualquer artificialismo
que vise transformar o casamento numa simples ligação sexual sem as belezas da
maternidade. Junto dos filhos apagam-se os ódios, sublima-se o amor e
harmonizam-se as almas para a eternidade.
-Reconhecer grave delito no aborto
que arroja o coração feminino à vala do infortúnio. Sexo desvirtuado, caminho
de expiação.
-Preservar os valores íntimos,
sopezando as próprias deliberações com prudência e realismo, em seus deveres de
irmã, filha, companheira e mãe. O trabalho da mulher é sempre a missão do amor,
estendendo-se ao infinito.”
Para Lc (10,42) - Mas só coisa é
necessária - leiamos “Segue-me!” de
Emmanuel por Chico Xavier:
“Terás muitos negócios próximos ou
remotos, mas não poderás subtrair-lhes o caráter de lição, porque a morte te
descerrará realidades, com as quais nem sonhas de leve...
Adiministrarás variados interesses,
entretanto não poderás controlar todos os ângulos do serviço, de vez que a
maldade e a indiferença se insinuam em todas as tarefas, prejudicando o raio de
ação de todos os missionários da elevação.
Amealharás enorme fortuna, todavia
ignorarás, por muitos anos, a que região da vida te conduzirá o dinheiro.
Improvisarás preciosos discursos,
contudo desconheces as consequências de tuas palavras.
Organizarás grande movimento em
derredor de teus passos, no entanto se não construíres algo dentro dele para o
bem legítimo cansar-te-ás em vão.
Experimentarás muitas dores, mas se
não permaneceres vigilante no aproveitamento da luta teus dissabores correrão
inúteis.
Exaltarás o direito com o verbo
indignado e ardoroso, todavia é provável não estejas senão estimulando a
indisciplina e a ociosidade de muitos.
Uma só coisa é necessária, asseverou o
Mestre em sua lição a Marta, cooperadora ativa e dedicada.
Jesus
desejava dizer que, acima de tudo, compete-nos guardar, dentro de nós mesmos,
uma atitude adequada ante os desígnios do Todo Poderoso, avançando seguindo o
roteiro que nos traçou a Divina Lei. Realizando esse necessário, cada
acontecimento, cada pessoa e cada coisa se ajustará, a nossos olhos, no lugar
que lhes é próprio. Sem essa posição espiritual de sintonia com o Celeste
Instrutor é muito difícil agir com proveito.”
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