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‘Revelação dos Papas’
(Obra Mediúnica)
- Comunicações d’Além Túmulo –
Publicada
sob os auspícios da
União Espírita Suburbana
Rua Dias da Cruz 177, Méier
Officinas Graphicas d’A
Noite
Rua
do Carmo, 29
1918
Teresa de Jesus
(Sta.)
O espírito, que
aparece entre luzes verde e prateada, trás hábito de monja.
O rosto é fino e belo. A irradiação luminosa,
que é extraordinária, impossibilita a vidente
de fazer a descrição dos traços fisionômicos e
de outros detalhes da aparição.
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Queridos irmãos meus, aqui estou,
pequenina e fraca, sem outra coisa para vos dar a não ser o que Jesus me deu -
o seu amor e a luz dos seus ensinamentos.
Quando vos dirigistes a mim, dissestes
que muito vos tenho dado e muito vos tenho socorrido nas vossas aflições. Como
é grande a vossa ilusão e falsa a vossa convicção nesse sentido. Teresa nada é,
meus amigos; esta humilde serva não está na altura em que a vossa bondade
a quer colocar. Esta que aqui está nada pode fazer por vós outros, porque, de
todos os espíritos que vivem nas regiões onde ela habita é o mais
insignificante, o que menos prestígio tem perante Deus e Jesus.
Tudo quanto tendes recebido vos tem
sido dado pelo Pai de caridade e amor e por aquele que é o Seu filho dileto -
Nosso Senhor Jesus Cristo - Eu apenas peço, suplico, imploro, mas sempre receosa
de alcançar um insucesso, pois não me acho ainda em condições de ser mediadora
dos homens junto a Jesus. Se algumas vezes, ao apelar para mim, tendes recebido
graças, isto tem sido, unicamente devido ao vosso próprio mérito e não ao prestígio
e valor da que escolhestes para ser a vossa intermediaria.
Quisera eu ter poder e merecimento
perante a Infinita Sabedoria e o bondoso coração de Jesus, para, assim, envidar
esforços no sentido de obter para cada um de vós energia e força, a fim de
poderdes lutar contra o mal que constantemente vos assalta no caminho da vida! Tivesse eu mérito ante a Infinita Misericórdia
para, desse modo, fazer o possível, por alcançar a luz de que carecem as vossas
consciências, o conforto de que necessitas para suportar as vossas provações!
Se assim fosse, isto é, se Teresa tivesse
poder, derramaria no momento em que vos fala, infinitas doçuras nos vossos
corações, deixaria cair nas vossas almas os delicados aromas da pureza
espiritual! Se eu tivesse poder, todos vós, que buscais abrigo sob as dobras da
minha túnica,
estaríeis já muito adiantados no caminho da perfeição!
Que posso fazer, entretanto? Que
tenho, para dar a vós outros, que aqui viestes desejosos de receber de mim
alguma coisa que sirva para uso dos vossos espíritos? Nada, meus amigos, nada vos
pode ofertar Teresa, a ser grande a sua pobreza; mas para não perderdes o vosso
tempo vindo ao meu encontro, vos darei o que Jesus me deu - a luz dos seus
ensinamentos: - segui todos vós o caminho luminoso do Espiritismo Cristão;
perseverai nos atos de piedade que costumais praticar aqui, orando pelos que
sofrem; prossegui, repartindo o vosso pão com os infelizes, dando abrigo, sob o
vosso teto, aos deserdados da sorte.
A vós, que sois mulheres, dirijo, de
preferência, este apelo: - abri os vossos corações e expulsai os maus sentimentos
que, tantas vezes, por fraqueza, abrigais ai; tende sempre piedade das
mulheres, como vós outras e jamais deixeis de amparar as que não, tem abrigo; reparti
com elas o que vos sobra; dai-lhes do vosso pão fazendo-as coparticipantes da
vossa felicidade. Vós, mulheres, como eu o fui, tendes uma grande missão a cumprir
na Terra, - velar pela sorte dos infortunados, sendo mediadoras entre o rigor
dos homens e os sofrimentos dos
pobrezinhas. Vós, mulheres, mais do que os vossos irmãos do outro sexo, tendes
o dever de ser espíritas porque espírita quer dizer - viver para amar, e a
mulher tem no mundo a nobre e santa missão de amar e perdoar.
Sede espíritas, mulheres, sede
caridosas, minhas irmãs, porque a mulher espírita que cumpre a sua missão de caridade
e de amor, pode dizer, com satisfação – sou filha de Deus e irmã de Jesus.
Não vos descuideis do espírito, Que
não deveis sacrificar ao corpo e às vaidades humanas, pois todas as coisas que
tanto vos seduzem na vida material nada valem, nada representam, comparadas ao
que se desfruta no mundo dos espíritos, quando nos retiramos da Terra, depois
de haver bem cumprido o nosso dever de filha, esposa e mãe.
Ai tendes o que Teresa pode ofertar
a todos vós que viestes ávidos de receber alguma coisa.
Deixo-vos a luz dos ensinamentos de
Jesus; ele vos conduzirá à felicidade e ao paraíso.
Adeus! Aceitem todos um abraço da irmãzinha
que, na Terra, se chamou
Teresa D’Avila
-Outubro de 1918-
Informações Complementares
Nascida em Espanha em 28 de Março de
1515 e falecida em 4 de Outubro de 1582.
É dela a seguinte frase: “...Não, minhas irmãs, não. O Senhor quer obras.
Quer, por exemplo, que se virdes uma doente a quem podeis aliviar, deixeis de
lado as vossas devoções para lhe dar assistência, e que lhe testemunheis
compaixão, que o seu sofrimento seja o vosso, e que, se necessário, jejueis
para que ela tenha o alimento necessário...” Fonte: Wikipedia
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