Religião
e Psiquiatria
–
Parte 1
Zêus Wantuil
Reformador
(FEB) Fevereiro 1953
Servir-nos-emos, neste giro ao país
da Psiquiatria, em suas relações com a Religião, da interessante obra. -
"Modem Psychiatry" (1945), da autoria do Dr. William S. Sadler,
membro da American Psychiatric Association" e da "American
Psychopathologic Association", além de "Consulting Psychiatrist to
Columbus Hospital" e "Consultant In
Psychiatry, The W. K. Kellog Foundation".
De início declara ele que os
clínicos em geral, e todos os outros especialistas de Medicina e Cirurgia,
devem ter mais interesse na higiene mental dos pacientes, acreditando - e com
satisfação para todos nós - que "o
médico do futuro está destinado a sobrepor-se aos ministros de Igreja,
dispensando coragem, confiança e estoicismo aos seus pacientes, os quais são todos
mais ou menos destrambelhados dos nervos e desencorajados na alma".
Mas, para isso, preciso se faz
clarear o modo por que essa assistência se deve processar: "não a golpes
verbalísticos de psicanálise, senão socorrendo-os (os doentes) com a força da
fraternidade e do amor, a fim de que logrem a imprescindível compreensão com
que se modifiquem, reajustando as próprias forças... (F. C. Xavier, "No
Mundo Maior").
Enquanto muitos dos nossos distintos
psiquiatras, em particular o Dr. Henrique Roxo, enchem suas obras didáticas de
uma terapia quase que exclusivamente farmacológica, não se esquecendo o mencionado
médico do "miraculoso" valerianato de atropina para os casos que ele
classifica de "delírio espirita", medicamento esse com que pretende
exterminar todos os médiuns, - o Dr. Sadler envereda-se por uma, extensa e importantíssima
psicoterapêutica que abrange a socialização, a recreação, a reeducação, a
filosofia, a religião, a ocupação, a leitura, etc.
Trataremos da terapia religiosa que
constitui o ponto de nosso estudo, e à qual Sadler empresta relevante alcance.
Referindo-se à prece, ele lhe
reconhece valor terapêutico, qualquer que seja o sistema religioso a que ela se
associe, e afirma à página 759 de sua obra: “Considero a prece como o principal processo de cura mental e a
experiência religiosa como a mais alta e verdadeira forma da psicoterapia.
"Nenhuma dúvida pode haver de
que a religião de Jesus, quando convenientemente compreendida e sinceramente
praticada, possui, além do poder de prevenir, o de curar numerosas doenças
mentais, dificuldades morais e desordens da personalidade. Deve-se tornar
manifesto que o medo e a dúvida são ocasionadores de doenças, enquanto que a fé
e a esperança são doadoras de saúde: e, em minha opinião – prossegue ainda o
Dr. Sadler -, as mais amplas possibilidades de fé e o mais excelente vigor de
esperança acham-se expressos nas crenças sublimes da experiência religiosa. Os
ensinos do Cristo são os maiores exterminadores conhecidos da dúvida e do
desespero."
Mais adiante, expondo o valor profilático
da religião, torna a afirmar: “A sincera
aceitação dos princípios e ensinos do Cristo que conduzem à vida de paz e
alegria mentais, à vida de pensamento desinteressado e viver puro, extinguiria,
de uma vez, mãos da metade das dificuldades, doenças e aflições da raça humana.
"Em outras palavras: mais da metade
da presente aflição da Humanidade poderia ser evitada pelo extraordinário poder
profilático de uma vida orientada realmente conforme o espírito prático e
individual dos ensinamentos positivos do Cristo.
"Os ensinos de Jesus, aplicados
à nossa civilização moderna - judiciosamente aplicados, não mera e nominalmente
aceitos - de tal forma nos purificariam, elevariam e vitalizariam, que a raça
imediatamente se distinguiria dentro de uma nova ordem de coisas, entrando na
posse de um poder mental superior e de uma força moral engrandecida."
Em confirmação dessas verdades,
citamos as palavras constantes na obra mediúnica - "No Mundo Maior":
"É indispensável penetrar a alma, devassar o cerne da personalidade,
melhorar os efeitos socorrendo as causas; por conseguinte, não restauraremos
corpos doentes sem os recursos do Médico Divino das almas, que é Jesus Cristo.
0s fisiologistas farão sempre muito, tentando retificar a disfunção das
células; no entanto, é mister intervir nas
origens das perturbações."
Noutra página, pontifica então o
mesmo doutrinador espiritual: "E, em nosso campo de observação mais clara,
podemos adir que todo desequilíbrio promana do afastamento da Lei."
O psiquiatra americano, à pág. 761,
manifestando o valor da prece verdadeira, diz que esta maneja poderosos fatores
mentais, morais e espirituais, e que sendo ela sincera, como deve ser,
"comunica ao suplicante coragem moral e confiança saudável".
