sexta-feira, 8 de janeiro de 2021

E a vida continua...

 


E a vida continua...

por Tasso Porciúncula (Indalicio Mendes)    Reformador (FEB) Dezembro 1968

             Mais um grande livro de André Luiz para enriquecer a literatura espírita, já volumosa e valiosíssima. O livro agora aparecido – “E a vida continua. ...” - é, no dizer de Emmanuel, que o prefacia magistralmente, “a nossa própria história, a solicitar-nos meditação e autoexame, aprendendo que a vida continua plena de esperança e trabalho, progresso e realização, em todos os distritos da Vida Cósmica, ajustada às leis de Deus. É ainda o querido e luminoso Espírito do prefaciador que nos esclarece:

             “Conquanto as personagens da história aqui relacionada - todas elas figuras autênticas cujos nomes foram modificados para não ferir corações amigos na Terra - tenham tido experiências muito diversas daquelas que caracterizam as trilhas do próprio André Luiz em seus primeiros tempos na Espiritualidade, é justo considerar que os graus de conhecimento e responsabilidade variam ao infinito.”

             Cada capítulo constitui uma lição e uma advertência. Lição que, sem dúvida, deve levar-nos a mais cuidadosa reverificação do nosso comportamento: advertência, a fim de que não a esqueçamos e a tomemos como ponto de referência para o modo de pensar de cada um na vida cotidiana de relação. Envoltos pelas contingências materiais da Terra, muitas vezes ficamos indiferentes à necessidade indeclinável da exemplificação doutrinária e evangélica. Vamos deixando para amanhã os deveres espirituais, esquecendo-nos de que, na vida do Espírito, o amanhã é quase uma ficção, porque a Lei de Causa e Efeito, o Carma, enfim, se incumbe de fixar indelevelmente, para o indefectível ajuste de contas, o que pensamos e fazemos em função do nosso livre-arbítrio.

            O desespero que açoita o mundo atual não é senão uma das muitas consequências dos desacertos do livre-arbítrio de cada um. Os que se endurecem no materialismo desagregador da vida moral, voltam para chorar mais amargamente as leviandades e os erros cometidos. Todavia, maior ainda em determinados casos, a responsabilidade dos que, já sabendo das obrigações de ordem espiritual, entre os quais podemos apontar os espíritas de superfície, supõem que basta crer em Deus e falar em Jesus, papaguear a Doutrina e recitar versículos do Evangelho, para contarem com a indulgência dos “jurados” na hora do “Juízo Final”. Lei é lei. Cada um de nós colherá o que plantar, não havendo “pistolões” nem cursos advocatícios que logrem sustar os efeitos da Justiça Divina, que se exerce através da Lei de Causa e Efeito. A cada um segundo as suas obras -  eis, nestas poucas palavras, uma síntese admirável da Lei de Causa e Efeito, isto é do Carma. Na maioria dos casos, ninguém sofre por culpa alheia. Há sempre uma causa para o efeito que nos galardoa ou sacrifica. Se somos agravados sem razão aparente, busquemos compreender no Espiritismo a palavra pura de Jesus, porque  “a vida continua”.

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E o leitor amigo, já leu o livro “E a vida continua. ...” de André Luiz?


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