E a vida continua...
por Tasso Porciúncula (Indalicio Mendes) Reformador
(FEB) Dezembro 1968
Mais um grande livro de André Luiz para enriquecer a
literatura espírita, já volumosa e valiosíssima. O livro agora aparecido – “E a
vida continua. ...” - é, no dizer de Emmanuel, que o prefacia magistralmente, “a
nossa própria história, a solicitar-nos meditação e autoexame, aprendendo que a
vida continua plena de esperança e trabalho, progresso e realização, em todos
os distritos da Vida Cósmica, ajustada às leis de Deus. É ainda o querido e
luminoso Espírito do prefaciador que nos esclarece:
“Conquanto as personagens da
história aqui relacionada - todas elas
figuras autênticas cujos nomes foram modificados para não ferir corações amigos
na Terra - tenham tido experiências muito diversas daquelas que
caracterizam as trilhas do próprio André Luiz em seus primeiros tempos na
Espiritualidade, é justo considerar que os graus de conhecimento e
responsabilidade variam ao infinito.”
Cada capítulo constitui uma lição e
uma advertência. Lição que, sem dúvida, deve levar-nos a mais cuidadosa reverificação
do nosso comportamento: advertência, a fim de que não a esqueçamos e a tomemos
como ponto de referência para o modo de pensar de cada um na vida cotidiana de
relação. Envoltos pelas contingências materiais da Terra, muitas vezes ficamos
indiferentes à necessidade indeclinável da exemplificação doutrinária e
evangélica. Vamos deixando para amanhã os deveres espirituais, esquecendo-nos
de que, na vida do Espírito, o amanhã é quase uma ficção, porque a Lei de Causa
e Efeito, o Carma, enfim, se incumbe de fixar indelevelmente, para o indefectível
ajuste de contas, o que pensamos e fazemos em função do nosso livre-arbítrio.
O desespero que açoita o mundo atual
não é senão uma das muitas consequências dos desacertos do livre-arbítrio de
cada um. Os que se endurecem no materialismo desagregador da vida moral, voltam
para chorar mais amargamente as leviandades e os erros cometidos. Todavia,
maior ainda em determinados casos, a responsabilidade dos que, já sabendo das obrigações
de ordem espiritual, entre os quais podemos apontar os espíritas de superfície,
supõem que basta crer em Deus e falar em Jesus, papaguear a Doutrina e recitar
versículos do Evangelho, para contarem com a indulgência dos “jurados” na hora
do “Juízo Final”. Lei é lei. Cada um de nós colherá o que plantar, não havendo “pistolões”
nem cursos advocatícios que logrem sustar os efeitos da Justiça Divina, que se
exerce através da Lei de Causa e Efeito. A
cada um segundo as suas obras - eis,
nestas poucas palavras, uma síntese admirável da Lei de Causa e Efeito, isto é
do Carma. Na maioria dos casos, ninguém sofre por culpa alheia. Há sempre uma
causa para o efeito que nos galardoa ou sacrifica. Se somos agravados sem razão
aparente, busquemos compreender no Espiritismo a palavra pura de Jesus,
porque “a vida continua”.
***
E
o leitor amigo, já leu o livro “E a vida continua. ...” de André Luiz?
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