"Não consideramos a prece -
explica o Dr. Sadler - como meio de alterar a vontade de Deus. A Mente Divina
não necessita modificada.
"E, embora isto seja verdade, a
prece indubitavelmente exerce transformação na pessoa que ora, e esta transformação,
na mente da alma que ora, é, às vezes, imediata, profunda - inexplicável
mesmo."
"A prece - continua o psiquiatrista.
-, além de originar a coragem moral, cria também uma energia espiritual, sendo
capaz de, direta e imediatamente, influenciar as funções do corpo, e, isto,
muito poderosa e benignamente; ou melhor, a prece cheia de fé exerce sua
influência benéfica sobre o corpo, ao passo que a prece maquinal, por assim
dizer, pode ser altamente prejudicial à saúde física. Aquela é um meio de
trazer o corpo sob a sujeição da mente, levando esta à obediência às sugestões espirituais
da Mente Cósmica."
Emmanuel, em "O
Consolador", ratifica essas ponderações, dizendo: "Os corações que
oram e vigiam, realmente, de acordo com as lições evangélicas, constroem sua
própria fortaleza, para todos os movimentos de defesa espontânea.”
O psiquiatra Sadler passa em seguida
a comentar a "perversão" da prece por aqueles que, embora tendo
conhecimento de Deus, empregam-na na consecução de coisas materiais, pessoais,
num verdadeiro fanatismo que intenta quebrantar as leis da Natureza.
Encerra esse estudo, ponderadamente,
o Dr. Sadler, dizendo que deveriam ser observadas na prece as palavras do
Cristo no jardim de Getsêmani: "Pai,
se é do teu agrado, afasta de mim este cálice; contudo, não se faça a minha
vontade mas sim a tua."
Estudando a fé como remédio, declara
o referido autor que "as terapêuticas modernas reconhecem a necessidade de
ministrá-la ao homem integral - mental e moral. bem como material; ao
espiritual, assim como ao psíquico."
A fé, não constituindo para ele
simples crença ou mero adjunto teológico a uma religião especulativa, é, antes,
“atributo vitalizante da mente” – possui
considerável possibilidades psíquicas e extraordinários poderes terapêuticos.
Tolstoi certa vez chamou-lhe "a energia da vida" - lembra SadIer, que
prossegue:
“A
fé requer a consagração da mente total, a concentração das afeições sobre uma
dada ideia ou sobre um objeto preconcebido. A fé requer e implica um controle
perfeito das emoções - a cooperação das forças espirituais de um lado, com as
forças materiais, do outro. A mais elevada manifestação da prece, de que se tem
conhecimento, encontra-se na vida e nos ensinos de Jesus, que representam a
ação mental, o exercício moral e a força espiritual dos mais positivos,
poderosos e transcendentes que o homem conhece.”
A ''fé de Jesus", continua o
mesmo autor, é uma força maravilhosa - poder divino humano - e não deve ser
confundida com as discussões de fé, num sentido puramente psicológico ou
teológico.
E prossegue o respeitável psiquiatra
em suas lições: “A fé é tremenda força motora, e, uma vez dominando a alma, é
capaz de proteger a mente e controlar o corpo, combater a doença e mitigar a dor,
de subjugar a tristeza e estabelecer a paz.
A fé religiosa seria o melhor
preventivo das doenças da alma e o mais poderoso meio de curá-las, se tivesse
suficiente vida para criar um verdadeiro estoicismo em seus seguidores, Neste
estado da mente, que é - ai de nós! – tão rara no mundo pensante, o homem se torna
invulnerável. Sentindo-se amparado por seu Deus, ele não teme nem a doença nem a
morte. Poderá sucumbir sob os ataques das enfermidades físicas, mas moralmente
permanece sereno no meio de seus sofrimentos e é inacessível às emoções
pusilânimes do neuroticismo.”
Em apoio dessas palavras, vem
escrito na obra "No Mundo Maior", de Francisco Cândido Xavier:
“Se o patrimônio da fé religiosa
representa o indiscutível fator de equilíbrio mental do mundo, que fazeis do
vosso tesouro, esquecendo-lhe a utilização, numa época em que a instabilidade e
a incerteza vos ameaçam todas as instituições de ordem e de trabalho, de
entendimento e de construção? Não vos assombra, porventura, acordando-vos a
consciência, a borrasca renovadora que refunde princípios e nações? Supondes
possível uma era de paz exterior, sem a preparação interior do homem no espírito
de observância e aplicação das Leis Divinas?"
