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‘Revelação dos Papas’
(Obra Mediúnica)
- Comunicações d’Além Túmulo –
Publicada
sob os auspícios da
União Espírita Suburbana
Rua Dias da Cruz 177, Méier
Officinas Graphicas d’A
Noite
Rua
do Carmo, 29
1918
Isaías, o profeta
Apresenta-se ao médium
vidente o espírito de um velho meio calvo,
de barba e cabelos brancos, tendo aos ombros uma pele.
Está envolvido por uma luz brilhante, viva, deslumbrante e,
de barba e cabelos brancos, tendo aos ombros uma pele.
Está envolvido por uma luz brilhante, viva, deslumbrante e,
ao mesmo tempo, acompanhado
de um poderoso foco verde.
Cercam-no espíritos luminosos.
Sou um dos pequeninos, dos mínimos filhos
de Deus. Sou um pobre, um humilde, um nada no mundo onde vivo, de grandezas de
verdades puras e eternas!
Vim à Terra para de novo profetizar,
anunciar, proclamar, espalhar e divulgar grandes e benditas verdades! Vim ao vosso
encontro para anunciar-vos o eclipse e a aurora que se verificarão no mundo em
que habitais! Venho trazer-vos muitas certezas; venho a afirmar, acentuar,
defender, edificar, consolidar o que está fraco, abalado pela fúria dos ventos
da desordem que tem soprado sobre o vosso atrasado planeta!
Estou entre os homens para dizer-lhes
que a hora em que vivem, cheia de aflições e desesperos, se prolongará ainda,
continuará por algum tempo, e esse eclipse que ensombra a Terra, a treva que envolve
o mundo se tornará ainda mais espessa, mais densa, mais negra. O
desespero do homem não terminará de pronto, a sua tranquilidade, a sua paz virá
aos poucos, lentamente, devagar, à medida que o arrependimento for invadindo as
almas, o sentimento da fé for enchendo os corações e a luz da verdade espírita
e as claridades do Evangelho de Jesus forem dissipando as sombras em que se
acha envolta a consciência do homem moderno.
Tudo tem fim, tudo passa,
extingue-se, desaparece, apaga-se, na superfície do vosso mundo, onde tudo é
transitório e efêmero, por isso, a dor imensa que ora vos aflige passará,
extinguir-se-á. Mas, até, que chegue o dia da felicidade, a hora da extinção da
dor e do martírio, da tortura, da lágrima, muitos conhecimentos extraordinários
tendo lugar; assistireis ao desabar de muita coisa, ao tombar de glórias, ao esfacelamento
de muitos sonhos, à destruição de muitas esperanças, à humilhações,
rebaixamentos, quedas de muitas grandezas, ofuscamento de muitos falsos brilhos;
vereis muito orgulho despedaçado, muita vaidade ferida de morte, muita riqueza
transformar-se na mais extrema penúria, muito ouro reduzido a pó, muita luz
transformar-se em treva, a sabedoria humilhada ante a verdade, pura e absoluta
e reduzida à mais crassa ignorância!
Vereis muito sol ofuscar-se,
desaparecer, apagar-se, detido na sua marcha, na ascensão que se afigura a vós outros
gloriosa e incontrariável; vereis ainda a lágrima transformar-se em riso, a luz
surgir das trevas, a miséria metamorfosear-se em opulência e grandeza; vereis o
que hoje vos parece mentira e absurdo adquirir o brilho e o fulgor das grandes e imaculadas verdades!
Haveis de assistir ainda ao acontecimento
sublime da transformação dos costumes, da regeneração do caráter, do aperfeiçoamento
da moral e da justiça, da purificação dos espíritos e da salvação das almas!
