“Era fluídico o corpo de Jesus?”
Reformador (FEB) Agosto 1953
“Trata-se, ademais, de uma questão sediça, que só pode
conduzir os espíritas a intermináveis e bizantinas discussões. E essas
discussões nada de útil constroem."
E por que motivo foi “Mundo Espírita” tratar do assunto,
transcrevendo um artigo calunioso, publicado em jornal profano, e dando-lhe até
maior destaque?
Se
é questão cediça (corrupta, quase podre, sabida de todos, corriqueira,
antiquada), porque transcreve agora, no número de Junho, um artigo publicado em
“Revue Spirite”?
Ora,
para nós, e certamente para a veneranda Federação Espírita do Paraná, em cujas
mãos se encontra atualmente “Mundo Espírita”, a questão merece tratada com mais
respeito, pois que há um Pacto, por ela subscrito, baseado no livro “Brasil,
Coração do Mundo", no qual Roustaing é citado como MISSIONÁRIO DA FÉ,
exatamente por haver publicado a sua grandiosa obra de estudo interpretativo do
Evangelho.
*
O divulgador de tal “comunicação espontânea”, velho
adversário de Roustaing e da FEB, também voltou, pelo mesmo número de “Mundo
Espírita”, de Junho, não para provar qualquer coisa, não para dizer às claras o
nome do acusado, mas para continuar com as suas acusações vagas, imprecisas,
falsas e maliciosas, ora à FEB, ora a Chico Xavier.
Ora, se um “Espírito” afirma qualquer coisa e essa
afirmativa diz que foi cometido um crime por ‘a’ ou por ‘b’, cumpre ao
propalador da notícia fazer que o “Espírito” acusador diga, pelo menos, quem é
o inocente.
Sim, pois que servir-se duma acusação infundada e
lançá-la ao ar, sem provas, deixando que o crime seja imputado a uma de duas
pessoas das quais uma deve ser inocente, pode ser tudo: leviandade, falta de
escrúpulo, maldade, mas não é dignidade, principalmente dignidade de um
espírita.
E O interessante é que o apregoador da calúnia, após
fugir à nossa interpelação, solidariza-se com o tal “Espírito” e nisso fica,
procurando apoiar-se em outros colegas seus, que agiram de modo semelhante, e
que, então, também fugiram ao convite que lhes dirigimos.
Se tivessem razão, certamente se teriam dirigido ao
médium que recebeu o livro, mas isso não lhes convém, pois que o plano deles é
lançar a semente venenosa, a fim de que os seus futuros colegas a espalhem em
época em que, então, desencarnado o médium, com os processos de que usam e
abusam, escreverão: - “E Chico 'Xavier confirmou tudo isso através de “uma
carta” dirigida a conceituado confrade”.
Que gente!
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