Infelizmente, observa o Dr. Sadler, “as
religiões dos tempos modernos correm o iminente perigo de se tornarem insustentáveis
e debilitadas. O mundo de hoje necessita mais dos militantes sabiamente dirigidos,
porém, pelo espírito do Filho do Carpinteiro", daqueles dos tempos
apostólicos, os quais “guerreavam os desequilíbrios da sua época e
de seus contemporâneos, não a golpes de maldição, nem a fio de espada, mas pela
prática da renunciação, submetendo-se a disciplinas cruéis e revelando, nas
palavras, nos pensamentos e nos atos, a mensagem sublime do Mestre que lhes
renovara os corações.” (“No Mundo Maior”)
O Dr. Sadler trata, em seguida, da
nutrição espiritual, tão esquecida, diz ele, pela grande maioria dos indivíduos
que alimentam bem seus corpos e suas mentes, mas deixam "padecer de
fome" a alma, que se debilita, ficando incapaz de exercer sua ação
benéfica e protetora contra as Influências desequilibrantes que acabam por
dominar a mente, conservando-a
num estado de conflito e desespero.
Aconselha ele, mais além, que não se
deve tolher a liberdade na escolha da religião, e se uns indivíduos se adaptam
a uma determinada, já com outros o mesmo não sucede. Por esta razão, é que nós,
os espíritas, deixamos as religiões de nossos pais ou avós, e buscamos o
Espiritismo evangélico, onde o Livro da Vida, estudado à luz do coração e da
razão, guarda a beleza e a pujança dos seus primeiros albores na Judeia
distante.
Adquirindo - agora, sob o Consolador,
o "amai-vos uns aos outros" um fulgor nunca dantes revelado aos
nossos olhos, é razoável que consideremos o Espiritismo - "prodigioso núcleo de compreensão sublime"
- "uma escola mais elevada e mais
rica" (“No Mundo Maior”), onde todos os desalentados, revoltados e
aflitos encontram ânimo, compreensão e
consolação, criando, destarte, um estado mental e espiritual intenso a psiconeuroses
fatais.
“Lado a lado com a diminuição da
crença religiosa - escreve Carl G. Young, psiquiatrista suíço e antigo aluno de
Freud, do qual divergiu em particularidades importantes -, as neuroses se
tornam perceptivelmente mais frequentes.”
Principalmente a começar do século
passado, com as maravilhosas investigações e descobrimentos da Ciência, com o
aparecimento de novas concepções filosóficas e sociais, o espírito religioso
entre os homens foi vertiginosamente decrescendo, visto que a religião
predominante, vivendo em politicagens com os Césares, dogmática por excelência,
apegada à
letra, afastada da mansidão e da simplicidade e escravizada aos interesses
mundanos, não mais satisfazia às consciências.
“O espírito humano, despido das
vestes da puberdade, com o juízo amadurecido para assimilar algo da verdade,
tateava entre vacilações e incertezas." (F. C. Xavier, “Emmanuel".)
Diante desse estado de coisas
realmente alarmante para a desnorteada Humanidade, de consequências desastrosas
para a mente do homem, surgiu o Consolador prometido por Jesus: “o céu
descerrou um fragmento do seu mistério e a voz dos Espaços se fez ouvir.” (“Emmanuel”.)
Novas claridades envolveram a Terra
e a "Religião da Verdade" - o Espiritismo -, como arauto dessas
manifestações da misericórdia divina, dirigiu-se ao coração, bem como ao raciocínio,
consolando a um, satisfazendo a outro.
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Religião e
Psiquiatria
–
Parte 2
Zêus Wantuil
Reformador
(FEB) Fevereiro 1953
Prosseguindo na citação de trechos
da "Modern Psyquiatry" do Dr.
Sadler, transcrevemos o que o autor escreve a pág. 765: "de todas as fases
da “cura pela leitura”, que foram acompanhadas com surpreendentes resultados,
devo em primeiro lugar mencionar
o estudo terapêutico da Bíblia.”
Ressalvando os casos de certos
pacientes nervosos, hiper emotivos, demasiadamente religiosos, que podem ser
mais prejudicados conservando suas mentes inteiramente centralizadas no estudo
da Bíblia e na leitura religiosa, o Dr, Sadler declara que “muitos pacientes nervosos,
que espiritualmente estão em necessidade, subnutridos mentalmente, encontram
grande auxilio e estímulo na leitura cotidiana e sistemática da Bíblia”. O
próprio autor recomenda mesmo alguns livros da Bíblia, da qual cita, em seguida,
perto de 50 textos que ele, além de outros colegas, comumente utilizam nesse
processo terapêutico.
Apenas anotaremos às considerações
do Dr. Sadler - e este certamente há de reconhecer o que afirmamos - que o
valor terapêutico da Bíblia, e mais particularmente dos Evangelhos, está na
razão direta da interpretação e compreensão, em espírito e verdade, que àquele
Livro ligamos, e, em grau maior, COJU o sentir e aplicar os ensinos nele
contidos.
