sábado, 11 de dezembro de 2021

O Espiritismo é invencível

 


O Espiritismo é invencível

por I.G.B. (Ismael Gomes Braga)

Reformador (FEB) Setembro 1961

                 Vamos copiar alguns tópicos do livro “Hipnotismo e Espiritismo”, do Dr. José Lapponi:

             “Existem em nós e em torno de nós forças que não conhecemos e que podem dar movimento à matéria inerte, e não as devemos negar “a priori”, pelo único motivo de não sabermos dar a razão delas.

            “Quando se acreditava que o mundo terminava nas colunas de Hércules, ai daqueles que se abstivessem em sustentar que, para além delas, havia outros continentes e outros mares?

            “Antes da (em outro setor) descoberta do microscópio, que nos revelou a existência de milhões de seres viventes, indicavam-se por limite absoluto da escala zoológica aqueles  que se mostravam como tal aos nossos débeis sentidos. Porque, pois, agora, recaindo no antigo pecado da obstinação, negar que acima do homem e fora de sua percepção vivem seres inteligentes que podem, em determinadas condições, dar prova da sua existência?

            “Na narrativa de Virgílio, ao falar de Eneias, que desce ao inferno para consultar a sombra de Anquises, verossimilmente apenas se esboçam cenas espiritistas. (Eneida, livro VI). Claramente Cícero nos diz que seu amigo Ápio mantinha frequentissimas conversações com os mortos.  E acrescenta que, no lago Averno, nas vizinhanças de Arpino, se fazia bem frequentes vozes “aparecerem, no meio da trevas, as sombras dos mortos, todas ensanguentadas.”

            “Plínio, senior, conta que Libone Druso foi morto por Tibério, por havê-lo perturbado quandoeste atendia a evocações de Espíritos, e que o grmático Ápio evocou a sombra de Homero para indagar sobre a sua pátria e seus genitores (“História”, XXX, 6). Columela fez menção do feiticeiro Dardano. A encantamentos, Horácio, mais de uma vez, faz alusão. E Suetônio nos refere que Augusto, tornado pontífice, fez queimar publicamente mais de dois mil livros que tratavam sobre encantamentos. Lucano, condiscípulo e rival de Nero, no livro 4º da sua “Farsália”, recorda a famosa maga de Tessália,  Eraton Cruda, “que aos seus corpos as Almas retornavam”.  

            “Por intermédio dele, obteve Sexto Pompeu o fim da inimizade entre seu pai e César. O divino Alighieri acolhe a tradição segundo a qual a famosa maga evocou mais tarde, em alguns dos seus trabalhos, a Alma de Vergilio, entãorecentemente falecido (“Inferno”, IX, 25-27).

             Di poca era di me la carne nuda,

            Ch’ella mi fece entrar dentro a quel muro,

            Per trarne um spirito del cerchio di Giuda.”

             Mais adiante, lemos:

             “Os gnósticos, difundindo muitas idéias de seus mestres,notadamente de Fílon e dos compiladores da “Talmude”, deram singular impulso à difusão das práticas espiritistas, as quais longamente persistiram depois, através da Idade Média.

            “No decurso do século XI, por malévolos contemporâneos foram acusados também de necromancia, quiça por motivo de sua doutrina, os pontífices romanos Benedito IX (1033-1044), Gregório VI (1045) e Gregório VII (1073-1076), que, pela “Crônica Uspergense” (1076), é chamado o maior mago de todos.”

            Mais Além:

            “Cecca Stabili di Ascoli (1251-1328) deveu em grande parte à sua doutrinas espiritistas a pira sobre a qual lhe mandaram findar seus dias.”

            Depois:

            “O conhecimento das práticas espiritistas durante a Idade Média é demonstrado ainda nas muitas lendas e histórias coetâneas; que estão plenas de narrativas, de invocações, de evocações de Espíritos, de demônios e de falecidos, de encantamentos, sortilégios e coisas parecidas.”

             Igualmente o glorioso astrônomo Giordano Bruno, queimado em 27 de Fevereiro de 1600, na Praça das Flores, em Roma, era espírita. Lemos na página 43:

            “Giordano Bruno (1550-1600) no seu “Candelaio”, mostrou-se fervorosamente convicto do possível contato dos vivos com os Espíritos.”

            Esta informação é extraída de Cantu, vol. V página 233, informa José Lapponi.

            Por fim, Lapponi nos dá uma lista imensa de grandes homens  contemporâneos seus que são espíritas. Nessa lista aparece o nome de J. B. Roustaing.

             É um grande cientista e católico incondicional quem nos informa com toda a clareza que o Espiritismo é invencível: tudo tem sido feito contra ele, mas inutilmente: ele progride sempre e se aprimora sempre. Com alguns médiuns brasileiros de hoje dá-nos o Espiritismo a mais bela Revelação na mais encantadora forma, em lindos romances e harmoniosos poemas que parecem destinados a romper séculos e milênios. Cria um movimento social de grnde projeção. Conquista os mais cultos professores de Universidade e os corações mais simples do povo, porque é todo amor e beleza. Nasce e renasce em todos os meios sociais, com ou sem rótulo espírita, e sem respeito algum pelo sectarismo humano. Tem seus servidores em ambos os sexos e em todas as idades. É um movimento acima da vontade do homem e, portanto, invencível através dos tempos.


Um comentário:

  1. "O espiritismo é um movimento acima da vontade do homem, invencível através dos tempos."

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