Socorro e benevolência
Emmanuel por Chico Xavier
Reformador
(FEB) Março 1966
Curioso examinar como é fácil seguir
o caminho da caridade até o meio; tão fácil que o princípio dele é acessível a
qualquer um. Isso, porque, se o início das boas obras pode realizar-se através
de impressões externas, a complementação deve ser feita no cerne da vida
íntima.
Mobilizaremos recursos materiais,
diminuindo o infortúnio de companheiros que a penúria vergasta; no entanto, a
fim de aprendermos as lições da bondade, é forçoso lhes saibamos doar, tanto
quanto possível, esforço e presença pessoal, na solução dos problemas que lhe
digam respeito.
Partilharemos dissabores e aflições
dos vizinhos, especialmente quando a própria tranquilidade nos permita
articular bons conselhos, mas, para que o nosso testemunho de fraternidade seja
completo, cabe-nos regozijar-nos sinceramente, quando se mostrem felizes, sem
qualquer necessidade de nosso auxílio.
Estimaremos a prestação de gentileza
às pessoas que se nos façam atraentes pela humildade que evidenciam; contudo, é
forçoso sustentar o mesmo concurso afetivo, junto daqueles que a revolta e a
obsessão nos apresentam como sendo criaturas menos simpáticas.
Alegrar-nos-emos com as tarefas da assistência
social quando vantagens diversas nos assegurem euforia de corpo e alma;
entretanto, para demostrarmos compreensão de solidariedade real, é preciso
saber olvidar enxaqueca e desgosto, a fim de sorrir encorajando os irmãos em
lides expiatórias.
Caridade, indiscutivelmente, é a
senda do amor; contudo, para alcançar a vitória espiritual a que ela nos guia,
é necessária trilhá-la dos júbilos do começo às dificuldades do fim.
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