quarta-feira, 15 de setembro de 2021

Socorro e Benevolência

 

Socorro e benevolência

Emmanuel por Chico Xavier

Reformador (FEB) Março 1966

             Socorro e benevolência!

            Curioso examinar como é fácil seguir o caminho da caridade até o meio; tão fácil que o princípio dele é acessível a qualquer um. Isso, porque, se o início das boas obras pode realizar-se através de impressões externas, a complementação deve ser feita no cerne da vida íntima.

            Mobilizaremos recursos materiais, diminuindo o infortúnio de companheiros que a penúria vergasta; no entanto, a fim de aprendermos as lições da bondade, é forçoso lhes saibamos doar, tanto quanto possível, esforço e presença pessoal, na solução dos problemas que lhe digam respeito.

            Partilharemos dissabores e aflições dos vizinhos, especialmente quando a própria tranquilidade nos permita articular bons conselhos, mas, para que o nosso testemunho de fraternidade seja completo, cabe-nos regozijar-nos sinceramente, quando se mostrem felizes, sem qualquer necessidade de nosso auxílio.

            Estimaremos a prestação de gentileza às pessoas que se nos façam atraentes pela humildade que evidenciam; contudo, é forçoso sustentar o mesmo concurso afetivo, junto daqueles que a revolta e a obsessão nos apresentam como sendo criaturas menos simpáticas.

            Alegrar-nos-emos com as tarefas da assistência social quando vantagens diversas nos assegurem euforia de corpo e alma; entretanto, para demostrarmos compreensão de solidariedade real, é preciso saber olvidar enxaqueca e desgosto, a fim de sorrir encorajando os irmãos em lides expiatórias.

            Caridade, indiscutivelmente, é a senda do amor; contudo, para alcançar a vitória espiritual a que ela nos guia, é necessária trilhá-la dos júbilos do começo às dificuldades do fim.


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