A Parábola da 10 Virgens
25, 1
Então, o reino dos céus será semelhante a dez moças que levando
lamparinas de azeite, saíram ao encontro do noivo. 25, 2 Cinco delas eram descuidadas e cinco eram previdentes.
25,3 As descuidadas, ao pegarem as lamparinas, se esqueceram de levar o azeite.
25,4 As previdentes, porém, junto com as lamparinas, levaram vasilhas de
azeite. 25,5 Como o noivo demorasse a
chegar, todas elas sentiram sono e dormiram. 25,6 Lá pela meia noite, ouviu-se um grito:
-O noivo está
chegando, vão ao seu
encontro! 25,7 As dez moças se
levantaram prontamente e acenderam
as lamparinas. 25,8 Foi então que as descuidadas disseram às
previdentes: Dêem-nos um pouco do seu azeite, pois nossa lamparinas estão
querendo se apagar! 25,9 As previdentes, porém, responderam: - Pode ser que o
que temos não dê para nós e para vocês. Vão, pois, ao negociante e comprem
azeite para vocês. 25,10 Enquanto elas foram comprá-lo , o noivo
chegou. As que estavam prontas, entraram com ele no salão de festas e fechou-se a porta. 25,11 Depois, chegaram as descuidadas e disseram: -
Senhor, Senhor, abre as portas para nós! 25,12 E o noivo respondeu: Eu não as conheço nem
quero conhecer! 25,13 “Estejam, pois,
vigilantes, porque vocês não sabem nem o dia nem a hora!”
Para
Mt (25,1-13) -As 10 Virgens - Parábola, leiamos, com atenção, a
Antônio Luiz Sayão, em “Elucidações Evangélicas”:
“Uns
não compreenderam esta parábola e outros lhe falsearam o sentido e o objetivo.
Dizendo-a, teve Jesus em mente obrigar os
homens a estarem sempre alertas, fazer-lhes compreender que não devem deixar
para o último momento o cuidado de sua reforma, do seu progresso, porquanto
talvez seja tarde.
Quis
mostrar-lhes que as virtudes de uns em nada podem servir para resgatar os
vícios de outros: aos nossos irmãos podemos dar o amparo dos nossos conselhos e
exemplos, mas não podemos repartir com eles o nosso óleo, isto é: o mérito das
nossas obras, mérito que só reverte em benefício daquele que as pratica.
Trabalhai, pois, cada um pela sua própria reforma,
pelo seu próprio adiantamento. O indiferente ou o leviano verá que quando
supuser ser chegado o momento de se entregar a este trabalho, quando se estiver
dispondo a começá-lo, bem pode acontecer soe a hora do seu comparecimento
perante o juiz e ele então será colhido de surpresa.
Não
é o egoísmo o que esta parábola se aconselha, como insensatamente alguns hão
pretendido. O que nela se nos aconselha é tão somente que nos resguardemos da
indolência, que nos leva a deferir para o dia seguinte o ato que Ele, o Mestre,
nos concita a executar no mesmo instante; da negligência, que a muitos induz a
descansar no mérito dos “santos”, das intercessões monásticas, das absolvições
clericais, como assecuratórias da salvação, quando é certo que só as nossas obras pessoais no-la podem garantir.
Os que vendem o óleo próprio a encher as
lâmpadas vazias são os bons Espíritos, os Espíritos do Senhor.
Vendem-no,
fazendo-nos progredir e progredindo a seu turno. Assim, tudo é comutativo entre
eles e nós.
Portanto, vigiemos, pois não sabemos o dia,
nem a hora da regeneração, o dia em que o Senhor virá; nem o dia, nem a hora em
que chegará o esposo.
Jesus
é o esposo; a esposa é a sua igreja, a sua doutrina. Em linguagem simbólica,
trata-se da fusão de dois corações, numa união conjugal.”
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