quinta-feira, 28 de fevereiro de 2019

Súplica de Perdão



Ditados
Minimus (Espírito)
Reformador (FEB) 16 de Agosto de 1925

Súplica de perdão – Grandeza desse sentimento, sem o qual não pode haver paz.

            Meu Jesus, meu Divino Pastor, permite possa eu trazer ao teu rebanho, sempre carecido, o meu ofertório de paz.

            Não, meu Senhor, dessa paz que anda em todas as bocas humanas, mas que na verdade foge e refoge, a cada momento, dos humanos corações.

            Há vinte séculos, meu Jesus, também eu ignorava estas coisas e, por isso, na
romaria negra do Calvário, não compreendia a figura excelsa do Cirineu e, de mistura com a turba raivosa, bramava crucifique-se, crucifique-se o impostor.

            Meu Senhor, era a ignorância negra como a noite dos crimes de sucessivas e velhas gerações! Perdoa aos meus irmãos, oh! Divino Salvador, perdoa-lhes como há vinte séculos lhes perdoavas de cimo do madeiro, a ignorância mais lastimosa que criminosa.

            Hoje, como naquele tempo, a humanidade ainda não te conhece! A humanidade quer paz, meu Jesus, a humanidade pede paz, mas a humanidade continua a sacrificar-te por ignorância.

            Salva-a, pois, meu Jesus, salva-a como a mim me salvaste, dando-me, na iluminação da tua palavra de vida, toda a vida da minha vida. Faze-lhe compreender, meu Senhor, que essa paz que ela almeja é fruto do teu amor e que não há amor contigo que não comporte perdão.

            Perdão! Mas, saberá o pobre peregrino da Dor, o aleijado da prova, compreender e sentir e avaliar a grandeza do teu perdão?

            Meu Jesus, perdoa-me também; não posso, não devo, não quero julgar. O que posso, devo e quero é pedir-te misericórdia para todos os nossos irmãos que aí como aqui se acham no teu rastro luminoso, buscando amar-te e compreender-te. Ilumina-os meu Jesus, para que possam ser, de fato e de direito, com o teu Evangelho, os arautos dessa paz que proclamam e que lhes foge como um duende a cada momento, porque não se escuda no perdão.

            Meus amigos, meus companheiros de ontem, estou a ver que buscais meu nome. Um nome? Não o tenho. Sou simplesmente um filho de Deus, que vos pede perdão, como a Ele pede por todo os que sofrem no erro, na ignorância e no crime. 

           Lembrai-vos de que a paz só será paz, quando houver, antes dela, no Espírito, a luz do Perdão.

            Que Jesus vos ilumine e vos perdoe.

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