“A lição do Mestre não constitui tão
somente um impositivo para os misteres da adoração. O Evangelho não se reduz a
breviário para o genuflexório. Espera o Cristo venhamos todos a converter- lhe
o Evangelho de Amor e Sabedoria em companheiro da prece, em livro escolar no
aprendizado de cada dia , em fonte inspiradora de nossas mais humildes
ações no trabalho comum e em código de boas maneiras no intercâmbio
fraternal." (F. Cândido Xavier, “Caminho, Verdade e Vida”)
O Dr. Sadler analisa o proceder do
sacerdote e do médico atuais, exclusivamente dirigidos, cada um, para seus pontos
de vista, ignorando ambos, totalmente, os verdadeiros princípios da medicina
mental e sua verdadeira prática.
“Os antigos teólogos - comenta ainda
Sadler - dirigiam a terapêutica dentro de vias supersticiosas, e em muitas
outras ocasiões sufocaram a investigação científica e o progresso da
terapêutica; por outro lado, os mestres da Medicina se foram tomando mais e
mais materialistas e gradualmente solaparam as fundações espirituais do auxílio
religioso.
Como consequência de tudo isso, houve
o divórcio entre a Religião e a Ciência em geral. Esta, no dizer de Emmanuel,
"criou a academia e a religião sectarista criou a sacristia. Uma
empoleirada na negação absoluta e a outra nas afirmações arriscadas e absurdas.
Uma e outra, abarrotadas de dogmas e preconceitos, repelindo-se como polos
contrários, dentro dos seus conflitos tem somente realizado separação em vez de
união, guerra em vez de
paz, descrença em vez de fé, arruinando as almas e afastando-as da luz da
verdadeira espiritualidade.” (F. C.
Xavier, “Emmanuel”.)
Sadler crê firmemente no auxílio efetivo
que a religião pode trazer à medicina, em trabalho de conjunto, harmoniosamente
ligada para o mesmo fim. Segundo suas informações, há cerca de 40 anos que ele
toma anotações com respeito à influência da religião sobre seus pacientes.
De suas observações quanto aos
resultados bons e maus, formula então um resumo dos benefícios e dos perigos
que a religião apresenta na prática psiquiátrica. É assim que entre os fatores
religiosos que têm concorrido como causa de perturbações psíquicas e
emocionais, podendo, além disso, retardar ou impedir o restabelecimento de
doentes, cita o
psiquiatra americano uma série deles, que transcrevemos a seguir:
“Pode haver um sentido real na frase
- “o temor do Senhor é o começo da sabedoria." (Provérbios de Salomão,
1:1), mas estou inclinado a crer - declara o Dr. Sadler - que esse medo deveria
ser compreendido mais como uma reverência do que um tipo biológico de medo que
tão comumente observamos ser um fator etiológico, senão a base fundamental,
verdadeira, de muitas manifestações psiconeuróticas.
“Entre os primeiros doentes que foram
recebidos nos hospitais de insanos, localizados em meia dúzia de Estados da Nova
Inglaterra, há cerca de cem anos, contaram-se os acidentes pelo medo, que surgiram
em certas personalidades instáveis, como consequência
do excitamento e da ansiedade produzidos pelo chamado "movimento de Miller”
, homem este que profetizou o fim do mundo para o ano de 1814."
"Há um século que os médicos
têm observado o estado neurótico ruinoso que tão frequentemente se segue aos
intensivos "meetings" de revivescimento religioso, cuja nota
dominante na última geração, era o comuníssimo “inferno de fogo e enxofre”. As
religiões fundadas no medo operam mais como causa de distúrbios neuróticos que
como cura: e isto tem
sido real, através das idades, até mesmo no presente, quando os médicos começam
a relacionar desordens nervosas e mentais entre os seguidores do Pai Divino, o
pregador de cor de Harlem, Nova York, a quem muitos dos pretos olham como uma
personalidade sagrada.
“Se a fé religiosa é mais potente
que a crença ordínária na cura de perturbações ps1quicas, deve-se reconhecer
que o medo religioso é a mais poderosa de todas as formas de medo à causação dessas
mesmas perturbações."
Infelizmente, o "inferno de
fogo e enxofre" continua sua ação nefasta e desequilibrante do alto dos
Púlpitos da Igreja Católica. A medonha excomunhão espera sempre à porta o
crente que deseje conhecer outros ares. Dogmas rígidos e inflexíveis mantém
seus prosélitos presos pela angústia do medo.
Hoje, felizmente, não mais funciona
a “Casa dos Tormentos" da negra Inquisição, não mais se aplica o "crê
ou morre", que trazia milhões de mentes em constante estado de terror, e,
embora a punição eterna depois da morte já não impressione tanto os crentes,
exerce, todavia, entre os beatos e as beatas, sua ação prejudicial, conservando-os, pelo
medo, num estado de ininterrupta atalaia contra inesperadas infrações da Lei
divina, o que, em pouco tempo, os leve, a triste estado de tensão nervosa.
O Espiritismo proscreve o medo
através de suas sábias e racionais elucidações da vida presente, passada e
futura, colocando no ápice de seus ensinos a esperança consoladora a clarear os
caminhos dos filhos de Deus.