Haveis de ver ainda o fogo destruir,
queimar, reduzir cinzas, o que foi escrito com a intenção de ofender, ultrajar,
a Infinita Sabedoria e o Infinito Amor! Vereis ainda a chama carbonizar o que se
escreveu para mentir, enganar, sofismar, contrariar a verdade, apagar o nome de
Deus e de Jesus! Presenciareis também ao formidável espetáculo das multidões
(desvairadas, rugindo de indignação, bramindo, abrasadas do verdadeiro
sentimento e amor), despedaçarem os ídolos, destruírem os falsos templos,
incendiando os palácios dos que se locupletaram
com o suor dos pobres e dos humildes, em nome da fé, por amor de Deus, como afirmam,
e de Jesus, o Seu filho amado!
Haveis de assistir ao rolar por terra dos falsos
e ilegítimos poderes, ao abater das grandes forças até então consideradas invulneráveis!
Vereis ainda os humildes glorificados, levados
em triunfo pelas multidões delirantes de alegria, embriagadas de prazer, por
haverem destruído o falso para erguer, levantar, erigir, o justo e o
verdadeiro!
Ouvireis ainda o rumor longínquo e assustador
da guerra, mas da guerra por amor da verdade; por um ideal alevantado e santo
pela paz, pela ordem, pela justiça, pela moral e pelo amor! Contemplareis ainda
o grande fato da unidade religiosa que se estabelecerá no planeta; assistireis
ao termo desta era de horrores, misérias, e fraquezas, desgraças e infâmias,
crimes e atentados, ambições e orgulhos vãos, e tereis a ventura de ver raiar a
aurora da Era Nova, o advento do Espiritismo, vitória de Jesus e do seu Evangelho!
Sereis testemunhas dos grandes
acontecimentos que se vão desenrolar na Terra para limpa-la, expurga-la, torna-la
salubre e habitável pelas almas boas, meigas, humildes e puras que vão baixar
sobre o mundo, para auxiliar o seu progresso e a sua salvação! Sereis testemunhas
das gloriosas lutas filosóficas, cientificas, religiosas e sociais, em que se
empenharão nobres e elevados espíritos que, de pontos diferentes do Universo,
partem para a Terra, obedecendo à ordem suprema!
Haveis de ouvir as verdades trazidas nos lábios
dos grandes filósofos do espaço infinito, escutareis as prédicas dos justos,
dos puros e dos santos! Tereis a doce satisfação de receber, pela boca dos gloriosos
arautos do Senhor, as mais puras e excelsas provas de amor e divino afeto!
Sentireis ai na Terra a presença de Jesus na pessoa desses enviados, nos
ensinos que semearão por toda parte, nos exemplos que vos oferecerão por todos os
pontos do vosso globo, nos atos de brandura, amor e caridade que praticarão
esses abnegados servos do Senhor!
Ides assistir ao advento de uma quadra
feliz, ao começo de uma nova história, de uma nova ciência apoiada na verdade,
no bem, na humildade e no amor! Ides assistir ao grande acontecimento da paz universal,
ao congraçamento das raças, à confraternização dos povos, unidos
pelo mesmo sentimento de piedade, fé, justiça, verdade, moral e amor!
Assistireis à derrocada dos preconceitos, à demolição das convenções, ao ruir
das pretensões absurdas e tolas de tudo saber, de tudo negar, de viver sem
Deus, sem fé, sem moral, sem crença, sem amor, sem Jesus - que é a luz mais
poderosa, mais brilhante, o sol mais puro que poderá guiar o homem na vida!
Haveis de ver cair todos os absurdos, as incoerências, os abusos, as ambições,
os despotismos, as mistificações, a autoridade apoiada na força material, o
direito adquirido pela fatalidade de nascimento, os privilégios e as castas, os
monopólios e as contravenções!
