segunda-feira, 16 de julho de 2012

A Páscoa das Almas


A Páscoa das Almas  JUL 16

                 
         Pela tarde daquele dia, que era o primeiro da semana, estavam os discípulos reunidos, com as portas fechadas, com medo dos judeus. Apareceu Jesus no meio deles e disse-lhes: “A paz seja convosco!” Dito isto, mostrou-lhes as mãos e o lado. Alegraram-se os discípulos de verem o Senhor. Disse-lhes Jesus pela segunda vez: “A paz seja convosco. Assim como meu Pai me enviou, também eu vos envio.” Depois destas palavras, soprou sobre eles, dizendo: “Recebei o Espírito Santo; a quem vós perdoardes os pecados, são-lhes perdoados; a quem vós os retiverdes, são-lhes retidos.”   João 20, 19 ss


         “A paz seja convosco!”...

            A paz da alma, depois da horrenda tempestade dos últimos dias...

            Tempestade de terror, de covardia, de confusão, de culpa, de remorsos, de ruína universal...

            A paz -- ó lindo presente de Páscoa!

            Paz é perdão, é graça, é amor, é amizade, é reconciliação da alma com Deus.

            E fez-se grande bonança no agitado mar das almas dos discípulos.

            E esta paz da alma e bonança interior queria o divino Mestre comunicá-la a todos os seus discípulos, de todos os séculos da história, de todos os países do mundo.

            Por isso, enviou à sua igreja o Espírito Santo, a cujo sopro divino se dilui a culpa, assim como se dissipam as nuvens tangidas por impetuoso vendaval.

            Ressuscita a alma do sepulcro do pecado – e amanhece-lhe no interior a alvorada duma jubilosa primavera espiritual!

            Aleluia! aleluia! aleluia!...
        
        
Huberto Rohden
in “Em Espírito e Verdade”
Edição da Revista dos Tribunais, SP – 1941  


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