Por esta razão é que o Dr. Pinto de
Carvalho, ilustre lente de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da Bahia,
judiciosamente afirmou: "Nunca haveria de subscrever o juízo do meu eminente
amigo Prof. Austregésilo, quando declarou que – “para a neuro-psiquiatria o
Espiritismo é um mal". Subscreveria, sim, dissesse ele: - “para a neuro-psiquiatria
a religião pode ser um mal." (C. Imbassahy, “Espiritismo e Loucura”.)
O Dr. Sadler passa, em seguida, ao
estudo do "complexo de culpa", e diz: "A religião tem,
infelizmente, mas em muitos casos não intencionalmente, em consequência mesmo
do caráter da pregação, tem contribuído
amplamente para o aumento do complexo de culpa entre certos tipos introvertidos
de seus aderentes. O esforço dos pregadores religiosos para “convencer” seus
ouvintes “de pecado” tem agravado grandemente as dificuldades conscienciais e
as fantasias de punição de muitos crentes religiosos.”
Nas pregações deve, antes, existir o
espírito do manso Cordeiro. “Vai e não peques mais” - simplesmente disse Ele à
mulher adúltera. “Aquele que dentre vós está sem pecado, seja o primeiro a atirar-lhe
uma pedra” - exprobrou os fariseus e escribas e a multidão.
Há casos de indivíduos - comenta o
Dr. Sadler - que procuram a religião, fugindo à realidade e às responsabilidades
da vida e compensam esses sentimentos de inferioridade com um “complexo de superioridade”
religiosa, que pode às vezes levá-los perigosamente às proximidades dos limites
da paranóia.
A seguir, o mesmo psiquiatra mostra as
desilusões e os desânimos arrasadores a que certas seitas religiosas conduzem
os pacientes que as buscam, pois essas seitas prometem o impossível nos
processos de cura, “cura divina” como a denomina o Dr. Sadler.
Cremos que de forma alguma o autor
se lembrou de referir-se ao Espiritismo, pois os médiuns curadores apenas transmitem de graça o
que de graça receberam, não prometendo o impossível, mas colocando a Vontade
Divina sobre todas as coisas.
“Os crentes religiosos semi-fanáticos
- declara o autor em questão -, que atribuem toda a saúde a uma graça de Deus e
que olham todas as formas de doença como expressão da “ira da Divindade”,
quando doentes, esmorecem continuamente, progridem em seus estados depressivos,
convictos de que estão enfermos porque se afastaram dos preceitos Divinos.”
Ora, O Espiritismo, em todos os seus
livros e em todas as ocasiões prega que Deus é amor. Em nós mesmos é que
encontraremos o porquê das doenças que nos afetam, seja por uma condição intrínseca
ao nosso organismo de carne, seja por influências psíquicas sobre o corpos somático,
o que deu origem à ciência psicossomática, seja, enfim consequência da aplicação
do “quem com ferro fere, com ferro será ferido”, dentro das leis da reencarnação.
Adiante, acrescenta o Dr. Sadler: “As
religiões primitivas poderiam ter alguma desculpa por sua intolerância, mas que
defesa apresentam as crenças cristãs em sua intolerância e em suas perseguições
cruéis? Prevenção, iliberalidade e fanatismo são fatores destrutivos da paz
mental, e conduzem aos conflitos psíquicos e aos desajustamentos sociais."
Sim, que defesa apresentarão as
crenças cristãs em sua intolerância separativista, se Jesus sempre exemplificou
a união, a concórdia, a compreensão e a tolerância? É Rui Barbosa quem diz que,
no passado, “por parte e a benefício da ortodoxia, derramou-se mais sangue do
que nas mais sanguinosas contenções dos partidos profanos, das utopias sociais
e das revoluções políticas.” (“O Papa e o Concílio.”)
Hoje, continua a grande Águia de
Haia, "Já não se armam na praça os “quemaderos”;
já o índice expurgatório não tem a seu soldo o verdugo; já os tribunais
eclesiásticos não dispõem do potro e da poté: já não se capitula na lei penal a
quebra do jejum, a inobservância do domingo, a leitura de escritos heterodoxos;
já não se impõem aos apóstatas a morte civil e o confisco; já não se segregam
da povoação para bairros defesos, como leprosos, os adeptos do mosaísmo ou do
Corão.
“Extinguiram-se, sob a mais geral e irrevogável
reprovação, aquelas ferocidades bestiais do fanatismo.” (“O Papa e o Concilio”).
Apesar de tudo isso, dizemos nós, a
intolerância acerada ainda prossegue nos escritos e nos púlpitos, até mesmo no
Além-Túmulo, contra as demais religiões, e, agora. - e com mais vigor -
principalmente contra o Espiritismo. Que pensar, então, do que se vê?
Concordamos com Rui, que assim explicou: “Repugnando a liberdade absoluta de
cultos, dão ao mundo os católicos destes tempos um espetáculo deplorável que
desonra a confissão de que são membros. Uma de duas: ou os engoda a vantagem
mundana das regalias materiais, que a intolerância assegura aos privilegiados; ou
desconfiam da procedência celeste da fé em que militam." (“O Papa e o Concílio”.)