Contemplareis grandes coisas, os vossos
olhos enxergarão ainda muitas misérias, muitas torpezas, muita lama, muito
lodo! Os vossos ouvidos escutarão ainda muitas lamentações, muitos gemidos,
muitos soluços, muitos gritos aflitivos, muitas imprecações, muitos anátemas e
maldições! As vossas mãos apalparão muitas chagas, pensarão muitas feridas,
sentirão o bater lento e pausado dos corações, onde a vida se extinguirá aos
poucos! Os vossos pés percorrerão ainda muitos lugares, pisarão muitos cada
veres, tingir-se-ão do sangue derramado no vosso caminho! Andareis ainda em meio
das multidões vestidas de luto, varadas pela dor de haverem perdido o que de
mais caro possuíam no mundo!
Tereis ainda que chorar, gemer, sofrer, padecer, para poderdes alcançar a vossa
liberdade e a vossa salvação!
Tendes diante de vós uma estrada espinhosa,
cheia de urzes e grandes atoleiros, mas; à, medida que fordes avançando, o
caminho percorrido irá se cobrindo de flores, as pedras se transformarão em frutos
e sangue; convertido em doce néctar formará o córrego manso que ladeará
esse caminho! À proporção que avançardes, as vossas pegadas transformar-se-ão
em rastro luminoso, onde brilharão a pureza e a fé que ireis conquistando á
custa dos mais cruéis e ingentes sacrifícios, dores, vicissitudes e lágrimas!
Caminhai! caminhai, meus amigos! Caminhai
sem tréguas, nem desfalecimentos, porque o sacrifício que ora fazeis vos dará,
um dia, a felicidade, vos conduzirá à perfectibilidade, à salvação e à gloria!
Ide sempre caminhando! caminhando, lutando, sofrendo, chorando, gemendo,
derramando sangue, curtindo dores, orando; implorando a Deus o auxílio e o
conforto da Sua misericórdia, o amparo da Sua justiça, a força da Sua
sabedoria, a luz da Sua graça, 'do Seu amor e da Sua misericórdia! Ide, meus
amigos e companheiros, irmãos queridos! Ide, que "os tempos são
chegados"; a hora santa vai soar, o momento da salvação aproxima-se!
Caminhai, caminhai! Prossegui! Marchai ao
encontro do novo sol! Sai da noite para a aurora que vem rompendo além, onde,
do alto, Deus Nosso Senhor vos contempla e Jesus vos abençoa e vos espera de
braços abertos, para estreitar-vos num amplexo amoroso, apertando-vos contra o
seu peito, onde pulsa o coração do Mestre - esse coração que é a vossa pátria,
a vossa casa, a terra da promissão que vos espera!
Tenho dito.
Adeus.
Isaías, o profeta
Maio de 19I6.
Informações complementares
Isaías
foi um profeta notável e é o mais citado pelos apóstolos. E quando Jesus entrou
na sinagoga de Nazaré, os sacerdotes apresentaram-lhe o Livro de Isaías e Ele o
abriu, justamente, onde estava. escrito: - "O Espírito Santo está sobre
mim, porquanto me ungiu para evangelizar os pobres, enviou-me a curar os
quebrantados do coração. A apregoar a liberdade aos cativos, a dar vista aos
cegos; a pôr em liberdade os oprimidos; a anunciar o ano aceitável do
Senhor". (Lucas 4-16/19).
Segundo
informação dada pelo espírito Ramatis, Isaías
voltou, de novo, à Terra, tendo reencarnado em 14-12-1503, sob o nome de Miguel
de Nostradamus, o famoso vidente cujas profecias constam de uma obra (Centúrias
), publicada em diversos idiomas.
As
previsões de Nostradamus referem os grandes acontecimentos que hão de ocorrer
na Terra até ao fim deste século. E a
fidelidade com que as mesmas estão sendo cumpridas, faz com que ele seja
considerado o mais célebre profeta, depois dos profetas bíblicos. As suas
premunições são fundadas também na ciência da astrologia, que ele conhecia profundamente.
página 89 do livro ‘Emissários da Luz e da Verdade’
1ª Edição 1959 Ed. Divino Mestre
- R RJ
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