Ainda recentemente, a revista jesuítica
"La Civiltà Cattolica", segundo o "Time" de 28-6-48, declarou
por suas colunas, com pasmo para todos, que – “a Igreja não tem de que se
envergonhar quando revela a sua falta de tolerância”!!
O Espiritismo, bem ao contrário,
abre de par em par suas portas e recebe todos os filhos de Deus, sejam eles
protestantes, católicos, budistas, ateus ou materialistas, tudo envidando por
minorar lhes os sofrimentos, independente de qualquer confissão ou profissão de
fé religiosa. Seu lema é, e continuará a ser: - Trabalho, Solidariedade e Tolerância.
Ensina-nos Allan Kardec que “toda
crença é respeitável, quando sincera e conducente à prática do bem” (“O Livro
dos Espíritos”); mas o que é necessário é - ainda na palavra de Rui Barbosa -
"extinguir esse maléfico instinto das religiões privilegiadas, o odium
theologicum,
e criar nas almas, acima de todas as confissões, um laço de confraternidade
superior, vigoroso elemento de fé e civilização. (“O Papa e o Concílio”).
Todos os intolerantes religiosos
deviam ler, reler e perler o trecho a seguir, do Espírito de Calderaro (“No
Mundo Maior”): "Intoxica-vos o dogmatismo, corrompe-vos a secessão. Estreitas
interpretações do plano divino vos obscurecem os horizontes mentais.
“Abris hostilidade franca, em nome
do Reino de Deus que significa amor universal e união eterna.
“Conspurcais a fonte das bênçãos,
amaldiçoando-vos uns ao outros, invocando, para isso, o Príncipe da Paz, que,
para ajudar-nos, não hesitou ante a própria morte afrontosa.
“A que delírio chegastes,
estabelecendo mútua concorrência à imaginária obtenção de privilégios divinos?
“Infrutífera seria a divina missão
do Mestre, se a Boa-Nova permanecesse circunscrita às trincheiras sectárias,
onde presunçosamente vos refugiais, com o objetivo de inflamar a execranda
fogueira das hostilidades simuladamente cordiais.
“Como invocar lhe o nome para justificar
os desvarios da separação por motivos de fé? como apoiar-se no Amigo de Todos
para deflagrar embates de opinião, acendendo fogueiras de ódio em prejuízo da
solidariedade comum que Ele exemplificou até no supremo sacrifício? não será denegrir
lhe a memória, difundir a discórdia em seu nome?
Que essas interrogações façam
refletir aqueles que “têm olhos de ver e ouvidos de ouvir”.
Acompanhemos o Dr. Sadler, que agora
menciona as causas religiosas conducentes à desorganização mental, escrevendo: “Muitas
religiões têm cultivado a superstição tanto quanto o medo. Só recentemente a
religião começa sua libertação desta enorme sobrecarga de dogmas
supersticiosos. No passado, a religião obstinadamente impugnou os avanços
da ciência e mesmo hoje, às vezes, previne seus adeptos contra as práticas
psiquiátricas.”
Na realidade, a religião católica
não começa a realizar em si a libertação de dogmas danosos. Os crentes, sim, é
que, não mais podendo aceitá-los, os expunge pouco a pouco, de si mesmos.
O passado de que fala o autor já é
de todos conhecido, e fastidioso seria relembrá-lo. Contudo, o Dr. Xavier de
Oliveira, psiquiatra das bandas de cá, parece não concordar com o Dr. Sadler, e
declara, combatendo aleivosamente o Espiritismo, que “o Cristianismo Católico”
é para ele, “a religião de escolha" no Brasil, “aquela em que o dogma -
crê em
tudo e crê sem hesitação - não deixa margem para as indagações e interpretações
que, nas outras, principalmente o Espiritismo, são I) caminho para a dúvida, a
ideia fixa, a obsessão, a angústia e a loucura. (“Do direito de testar dos insanos”,
1946, pág. 115.)
Quae
te dementia cepit? Que disparate! e partido de um médico que se nomeia
psiquiatra!
Então o raciocínio livre e
inteligentemente dirigido não tem razão de ser? Desceremos a tal ponto, de
aceitarmos asnaticamente as mais manifestas
incongruências
afastados de toda crítica sã e racional?
Quererá o Dr. Xavier, hoje, contra
todos os ensinos da lídima prática psiquiátrica, reviver aquela idade de trevas
em que o "crê ou morre" dominava? Acaso terá em mente proscrever de
nossas leis a liberdade religiosa pela qual tantos homens cultos batalharam,
inclusive Rui Barbosa? Acaso concorda ele - e assim parece ser - com o episcopado
belga que assegurava ser a liberdade de cultos “incompatível com os dogmas da religião católica” (“O Papa e o Concílio”)
e anseia, por isso, alijar o Espiritismo do Brasil?
Não, não cremos, e ninguém pode
crer, que o Dr. Xavier de Oliveira firme seus pontos de vista em reais bases psiquiátricas.
A improcedência e o caráter
totalitário de suas afirmações são de pasmar a qualquer ser pensante liberto de
fanatismos degradantes, seja médico ou não.
Não vemos por onde conciliar as ideias
dogmáticas e extremistas do Dr. Xavier com as lições libertadoras e evolucionistas
do Espiritismo, que veio trazer ao Mundo uma nova esperança.
É o Espírito de André Luiz, ex-médico
na Terra, que em "Obreiros da Vida Eterna" nos traz os esclarecimentos
sobre aquilo que dissemos e que por certo darão que pensar ao Dr. Xavier e correligionários.
Assim escreve ele: "Como
transferir imediatamente para o inferno a mísera criatura que se emaranhou no
mal por simples influência da ignorância? que se dará, em nome da Sabedoria
Divina, ao homem primitivo sedento de dominação e de caça? - a maldição ou o
alfabeto? Por que processo conduzir ao abismo tenebroso o Espírito menos feliz,
que obteve contato com a verdade, no justo momento de abandonar o corpo?
“Como haver-se, no paraíso, o pai
carinhoso cujos filhos fossem entregues a Satã? que alegria se reservará à
esposa dedicada e fiel, que tem o esposo nas chamas consumidoras?
“Como justificar um Inferno onde as
almas gemessem distantes de qualquer esperança, quando, entre homens
imperfeitos, ao influxo renovador do Evangelho de Jesus-Cristo, as penitenciárias
são hoje grandes escolas de regeneração e cura psíquica?
“O Espiritismo começou o inapreciável
trabalho de positivar a continuação da vida além da morte, fenômeno natural do
caminho da ascensão. Esferas múltiplas de atividade espiritual interpenetram-se
nos diversas setores da existência. A morte não extingue a colaboração amiga, o
amparo mútuo, a intercessão confortadora, o serviço evolutivo. As dimensões vibratórias
do Universo são infinitas como infinitos são os mundos que povoam a Imensidade.
“Ninguém morre. O aperfeiçoamento
prossegue em toda a parte.
“A vida renova, purifica e eleva os
quadros múltiplos de seus servidores, conduzindo-os, vitoriosa e bela, à União
Suprema com a Divindade.”
Em prosseguimento às observações do
Dr. Sadler, veremos que este declara que “as religiões muitas vezes também favorecem,
sem intenção, o fanatismo". E continua: “A religião pode libertar seus profitentes
do medo, mas desde que eles estejam imbuídos de uma exaltação fanática que
confina com a egomania e ilusões de superioridade espiritual, tal exaltação
frequentemente resulta em sérias reações de depressão e melancolia.”
Os jornais diários, através de fatos
e mais fatos, têm registado os efeitos desastrosos do fanatismo religioso, ocasionador
de distúrbios mentais e motivo de tristes lutas separatistas de homens e povos.
O passado e ainda o presente estão
cheios de fatos tais. Convenhamos, entretanto, em que nem sempre esse fanatismo
nasce “inconscientemente”, por assim dizer. É ele, não poucas vezes, instilado
lenta e ardilosamente entre as massas menos esclarecidas, incitando-se lhes a
aversão, o ódio e até mesmo a perseguição contra aqueles que, novos pegureiros
do Evangelho, lhes surjam à frente.
Os exemplos, aqui no Brasil, e no
exterior, são por demais conhecidos, dispensando-nos de a eles nos referirmos.
Se o fanatismo religioso se traduz
em maus frutos, o mesmo se dá com o fanatismo das escolas científicas.
Valendo-se de suas posições mundanas, postados em pedestais ilusórios, os
homens da Ciência alimentam, às vezes, tais antinomias neuróticas contra quem
deles divirja no modo de entender ou interpretar as coisas, que chegam às raias dos
disparates, afastando-se do âmbito do bom senso e do critério que devem
presidir às enunciações do verdadeiro homem de ciência.
Tomado de uma espécie de misoneísmo,
espiritismofobia, espiritofobia, ou seja lá o que for, vem o Dr. Xavier
declarar - relembrando-se ainda das fogueiras da Inquisição - "que à
higiene e a profilaxia do Espiritismo está em se queimarem todos os livros
espiritas". "Espiritismo e
Loucura”, 1931, pág. 192).
Com o espírito Intolerante e absolutista
deste psiquiatra, só nos resta aconselhá-lo a procurar um colega, pois
certamente sofre de alguma psiconeurose violenta, que lhe passa despercebida ao
auto-exame. Deve ele ouvir também o distinto psiquiatra Dr. Inácio Ferreira,
que afirmou, com a convicção doa fatos, que “0 Espiritismo, libertando o homem
do fanatismo, das crendices e das superstições, é um fator do equilíbrio psíquico".
(Carlos Imbassahy,
“Espiritismo e Loucura”).
Mas, vamos adiante. No capítulo dos
beatos, o Dr. Sadler diz que eles, por sua excessiva subjetividade, tendem para
a contemplação de si mesmos (self-contemplation) e para um exame introspectivo mórbido,
o que os conduz a um recolhimento doentio, aumentando-se lhes a tendência para
a hiperemotividade. Muitos deles são morbidamente passivos, mas “como reação aos
estados de falsa piedade e de docilidade anormal, podem ocorrer períodos de
excitação que revestem a natureza de “exaltações emocionais".
Não rebateremos nessa tecla, pois é
de todos sabido os prejuízos adventes do excessivo zelo religioso, da devoção
"encolhida" e infrutuosa, que quase sempre encerram, no fundo,
hipocrisia doentiamente mascarada.
Passados em revista os aspectos
contrários da religião no perfeito equilíbrio da mente humana, o Dr. Sadler
expõe os incontáveis benefícios prodigalizados pela religião, frisando, porém,
que aquela a que ele se refere está fundada no amor, como o estão os ensinos de
Jesus, Assim - declara ele -, “ela não proclama nem terríveis ameaças de
punição eterna, nem um Inferno inextinguível; não proclama um Deus irado e ciumento,
mas, antes, ensina “a complacência de Deus, que move ao arrependimento”.
O mesmo autor tece, a seguir, comentários
sobre o conforto e a compreensão que nascem da fé no amor a Deus e na luminosa
esperança de uma eternidade, seja nas experiências catastróficas e desastrosas
da Humanidade em geral, seja nos episódios penosos e chocantes da vida de cada
criatura humana.
Sempre impregnado de grande otimismo
com relação ao fator - religião nas curas psíquicas, escreve o Dr. Sadler sobre
o imenso auxilio que a religião pode dispensar, no levantamento de pacientes neuróticos
desanimados e desiludidos, mostrando-lhes ela um motivo superior na vida,
transcendente a todos os outros, transitórios.
O psiquiatra americano cita ainda
outros benefícios prodigalizados pela religião, concluindo, no final, com as
palavras de Dorsey: "Por intermédio da poderosa influência da fé, da
esperança e do amor, o psiquiatra pode conseguir maravilhas no tratamento das
pessoas. Sem esses três poderosos elementos, sua medicação será positivamente
superficial”.
À vista de tudo isto, temos de
confessar - e o fazemos despreconcebidamente e sem paixões - que o Espiritismo
satisfaz in totum os anseios do Dr. Sadler. É essa uma afirmação que se impõe a
todo aquele que penetra, com sinceridade e lealdade, o âmbito dessa Doutrina. E
acrescentamos, com André Luiz: “As noções reencarnacionistas renovarão a
paisagem da Terra, conferindo à criatura não somente as armas com que deve
guerrear os estados inferiores de si própria, mas também lhe fornecendo o
remédio eficiente e salutar.”
Através dessas revelações é que o
Espiritismo vem contribuindo para o levantamento do homem, por explicar lhe o
porquê dos aleijões, das catástrofes, das guerras, dos ódios, das antipatias,
das perseguições, da loucura, da vida e da morte enfim, infundindo-lhe
compreensão, renúncia, conforto e esperança, afastando-o, por conseguinte, do
abismo, das neuroses.
Ao contrário, muito ao contrário do
que por ai propalam certos psiquiatras, o Espiritismo é atualmente a bóia
salvadora de milhões de mentes no oceano encapelado das tormentas e dos
desequilíbrios vários que açoitam a Terra em todos o quadrantes.
Com essas referências, porém, não
queremos desmerecer o trabalho cristão dos psiquiatras em geral, que muito têm
feito por seus doentes, com abnegação e carinho. Dão o que podem. muitas vezes
se estafando na resolução de intrincados problemas relativos à saúde mental de
seus pacientes. A eles a gratidão que devemos a todos os benfeitores da
Humanidade, e em assim reconhecendo é que o Espírito de Calderaro declarou
lealmente: “Cumpre-nos reconhecer que o belo esforço da psiquiatria moderna
merece o maior carinho de nossas autoridades espirituais, que patrocinam os
médicos diligentes e devotados, oríentando-os para o bem comum, simultaneamente
em diversos centros culturais," (F. C. Xavier, "No Mundo Maior".)
Eis-nos chegado ao fim deste
despretensioso trabalho.
O Espiritismo revela-se nos mais e
mais aos olhos como o Consolador prometido por Jesus, orientando-nos a
consciência para o perfeito equilíbrio com o Todo.
Em todos os cantos do Planeta tem
feito ecoar o mesmo convite que o mestre da Galileia nos dirigiu há dois mil
anos atrás: “Vinde a mim todos os que andais aflitos e vos achais carregados, e
eu vos aliviarei.”
Não desprezemos este abençoado
convite!
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